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Análise: Werewolf: The Apocalypse – Earthblood mostra que violência é a solução

Rise from you grave... Não pera!

Baseado num famoso RPG de mesa, Werewolf: The Apocalipse, temos o jogo de ação Werewolf: The Apocalypse – Earthblood que nos coloca na pele de Cahal, um protagonista com seus dramas e motivações formadas por consequência de um ato que o próprio se arrepende. A Cyanide Studio buscou trazer em cheio a mitologia do RPG para o game, como será que ficou essa adaptação? Vamos conferir!

Werewolf: The Apocalypse – Earthblood já está disponível para Playstation 4, Playstation 5, Xbox One, Xbox Series e PC (via Epic) foi feita graças a um código cedido pela a publisher Nacon.

Uma história rica sobre lobisomens

Um fato inegável que guia o mundo dos games é que somos carentes de jogos que envolvam de maneira “focada” nos lobisomens. O mais próximo disso é o consagrado Bloodborne que nos coloca para enfrentar um deles de mãos vazias logo no começo do game. Fora isso… O que tivemos? Nada.

Felizmente surgiu Werewolf: The Apocalypse – Earthblood para preencher essa lacuna. Contudo, aqui não temos os lobos clássicos que conhecemos. Eles são seres mais místicos.

O planeta Terra é um ser vivo chamado Gaia, porém, esse ser possui um opositor que utiliza forças sombrias sobre os homens para danificar Gaia. Em busca de combater isso, o planeta criou espíritos guardiões ser seus generais e, consequentemente, esses espíritos criaram seres “hominídeos” chamados de Garous com a capacidade de se transformarem em lobos tradicionais ou criaturas híbridas conhecidas por Crinos.

Os Crinos andam em alcateias e tem a obrigação de enfrentar essas forças malignas que atualmente estão por trás das ações de uma empresa que por si só já tem objetivos questionáveis.

A história é sobre Cahal, um “guerreiro de Gaia” que cedeu a fúria de sua transformação logo após a morte de sua esposa. Por ter ferido gravemente um companheiro, ele se exilou do bando. Porém, 5 anos depois se viu forçado a retornar, já que seus companheiros e filha estavam em grande perigo.

Em Werewolf: The Apocalypse – Earthblood a violência é sempre o melhor caminho

Aqui temos um clássico jogo de ação com ataque fraco, ataque forte, transformação, salto e esquiva. A maior diferença é que sua forma de monstrão que saiu da jaula tem dois modos: força e velocidade.

No primeiro, você tem mais defesa e causa mais dano em seus inimigos. Enquanto no segundo, você tem maior velocidade e recarrega mais rápido a barra de fúria que é tipo um “devil trigger” do jogo para liberar o modo de frenesi que dá a Cahal mais poder destrutivo.

A parte de ação até funciona bem, apesar dos cenários e situações serem praticamente as mesmas. Pelo menos, os inimigos vão variando com o tempo.

Algo que devo mencionar é que em vários momentos aconteceu do jogo considerar game over, mesmo quando eu ainda tinha vida em minha barra. Eu fiquei extremamente intrigado com o que pode estar acontecendo.

Inclusive, não é só de ação que Werewolf: The Apocalypse – Earthblood vive, pois também há vários momentos de stealth fazendo com que Cahal possa eliminar os inimigos ou passar pelo cenário evitando combates. Aqui tem como aproveitar a sua forma de lobo para atrair inimigos ou passar por dutos.

Infelizmente isso não funciona bem, uma vez que o posicionamento de certos inimigos é muito mal projetado. Junto disso, o campo de visão deles é muito bizarro. Já aconteceu de algum inimigo estar de costas e ainda assim ele conseguir me ver!

Se te verem, começa a sessão de violência gratuita. Aliás, há inimigos que não dá para matar no stealth. Então isso faz com que ser sorrateiro seja um esforço um tanto inútil. Violência é realmente a melhor opção.

Para concluir essa parte, em alguns diálogos podemos tentar convencer alguém de acordo com as respostas que damos ou selecionar a opção de fúria, virando um crino e detonando tudo.

Gráficos

Essa parte do review tinha que chegar. Não podemos deixar de comentar sobre os gráficos de Werewolf: The Apocalypse – Earthblood. Em suas cutscenes temos uma visão de gráficos maravilhosos, porém, quando chegamos ao gameplay sofremos a consequência de expectativa versus realidade.

A qualidade decai muito, várias vezes parece que alguns personagens não foram bem renderizados. Inclusive, é tudo muito duro. Não sentimos fluidez nas movimentações.

Infelizmente, nem em questão de cenários o jogo consegue se destacar, já que 90% do game se passa em alguma instalação de empresa do mal ou prisão. Os poucos momentos que envolvem uma floresta ou deserto não mostram nenhum cenário marcante ou turismo virtual.

Pelo menos temos boas músicas em alguns momentos, em especial na tela do menu principal.

Werewolf: The Apocalypse – Earthblood

Werewolf: The Apocalypse – Earthblood peca em trazer informações

Há muitos nomes e palavras que vem da mitologia do RPG Werewolf: The Apocalypse e isso não é explicado no game, fazendo com que o jogador tenha que conectar os pontos sozinhos. Isso causa uma interrogação em vários momentos do game.

Além disso, não é mencionado que dá para cheirar umas plantas se estiver segurando L1 (no PS5) para ganhar exp. Só fui descobrir a função das plantas por volta da metade do game. Inclusive, temos um sistema de evolução do personagem que funciona até que bem, onde damos pontos em troca de uma nova habilidade. Só que eu senti falta de algo que servisse para ampliar a barra de vida.

Werewolf: The Apocalypse – Earthblood

Conclusão

Werewolf: The Apocalypse – Earthblood tem um bom conceito e ideias, porém, seus pecados são notáveis. Para um “primeiro jogo” de uma produtora pequena podemos considerar um trabalho aceitável, contudo, se uma sequência for cogitada será necessário ter maiores investimentos e polimento, principalmente no stealth para que ele se torne realmente relevante.

Finalizando, eu senti uma leve nostalgia de Altered Beast enquanto jogava, principalmente devido a um golpe que me lembrou bastante o clássico.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Werewolf: The Apocalypse – Earthblood mostra como violência é funcional

Visual, ambientação e gráficos - 5
Jogabilidade - 6
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 7
Narrativa - 7.5

6.5

Mediano

O jogo traz mecânicas que não são bem exploradas, apesar de existirem de forma quase obrigatória em sua construção. Além disso, peca em seu refinamento seja em gráficos ou no próprio gameplay. Não é um desastre, contudo, tá longe de ser o jogo que aparenta ser.

User Rating: 3.9 ( 3 votes)

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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