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Análise: Steel Assault traz desafio e muita ação

Nostalgia e muito tiroteio. Quero mais o quê?

Nesta análise iremos falar sobre Steel Assault que é um side scrolling de ação contendo o melhor da vibe retrô em seus gráficos, trilha sonora e gameplay. Desenvolvido pela Zenovia Interactive e publicado pela Tribute Games, o jogo é a nova aposta dos responsáveis por Panzer Paladin, Wizorb e Curses’N Chaos. Ele já está disponível para PC via Steam e Nintendo Switch

É inegável que o game teve como inspiração clássicos como Megaman, Castlevania e outros jogos de plataforma que fizeram sucesso nos anos 90. Porém, será que ficou tão bom quanto o material de origem? Continuem lendo para descobrir.

Essa análise de Steel Assault foi feita graças a um código de Steam cedido pela distribuidora e o jogo contém legendas em PT-BR.

Salve o mundo de uma catástrofe sem igual

Num mundo pós-apocalíptico num estilo meio “cyberpunk”, você é um soldado da resistência chamado Taro Takahashi e terá como principal missão deter o poderoso ditador Magnus Pierce, que mais parece um terrorista pra lá de maluco. Se acha que o trabalho será fácil, está totalmente enganado. Magnus tem inúmeros robôs sob seu comando, juntamente de cinco leais “generais” que estarão te aguardando.

A história é contada de maneira sutil, não tendo grandes diálogos e tampouco muitas explicações sobre o universo de Steel Assault. Porém, você não fica perdido. Igual nos jogos desse estilo nos anos 90, você não precisa de um enredo totalmente aprofundado, apenas o necessário para dar sentido à sua batalha.

análise Steel Assault

Explosões, tiros e plataformas para todo lado

Steel Assault se trata de um sidescroller de ação em 16-bit, consequentemente terá muitos elementos de jogos de plataforma e características dos principais jogos de ação da década de 90. Diferente de games como Castlevania e Metroid, aqui temos um game mais linear. Você vai andar numa direção reta, enquanto combate seus algozes e enfrenta poderosos chefes no final de cada capítulo.

Taro tem como principal e única arma um tipo de chicote elétrico que tem alcance considerável e durante as fases é possível conseguir um item que energiza a arma para ela disparar três balas de eletro-energia contra os inimigos, ampliando o alcance e dano. Além disso, também temos um apetrecho que permite a criação de tirolesas, o que vai ser muito útil durante a jornada.

As tirolesas não servem para ferir os inimigos, porém, elas são essenciais para alcançar plataformas que o salto não seria suficiente, se proteger de ataques inimigos em áreas mais perigosas, estender seu salto a distância ou simplesmente usar de ponte para buracos maiores.

Os outros comandos são baseados em salto, se agachar ou dar um dash. Saber misturar esses comandos com o uso do seu ataque ou tirolesa é a chave do jogo.

Durante as fases também é possível conseguir um escudo energético que fica em volta de você, dando mais resistência contra tiros. Porém, o tempo de duração dele é limitado e quando termina, só poderá usá-lo de novo ao encontrar outra ficha do escudo que é dropada em algumas caixas que são espalhadas pela fase.

Os layouts das fases não são tão desafiadores, consequentemente será raro você cair por ter que saltar num momento exato ou algo do gênero. Entretanto, a dificuldade surge quando inúmeros inimigos começam a aparecer na tela para te atacar, afinal, com inúmeros inimigos teremos diversos projéteis voando para todas as direções. Ficar perdido em relação para onde ir com intuito de fugir do tiroteio será algo normal na sua rotina.

Apesar de ter dito que não são tão desafiadoras, há alguns momentos em que as fases mostram que sempre há uma tempestade após a calmaria. O contraste entre momentos mais tranquilos e outros mais difíceis são a cereja do bolo, pois fica aquela sensação de não poder abaixar a guarda ou acabará morrendo para algum dos desafios.

