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Análise: Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy é algo que queríamos, mas não como desejavamos

Zieg Zeon!

Mobile Suit Gundam é uma consagrada série de anime que já tem mais de 30 anos de existência, trazendo consigo diversas séries, filmes, jogos e muito mais. Nossa análise será relacionada ao mais novo jogo da franquia, Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy, que foi lançado para Playstation 4 e Playstation 5. Em busca de ser um resgate aos antigos jogos da série, o intuito é trazer uma história canônica e lateral aos acontecimentos da série principal, onde o jogador poderá realizar os combates com um gameplay repleto de ação. Será que Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy se saiu bem nessa missão? Vamos conferir na análise.

Essa análise de Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy foi feita graças a um código de Playstation 5 cedido pela Bandai Namco.

Uma nova visão da lendária guerra contra a Zeon

Na primeira série de Gundam vemos a épica batalha contra as forças da Zeon que lutam pela soberania dos moradores de colônias especiais contra os terráqueos. Dessa vez os vilões da série tomaram o posto de protagonistas, pois em Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy teremos a visão de uma divisão da Zeon chamada de Noisy Fairy que é composta majoritariamente por mulheres. Temos como protagonista uma garota chamada Alma que acabou de ser transferida para essa divisão e que formará um time com mais duas personagens.

A história é contada como se fosse um anime, onde podemos ver abertura em cada novo capítulo e, até mesmo, encerramento após a conclusão do “episódio”. Inclusive, a maior parte dos capítulos são compostos por cutscenes, enquanto em outros momentos somos direcionados a modelos 3D das personagens interagindo com barra de falas.

Sem dúvidas a história é o ponto forte do jogo, principalmente por trazer uma narrativa inicialmente tão leve e composta por diversos plot twists. Algo que faz a narrativa se destacar é como conseguiram encaixar bem os acontecimentos do primeiro Gundam ao enredo do game, onde podemos ver diversas referências e citações aos eventos da guerra da Federação contra a Zeon.

Robôs gigantes e guerra, o que poderia dar errado?

Diferente de Super Robot Wars 30 que fizemos a análise recentemente, Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy traz consigo um jogo de ação onde pilotamos um robô gigante durante uma guerra épica.

Tiros, explosões, armas lasers e muito mais vai estar envolvendo o gameplay do jogo. Contudo, infelizmente o que provavelmente não teria como dar errado… Acabou dando errado.

Por mais que o conceito do game fosse ser um resgate a série de “animes em jogos” que Gundam possuía na geração do Playstation 3, como o consagrado Gundam Target in Sight, vemos aqui um reaproveitamento do gameplay de Mobile Suit Gundam Battle Operation 2. Isso em teoria não deveria ser algo ruim, uma vez que o MMO funciona muito bem. Porém, a jogabilidade limitada serve para o MMO justamente para trazer um equilíbrio e fazer com que o jogo seja mais justo para todos os jogadores, evitando que alguém fique spammando ataques de maneira frenética. Por outro lado, em Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy estamos jogando apenas contra a CPU, onde temos desvantagem numérica. Essa limitação acaba pesando, fazendo com que o jogo se torne algo lento, extremamente punitivo e travado, impedindo que o jogo se torne algo dinâmico e divertido como outros jogos da série que tinham o mesmo intuito. Posso até ser injusto com a comparação, mas a expectativa versus realidade foi equivalente do momento em que joguei o fatídico Gundam Crossfire.

Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy

Mas qual o motivo de tornar o gameplay limitado e insatisfatório como mencionei? Irei explicar.

O primeiro ponto e mais cruel é a quantidade demasiada de countdown que o jogo apresenta. Você atirou? Vai ter que esperar para atirar de novo. Usou golpe de meele? Vai ter que aguardar novamente. A munição terminou? Vai ter que esperar muito mais. Usou o dash ou esquiva? Ferrou! Vai ter que aguardar muito para usar mais uma vez. Em um grau comparativo o tempo entre tiros é equivalente ao que normalmente esperaria para poder recarregar a munição, enquanto a munição é o dobro ou até mais de tempo. Enquanto você aguarda, estará sendo detonado com inúmeros tiros, já que a sua movimentação é lenta.

Apesar das críticas, eles tiveram algumas boas ideias. Por ser um jogo “offline”, temos um esquadrão onde estará a protagonista e mais duas companheiras. Durante a missão, você poderá passar ordens para elas e ativar “skills” que variam de redução do countdown, recuperação de vida, diminuição do dano e vários outros tipos.

Junto dos fatores ditos, também temos um grande problema envolvendo a mira que não é das melhores, principalmente porque o campo de visão dela não é amplificado quando queremos atirar com maior precisão. E pelas missões serem em mapas consideravelmente limitados torna-se algo redundante se a arma tem maior alcance ou menor, onde a melhor alternativa é sempre ir para cima com o meele.

Gráficos e trilha sonora

Vamos começar dessa vez pela trilha sonora do que é bastante agradável, principalmente por tocar remixes baseados na OST dos animes clássicos da série. Junto disso, temos músicas próprias que também são muito bem-vindas, principalmente na abertura e encerramento dos episódios. Além disso, a dublagem japonesa está de parabéns.

Por outro lado, os gráficos não trazem muitas surpresas mostrando um reaproveitamento do que vimos em Mobile Suit Gundam Battle Operation 2. Inclusive, no Playstation 5 temos nenhuma função da nova geração sendo aproveitada além da velocidade de carregamento e resposta tátil do Dual Sense. O único destaque visual está apenas nas cutscenes que são animações bem feitas.

Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy

Conclusão da análise de Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy

Finalizando essa análise de Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy, eu queria dizer que como um fã da série tenho sentimentos conflitantes sobre esse jogo. Primeiramente porque gostei da história apesar dos pesares, contudo, a jogabilidade me trouxe experiências frustrantes. Principalmente quando existe um portfólio enorme de jogos da série com uma jogabilidade bem melhor, vide os Gundams que saíram para o PSP.

Inclusive, o jogo está dividido em três volumes que serão lançados separadamente. Então é um jogo extremamente específico para fãs de Gundam que buscam jogar e conhecer todas as histórias da franquia. Se você não se encaixa nesse grupo específico, aconselho a conhecer outros jogos da série.

Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy

Essa análise de Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy tinha tudo pra ser bom, porém... Vacilou.

Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 4
Diversão - 3
Áudio e trilha-sonora - 6
Narrativa - 7

5.4

Fraco

Mobile Suit Gundam Battle Operation Code Fairy era algo que muitos fãs ansiavam, porém, o reaproveitamento de maneira errada do Gundam Battle Operation 2 fez com que o desempenho do game fosse prejudicado. É indicado apenas para fãs que desejam ter todos os jogos da série em sua coleção.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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