ANÁLISESNOTICIASPCREVIEWSXBOXXBOX ONEXBOX Series X|S

Análise: Halo Infinite é melhor no controle

Jogo revoluciona a franquia

Halo Infinite é a mais nova aventura do Master Chief e iremos falar do seu modo campanha aqui em nossa análise. Com o jogo disponibilizado no gamepass tanto para Xbox One como para o Xbox Series e o PC, será que ele vale seu tempo?

Essa análise do modo campanha de Halo Infinite foi possível graças a um código de PC cedido pela Microsoft. O jogo já se encontra disponível para Xbox One, Xbox Series e PC e encontra-se tanto legendado como dublado em português.

Cortana???

Master Chief, a última esperança da humanidade

A história de Halo Infinite começa com um solitário piloto estando à deriva no espaço após a humanidade ser praticamente obliterada pelos temidos Banidos, incluindo o lendário Master Chief. Com o fim de toda a esperança, Echo 216 (como é chamado) está esperando o seu fim chegar até encontrar o spartano Master Chief no espaço e ver que ele ainda está vivo.

Com isso inicia a nova aventura de Master Chief. Parar os Banidos que estão tentando tomar o Zeta Halo e ativá-lo para ampliar suas conquistas. Com um início explosivo, você é levado por fases lineares e super bem ambientadas enquanto tenta atrasar o ataque dos Banidos, assim como procura um misterioso sinal que acaba sendo sua nova IA (adeus Cortana).

Após cerca de uma hora e meia da introdução do jogo você finalmente coloca os pés dentro do Halo que pela primeira vez é um mundo aberto. Lá você dará continuidade a missão de Chief para salvar o que resta da humanidade.

E durante a campanha nós teremos esses três personagens principais que nem seus nomes são relevantes. Master Chief, o Piloto e a Arma, como é chamada a nova IA, irão debater o que devem fazer e como devem fazer. Além disso, é visível a culpa que Master Chief carrega pelos fatos ocorridos e a necessidade de redenção. Já o piloto é oposto de Master Chief e tudo que ele quer é ir para um lugar seguro. Já a Arma é completamente diferente da Cortana sendo ingênua e inexperiente em diversos momentos.

A sinergia desses personagens tão diferentes funcionam muito bem e possivelmente temos a melhor atuação de Chief na franquia, onde esse sentimento de culpa o consome e acaba o humanizando.

A atuação dos personagens é muito bem vinda e as cinemáticas são absolutamente incríveis. A dublagem em português está muito boa e acaba contando com a voz de Wendel Bezerra para Echo 216 (o piloto), nosso querido Goku. Uma nota que faço aqui é que seria interessante ver o dublador fazendo uma nova voz, afinal sua voz “séria” acaba sendo extremamente similar ao personagem de Dragon Ball Z. Isso já foi visto em Back 4 Blood – lançado também em 2021 – e mais uma vez vemos o mesmo timbre de voz em Halo Infinite.

Os ambientes fechados são lindos

Ambientação com altos e baixos

Logo que iniciei Halo Infinite eu fiquei estupidamente impressionado com os visuais. Ambientes mais sinistros com uma iluminação soberba e ricos detalhes tanto no mundo como nos personagens. É um trabalho certamente impecável. Porém, nem tudo são flores.

Ao chegar no mundo aberto, esse impacto visual inicial se perde na vastidão do Halo. Existem sim algumas partes mais fechadas e melhor construídas, porém, o mundo como um todo é um tanto similar. Adicionalmente, os detalhes que eram vistos na parte linear se perdem na parte de mundo aberto.

E não me entendam mal, o jogo está muito longe de estar feio, porém, ele não mantém o nível no alto como ele inicia. Felizmente os visuais dos personagens e momentos em cinemáticas nunca perdem o brilho assim como ainda temos alguns momentos lineares dentro da campanha principal que entrega uma experiência de alto nível.

Embora o mundo não seja muito criativo, as armas são!

Algo que creio que faltou no jogo foi a inclusão de novos ambientes neste Zeta Halo. Por que não botar terrenos diferenciados? Um clima diferenciado talvez? Nós acabamos ficando presos na mesma ambientação nas cerca de 10 horas da campanha principal e um pouco mais de 20 caso queira fazer tudo que esteja disponível.

Por outro lado, a parte sonora do jogo é primorosa. Ouvir os inimigos resmungando e reagindo às suas ações é algo muito divertido, assim como reforça a qualidade da dublagem. Inclusive, este é para mim o jogo onde Master Chief tem sua melhor atuação.

E claro, a trilha sonora é fabulosa como é esperado da franquia.