Para concluir essa parte, preciso citar que em alguns momentos você ainda terá auxílio de veículos como nave, barco e torre de metralhadora, diversificando o gameplay. Já que infelizmente de arsenal para Taro, teremos apenas o seu chicote.

análise Steel Assault

Árduas batalhas contra chefes poderosos

Como dito antes, Magnus tem cinco generais que você terá que confrontar antes de enfrentá-lo. Essas batalhas são, sem dúvidas, a melhor parte do game. Sabe o épico confronto de homens versus máquinas enormes? É o que teremos por aqui.

Cada um deles tem movimentos bem distintos, em cenários específicos e com seus próprios segredos para derrotá-los. Nenhuma batalha será fácil (menos a do terceiro chefe, pois ele é bem fácil), então esteja ciente que ver a tela de morte várias vezes será algo que fará parte do seu dia-a-dia até terminar o game.

De acordo com o nível de dificuldade selecionado, você terá mais ou menos dores de cabeça. Já que isso influencia na quantidade de projéteis que visam seu crânio durante o combate. Se você não é chegado nesse estilo de game, aconselho fortemente em tentar primeiro o modo fácil e depois passar para o normal.

Além dos principais chefes, o game também contempla com os famigerados “sub-chefes” que são inimigos mais fracos, contudo, trazem também um confronto penoso para que você possa prosseguir. Costumeiramente temos um deles por fase, mas em algumas terá mais de um para se preocupar.

Falando em modo fácil, Steel Assault é contemplado com vários modos de dificuldade que são muito fácil, fácil, normal e difícil. Para os mais hardcore também temos o modo arcade, onde não há recuperação de vida e se você morrer terá que voltar para o começo.

Uma bela construção em 16bit

Steel Assault respeita o conceito de ser um jogo retrô aos moldes de 16bits, não tendo nada que saia desse estilo como partículas, efeitos especiais modernos ou algo do gênero que alguns jogos mesclam com pixel art. Junto a isso, temos uma trilha sonora nostálgica.

Para ser sincero, a construção inteira do jogo é deveras nostálgico ao remeter diversas coisas daquela época como chicote, o mundo pós-apocalíptico com características de cyberpunk, um herói em busca de vingança, sabre de luz e máquinas ao estilo dieselpunk.

As cutscenes também são muito bem feitas, trazendo uma animação que víamos em jogos retrô onde os movimentos são limitados e há um texto para legendar as falas, já que os personagens são “mudos” para os jogadores.

Conclusão da análise de Steel Assault

Diante de tantos jogos demasiadamente longos, Steel Assault abraça o intuito de ser um retrô até em sua duração. O jogo dura cerca de 1 hora e meia se você não ficar muito tempo preso em algum dos chefes. É um game curto, feito para ter um maior fator replay.

Para ser sincero, o que me fez mais falta foi a existência de upgrades ou armas alternativas para diversificar o gameplay. Contudo, até entendo a falta desses fatores, uma vez que o jogo é relativamente curto.

Ele é um ótimo game de ação 2D em 16bit, cumprindo com excelência a missão de entregar algo nostálgico aos gamers mais old school. Todavia, já alerto que aqui só os fortes vão sobreviver, pois sua dificuldade e desafio são elevados. Se você quer algo apenas para se divertir durante uma tarde, talvez esse não seja um game indicado… Mas se o seu desejo for ter um desafio que te faça sentir uma sensação de “missão cumprida” a cada capítulo concluído, então Steel Assault é, sem dúvidas, uma ótima opção.

Steel Assault

Essa análise de Steel Assault segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Steel Assault traz ação e desafio na medida certa

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 9
Fator replay - 8

8

Ótimo

Sendo um jogo consideravelmente curto, Steel Assault traz bastante desafio com os seus poderosos chefes que vão fazer com que você tenha vontade de jogar o controle ou teclado pela janela. Contudo, cada vitória se torna algo gratificante. Vale muito apena para quem busca um game nostálgico dos anos 90.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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