Análise: Chivalry 2 traz batalhas medievais épicas

Desenvolvido pela Torn Banner Studios e distribuído pelas Tripwire Interactive e Deep Silver, chegou, dia 8 de junho, Chivalry 2, com a promessa de trazer combates épicos de até 64 players com muito sangue em um cenário medieval imersivo, será que ele conseguiu? Vamos descobrir nessa análise de Chivalry 2.

Ele está disponível para PlayStation 4 e 5, Xbox One e Series X e para PC, exclusivamente, pela Epic Store e conta, ainda com legendas em PT-BR.

História secundária

O game conta com uma história fictícia que se torna totalmente secundária no contexto do jogo, aqui, seu objetivo é o confronto massivo apenas. Temos um vídeo introdutório que explica o conflito e pequenos resumos em cada mapa, podemos ver a história principal assim como a de cada facção em pequenos textos no menu principal.

Em resumo, a história é uma continuação do conflito eclodido em Chivalry 1: Após ter sido esmagada pela Ordem dos Masons no final da guerra civil, Agatha, agora liderada por Argon II, embora muito religiosos e com um forte senso de descendência, lealdade e honra, possuem um desejo crescente, porém divergente, de deixar de lado a misericórdia outrora demonstrada, contra seu inimigo, a ordem Mason.

Basicamente, é uma segunda guerra civil entre um reinado antigo e sólido, porém enfraquecido devido ao último conflito, e um reinado recém formado de rebeldes. Embora existente, repito, a história é totalmente secundária, mas isso não afeta em absolutamente nada a experiência incrível que esse jogo proporciona.

Cenários lindos e detalhistas

Aqui temos uma evolução significativa ao primeiro jogo da franquia, obviamente isso se é esperando pelo fato de os jogos possuírem uma diferença de mais de 8 anos entre ambos. Chivarly 1 já possuía, em sua época, gráficos agradáveis e um cenário bonito para a época, aqui, em Chivarly 2, a equipe de desenvolvimento não fez diferente, conseguindo trazer para os gráficos atuais a fórmula utilizada em seu primeiro jogo.

O cenário é incrível e consegue nos deslumbrar com cidades medievais e campos de batalha lindos. Todos os detalhes conseguem nos convencer: muralhas, castelos, casebres, ferreiros, absolutamente tudo que esperamos encontrar dentro dessa temática, achamos. Os campos de batalhas são forrados de corpos e destroços pegando fogo e até mesmo os detalhes “fora de combate”, foi-se pensado como, por exemplo, navios naufragando em meio a uma batalha na praia de um dos mapas. É um verdadeiro deleito para quem gosta desse tema e, mesmo estando focados na batalha a frente, não conseguirmos deixar de admirá-lo.

Outro ponto muito bonito são os equipamentos, durante nossa análise de Chivalry 2 percebemos mais opções de customização de armas, capacetes e armaduras e, embora o efeito seja apenas estético, é muito legal termos uma variedade maior para criarmos uma persona própria para cada classe. Infelizmente, esse mesmo carinho não se encontra nas faces disponíveis, elas são, em sua maioria, bem feias e, somado a cabelos que por vezes nem se encaixam direito na cabeça, deixa a quantidade de aparências “decentes” bem reduzida.

Um Battlefield Medieval

O game segue a fórmula clássica: fácil de aprender, difícil de se especializar. Não existe muito mistério com relação aos controles, famoso WASD para mover, espaço para pular e esquivar, 1-5 para mudar o equipamento, botão esquerdo, rodinha para cima e para baixo para os ataques, botão direito para defender, F para chutar e outros comandos que vamos aprendendo ao longo da jogatina. O que realmente impacta aqui é COMO e QUANDO você usará cada movimento, apenas segurar a defesa drenará sua estamina, o ideal é se defender na hora certa para poder abrir a guarda do adversário e executar um contra-ataque. Movimentar-se muito e executar os ataques certos também ajuda a encontrar um furo na defesa dos adversários e, como estamos falando de batalhas massivas, executar o ataque certo para evitar um friendly fire se torna muito vital. Felizmente o game conta com um tutorial que te deixa por dentro de praticamente toda a mecânica do jogo, deixando em aberto apenas a prática para nos aperfeiçoarmos.

Também é bom alinhar as suas ações com as do time, embora exista a opção de mata-mata, a grande maioria das partidas contam com objetivos, e ir sozinho, no melhor estilo berserker, só vai garantir uma morte mais rápida.

Os mapas também possuem objetivos diversos no melhor estilo invasão do Battlefield, no qual ambos os times possuem precisam atacar ou defender algo – sejam tesouro, camponeses ou bandeira – e que, ao ser concluído, pulasse para um próximo ou, dependendo, garante a vitória da equipe.

Batalhas barulhentas raiz

O game conta com pouquíssima trilha sonora, sendo apenas mais perceptível em seu vídeo introdutório e no menu inicial do game, durante a batalha os únicos sons que te acompanham são os berros e da batalha, com barulho de espadas sendo defendidas, escudos sendo partidos e membros sendo decepados.

Não poderia ser mais satisfatório, embora uma trilha sonora épica poderia dar mais empolgação, o objetivo aqui, claramente, não é esse, e sim te imergir nessa realidade que estamos participando, berros, barulhos de armas de sitio, tudo aqui é muito claro e bem vindo ao confronto, principalmente em fases de sitio, no qual estamos avançando com nossos companheiros e, do nada, vem aquele barulho inconfundível de uma pedra arremessada por uma catapulta, e em breve vários berros e corpos voando. Objetivo atingido com muito êxito!

Chivalry 2, como é bom voltar a idade média

Devo admitir que foi um prazer inenarrável fazer a análise de Chivalry 2. Sou fã da temática e fazia um bom tempo que não encontrava um game que me imergisse com tamanho louvor. Embora eu também aprecie história, a quase falta de uma mais profunda não afeta em nada a diversão desse game, se focando mais em sua imersão aos combates e a temática, Chivarly 2 atinge isso com louvor. Trazendo combates frenéticos, berros e sangue na medida certa, com certeza uma excelente evolução ao seu antecessor e um must have para quem é fã da temática e de combates medievais épicos.