Indo explorar todo o Halo

O mundo aberto foi uma boa aposta?

O grande diferencial de Halo Infinite, e que fiz questão de prestar atenção em todos os detalhes para esta análise, foi em seu mundo aberto. Pela primeira vez na franquia temos um jogo de mundo aberto e a adição de um gancho que facilita e muito a travessia do mundo, assim como podemos abordar novas estratégias tanto de ataque como de defesa.

Olhando por um lado, Halo Infinite é sim revolucionário para a franquia, porém, se você já está acostumado com esse gênero, não existe uma real novidade para você. Tudo o que temos no jogo é bem feito. Podemos derrubar bases muito bem guardadas, tomar bases mais simples, resgatar soldados da UNSC, pegar pontos de melhoria para o Chief, pegar áudios para entender melhor a história e mais.

Existe sim uma real motivação para explorar Zeta Halo, que é a evolução do personagem assim como pegar pontos para novas armas e veículos. Porém, eu simplesmente depois de um tempo jogando me senti cansado deste mundo que acaba caindo nos próprios vícios da fórmula tão bem estabelecida que é tão difícil se modificar e inovar.

O destaque que posso fazer nesta análise de Halo Infinite ficam para os inimigos onde cada um tem sua estratégia e ponto fraco para ser morto, assim como seu imenso arsenal que ficou ainda maior. É muito divertido trocar de arma compulsivamente, tacar granadas, utilizar o gancho para se aproximar dos inimigos e mais. Embora existam outros equipamentos a serem utilizados, certamente o gancho é o mais divertido e interessante de todos.

Adicionalmente, você pode procurar pontos de habilidade para melhorar o status de seus itens como sua vida, gancho, radar e mais. Isso faz com que você tenha que pensar um pouco na estratégia de evolução de Chief.

E algo interessante que posso falar é que por ter jogado no PC, pude testar tanto o controle como o teclado e mouse. Fiquei surpreso quando mudei do teclado e mouse para o controle onde era muito mais gostoso de jogar Halo Infinite. Além de contar com uma vibração que ajuda na imersão do jogo como, sentir as explosões, o mapeamento de botões do teclado era questionável como a granada ser jogada no botão V. Algo sem muito sentido.

Porém, mesmo tendo uma experiência melhor no controle, ainda existiam alguns comandos confusos como a troca de equipamentos (gancho, radar, barreira) e das diversas granadas. Não era nada intuitivo.

Performance no PC

Para esta análise, eu joguei Halo Infinite em um notebook gamer Dell G15 Ryzen Edition (5800H + RTX 3060) e consegui rodar tudo tranquilamente no alto.

Em áreas fechadas e mais lineares eu conseguia trabalhar com cerca de 80 a 100 frames sem sentir as quedas. Já ao entrar na parte de mundo aberto, era perceptível a queda de frames onde o jogo operava na casa dos 70 frames chegando perto dos 60 quando havia muita ação e explosão.

Vale pontuar que Halo Infinite não é um jogo leve e isso pode afastar alguns jogadores com configurações mais humildes.

Banidos estão nervosos com a volta do Chief

Conclusão da nossa análise de Halo Infinite

Halo Infinite é um ótimo jogo e fecha muito bem o ano da Microsoft que contou com excelentes jogos como Forza Horizon 5, Age of Empires 4, Flight Simulator e Psychonauts 2. Porém, desta lista, ele é o que menos se destaca.

Como já falei nesta análise, Halo Infinite se revoluciona dentro dele mesmo, mas faltou algo a mais para entrar no hall de obra prima. O mundo aberto peca tanto por visuais similares como por uma mecânica já batida. Não existe nenhuma grande novidade ou algo que já não tenhamos visto em outros jogos. Curiosamente, este é possivelmente o melhor gameplay de Halo já feito até hoje!

O jogo funciona muito bem e irá agradar tanto fãs como curiosos da franquia. Porém, fica evidente que ele poderia ter sido muito mais do que é caso víssemos uma melhor utilização do mundo aberto assim como mudanças em sua ambientação.

A análise de Halo Infinite segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Halo Infinite é um ótimo recomeço para a franquia

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 9
Narrativa - 8.5

8.4

Ótimo

Halo Infinite é uma experiência sólida e que traz ótimas mudanças para a franquia tanto com a fórmula de mundo aberto como com a excelente inclusão do gancho. Infelizmente, a batida fórmula de mundo aberto pode cansar muitos jogadores assim como a falta de variedade na ambientação do jogo. Felizmente isso não tira o brilho do jogo incluindo a melhor atuação de Master Chief até hoje.

User Rating: Be the first one !

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo