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Análise: Chocobo GP mira nos fãs, mas pode não agradar

Chocobo GP chega de forma exclusiva ao Nintendo Switch e você poderá conferir em nossa análise se ele será ou não uma boa opção dentre os jogos de Kart. Se curte Kart e Final Fantasy, assim como possa ser saudosista do Chocobo Racing do playstation 1, vem conferir nossa análise.

A análise de Chocobo GP foi possível graças a um código cedido pela produtora. O jogo é exclusivo da família Nintendo Switch e não possui nem legendas nem dublagem em PT-BR.

Uma história muito infantil

Final Fantasy é conhecidamente uma franquia antiga que contém mais de 30 anos de história e uma boa parte de seus fãs, se não a maioria, já passou a marca dos 30 ou 40 anos. Não tendo certeza se a Square tentou mirar de propósito no público infantil ou então esqueceu completamente dos fãs de longa data, ela optou por entregar uma história muito colorida e simples baseada em toda a nostalgia da série.

Aqui nós teremos um moogle que é unificado a uma entidade misteriosa e agora só pensa em correr e decide montar um grande campeonato de corrida onde o prêmio será a realização de praticamente qualquer desejo.

Com isso, sua turma que é composta por diversos personagens irá se meter nas mais altas trapalhadas e com isso irá conhecer os mais diversos personagens como Shiva, Ifrit, Terra, Cid e muito mais. Todos os personagens são representados com traços mais infantis e a música no geral será sempre muito agitada e alegre.

Quero deixar claro que não tenho nada contra a escolha de arte do jogo, porém, as motivações dos personagens são bem simplórias e bobas. Isso certamente não atrai os fãs mais antigos e será aproveitada pelo público mais jovem.

Gameplay é bom?

Por mais que o modo história que abordei nesta análise deixa a desejar, o que importa mesmo é saber se Chocobo GP possui um bom gameplay. Afinal o que mantém os jogadores ativos é um bom balanceamento, personagens interessantes e circuitos bem construídos.

Sobre os personagens, posso afirmar que existem sim muitas opções assim como é possível customizá-los. É possível liberar com o tempo carros diferentes para cada um, assim como é possível mudar a cor, colocar adesivos e mais.

Cada personagem tem um nível específico de velocidade, aceleração, grip, drift e mais. Adicionalmente cada um conta com um especial diferente que geralmente adiciona um boost temporário e uma habilidade seja defensiva ou ofensiva.

Até aqui, a Square fez a lição de casa e entregou um gigantesco plantel de pilotos para Chocobo GP. Infelizmente os elogios acabam aqui. Com relação às pistas, nós temos até um bom número de pistas e elas tem uma variedade interessante de tipos de circuito o que aumenta as opções, porém, nem tudo são flores.

Aqui a quantidade não traz qualidade. Os circuitos em si não são ruins, mas eles são um tanto simples demais em certos momentos e a dirigibilidade dos personagens não flui em certas curvas, em especial nas mais fechadas.

Além das pistas não terem o melhor design, eu senti uma falta de equilíbrio dos personagens tanto nos poderes como em sua dificuldade. Chocobo GP apresenta apenas duas dificuldades e em ambas ele apresenta um gameplay caótico.

Um dos poderes é virar Bahamu

É muito interessante ver a Shiva apresentando a magia de gelo, Ramuh a de raio e Ifrit de fogo, porém, sempre tem alguém usando muita coisa ao mesmo tempo e a confusão reina em diversos momentos da corrida.

Fator replay feito de um modo errado

Embora eu tenha algumas críticas para fazer nesta análise de Chocobo GP, uma das coisas que mais me incomodou foi a forma de desbloquear personagens e diversas das customizações.

Aqui nós somos apresentados a três tipos de moeda. Tanto os tickets como os cristais você consegue ao jogar normalmente o jogo. Com elas será possível desbloquear personagens, customizações, músicas e muito mais. O problema é que os valores cobrados versus seus ganhos nunca parecem ser justos. É necessário jogar diversos campeonatos ou então completar alguns capítulos do modo história para ter tickets para liberar apenas um novo personagem como uma summon, por exemplo.

Adicionalmente, existe a terceira moeda chamada Gil que é conseguida apenas através do modo campeonato online. Nele você irá correr em diversos campeonatos online e receberá Gil por suas conquistas, assim como por cumprir missões como números de utilizações de uma magia ou drift, por exemplo.

Eu gosto muito de ter a possibilidade de ter tanta coisa para desbloquear como um season pass que lhe dá muitas recompensas, porém, falta um evidente balanceamento nesta mecânica. E a parte positiva é que a Square não se rendeu às micro transações!

Modos adicionais

Além do modo história e online existem diversos modos clássicos que vemos nos jogos de kart já existentes.

Dentre eles, temos multiplayer local, assim como um time attack. Nesse time attack será possível escolher a pista e sua variação e tentar fazer o melhor tempo possível e competir a nível mundial para ter a melhor marca.

Por fim existem os campeonatos pré determinados. Neles você será desafiado em um campeonato de 4 pistas pré definidas para decidir quem será o melhor no final das corridas. Esse modo é muito bem vindo, pois ele não se relaciona diretamente com o modo história. Ou seja, se você não curtiu o modo história, poderá experimentar aqui todas as pistas do jogo.

Conclusão

Chocobo GP segue a cartilha de tudo que um jogo de kart deve ter: Pistas, personagens, campeonatos, desbloqueáveis e até um modo história. Porém, o jogo peca em ter algum tipo de identidade e balanceamento.

Essa falta de balanceamento serve tanto para dentro da corrida como para as muitas opções de desbloqueáveis como para as três moedas presentes no jogo.

Por fim, a ambientação de Chocobo GP acaba sendo um tanto infantilizada o que poderá afastar os fãs da franquia mais antigos.

A análise de Chocobo GP segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Chocobo GP

Visual, ambientação e gráficos - 6.5
Jogabilidade - 6
Diversão - 6
Áudio e trilha-sonora - 7

6.4

Razoável

Por mais que Chocobo GP tenha uma base sólida e muito conteúdo da franquia Final Fantasy para trabalhar no jogo, é possível ver uma falta de equilíbrio e evolução na experiência geral. Com uma história infantil e um game design que deixa a desejar em certos momentos, Chocobo GP não se destaca dentre as opções de jogos de Kart.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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