A versão do diretor de Ghost of Tsushima foi anunciada esse ano prometendo trazer a melhor experiência possível para o jogo e uma nova DLC, chamada Ilha de Iki, que expande o mundo do jogo e traz contos inéditos. A gente teve a oportunidade de jogar a versão de diretor de forma antecipada e completar a quest principal, assim como grande parte das outras missões da DLC e eu já me adianto: Ghost of Tsushima está melhor do que nunca.
Veja a análise de Ghost of Tsushima – Versão do Diretor e da expansão “Ilha de Iki” em vídeo abaixo:
Como acessar a expansão – Análise: Ghost of Tsushima – Versão do Diretor
A Ilha de Iki fica acessível a partir do Ato 2 do jogo. Assim que a gente chega nele, o jogo dá acesso ao novo mapa, que fica separado da ilha de Tsushima, e traz uma história que complementa o enredo original do jogo. Para acessar a DLC, basta ir nos registros e selecionar o Conto de Iki para que o jogo marque no mapa o local de início da expansão e se possa seguir o vento rumo ao local.
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Explorando o passado de Jin Sakai
Chegando lá, Jin é apresentado a trama da Ilha de Iki, que mostra a invasão mongol ao local por uma misteriosa líder chamada Águia, que possui poderes ainda desconhecidos pelo protagonista. Naturalmente, pelo fato de Jin não ser conhecido em Iki, ele deve recomeçar o seu progresso de fama do zero e, assim como na história original do jogo, deve reunir o povo de Iki para expulsar os invasores mongóis. O problema é que ao mesmo tempo, a história de Jin e de Iki se entrelaçam e o personagem deve encarar de frente os fantasmas do seu passado. A quest principal da ilha traz questionamentos e respostas sobre Jin e o clã Sakai não abordados na história original do jogo, e se complementa muito bem com a trama já conhecida por quem zerou o jogo ou passou do Ato 2. O drama e emoção característicos de Ghost of Tsushima estão presentes também na DLC, e os fãs do jogo não vão se decepcionar com as histórias que Iki apresenta.
Novas mecânicas, quests e desafios
Além da quest principal da ilha, há também missões secundárias, que contam mais sobre esse lugar e o seu passado. Iki não chega perto do tamanho do mapa de Tsushima, mas os novos desafios, histórias, clãs e paisagens presentes na ilha fazem com que a expansão realmente valha a pena. A DLC traz diversas novidades ao jogo, que incluem além das novas áreas, novos inimigos, aliados, habilidades, itens e tudo que faz Ghost of Tsushima ser um jogaço. A Sucker Punch basicamente trabalhou duro para que a área fosse riquíssima, proporcionando dezenas de horas de gameplay.
O que já era belo ficou ainda mais lindo
Se tem algo que chama a atenção dos jogadores assim que entramos na ilha de Iki é a sua beleza. Ghost of Tsushima já era um jogo lindo no PS4, com florestas, montanhas, rios, animais, cachoeiras, planícies e vilarejos por todos os cantos. O cenário da ilha de Tsushima era vivo e imersivo, mas eu devo confessar que Iki é o meu lugar favorito em termos de beleza natural. A ilha, que é dominada por Corsários, esbanja visuais absurdos, com navios naufragados, cavernas, pradarias, e ambientes diferentes do que a gente já estava acostumado em Tsushima, e a sensação é realmente de estar começando uma nova experiência. Isso, aliado às novas mecânicas de gameplay da DLC, traz um ar de renovação muito bem vindo ao jogo, principalmente para aqueles que completaram a ilha de Tsushima querendo mais.
Mais detalhes a 4K e 60 FPS
Pois bem, eu preciso falar agora sobre as melhorias da versão do diretor de Ghost of Tsushima no PS5. O jogo conta com uma resolução maior do que a versão base do PS4, e agora roda a 4k e 60 FPS. Quem jogou o jogo no PS5 antes da versão de diretor sabe que foi lançado um patch que fazia com que o jogo rodasse a 60 FPS e 1800p. Essa atualização lançada ainda no ano passado pela Sucker Punch aprimorou muito a experiência do jogo, e foi o que de fato me fez começar a minha jornada em Ghost of Tsushima. Agora, com uma resolução ainda maior, o jogo está mais bonito do que nunca, com cenários ainda mais nítidos e mais detalhes na tela. É impressionante apreciar as diversas paisagens de Tsushima e de Iki, com partículas e efeitos por todos os cantos.
O Dualsense em Ghost of Tsushima – Versão do Diretor
Ainda, agora o jogo possui suporte aos gatilhos adaptáveis e ao feedback háptico do Dual Sense. Diferentes ações geram um retorno no controle, que cria ainda mais imersão durante o gameplay. São várias as adições: o controle vibra quando o cavalo de Jin anda em terrenos mais macios ou rígidos, é possível sentir os passos de Jin, cada espadada dá um retorno diferente no Dualsense, e etc. Além disso, os gatilhos agora exercem uma resistência sempre que se puxa uma corda ou atira uma flecha. E as melhorias no controle não acabam por aí. Agora o áudio sai também diretamente do controle em diversas situações, que incluem o barulho da chuva, do vento, fogueiras e dos bloqueios das espadadas. Os acréscimos na experiência do controle não são os melhores que eu já vi no Playstation 5, mas ainda assim são muito bem-vindos e ajudam muito na imersão.
Nunca mais espere para jogar
Outras duas melhorias são o suporte ao áudio 3D do Playstation 5 e a melhor de todas, o uso da tecnologia Kraken e do SSD do console para diminuir o tempo de loading. Eu não preciso nem falar quão transformadoras essas melhorias são. Ghost of Tsushima já tinha não somente uma das melhores trilhas sonoras da última geração, mas também efeitos sonoros de primeira linha. Agora, com a versão de Playstation 5, o som do jogo só melhorou, ficando mais preciso e ajudando até no gameplay, já que fica muito fácil saber de que lado você está sendo atacado. Com relação ao loading, eu posso falar com tranquilidade que essa é a melhoria mais transformadora de todas. O processo de começar um jogo e voltar da morte demoravam mais do que eu gostaria na versão de PS4 do jogo, e agora, com o uso do SSD do PS5, o jogo demora cerca de 3 segundos para carregar. Isso acontece não somente quando se começa um novo jogo, mas também quando se faz uma viagem rápida pelo mapa ou se renasce após uma morte. Já vimos jogos com loadings muito rápidos no PS5, mas é surpreendente que um jogo com um mundo tão grande consiga ser carregado tão rápido. Ponto para a Sucker Punch e para a Sony.
Conclusão – Análise: Ghost of Tsushima – Versão do Diretor
Para resumir, a versão do diretor de Ghost of Tsushima é incrível, e traz a melhor forma de se jogar um jogo que era excelente. As melhorias no visual, no som, no controle e, principalmente, no loading transformam o jogo e me fazem recomendá-lo fortemente caso você não tenha o jogado. A DLC da ilha de Iki também é muito bem vinda, e traz uma história tão boa quanto a original do jogo, mostrando um pouco sobre o passado de Jin, da ilha e do clã Sakai. Assim como o jogo original, a versão do diretor de Ghost of Tsushima está totalmente dublada e legendada em português, mas eu recomendo também que vocês testem a versão em japonês, que agora conta com sincronia labial. Ou seja, o que já era incrível, ficou ainda melhor. E vale fazer o adendo aqui porque tem muita gente confusa. Se você tem o jogo base para PS4, o upgrade para a versão de Diretor para PS4 custa 105 reais e para a versão de diretor de PS5 custa 160 reais. Se você tiver a versão do diretor de PS4 e quiser migrar para a mesma versão no PS5, o preço final é de 55 reais. Ou seja, basicamente se paga cerca de 105 reais para ter acesso à nova ilha e mais 55 reais para ter as melhorias de nova geração.
Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
Ghost of Tsushima - Versão do Diretor
Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 8.5
Áudio e trilha-sonora - 8.5
8.6
Ótimo
Ghost of Tsushima chega a sua versão definitiva na Versão do Diretor trazendo uma excelente expansão e melhorias muito bem-vindas.