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Análise: Card Shark é um jogo completamente inesperado e interessante

Está pronto para fazer a aristrocacia francesa de otária?

Card Shark é o mais novo jogo indie que a Devolver está trazendo para os jogadores e é um fato que ele será alvo de nossa análise. Se tem interesse em passar a perna em um jogo de cartas, então confira aqui o que achamos do jogo.

A análise de Card Shark foi possível graças a um código cedido pela produtora. Card Shark estará disponível para Nintendo Switch e PC a partir do dia 2 de Junho e conta com legendas em PT-BR.

Se torne o maior vigarista da França

Em Card Shark, você começa como um simples trabalhador de uma taberna que é abordado por um Conde de Saint-Germain. Após ele lhe ensinar um pequeno truque para obter vantagem em um jogo de cartas, a farsa é descoberta e a confusão é instaurada acabando na morte da dona do estabelecimento.

Como você tem potencial para ser um forte parceiro na jogatina e sua chefa estava longe de ser uma boa pessoa, ele decide acompanhar o conde e sua trupe para passar a perna no maior número de pessoas e conseguir uma grana para seu novo grupo.

E esse é o resumo que posso fazer sem maiores spoilers. Ao avançar no jogo você irá liberar novas localidades e personagens onde será necessário aprender uma nova trapaça para ter vantagem no jogo de cartas.

Da parte da ambientação assim como som, Card Shark dá um banho. A animação é um tanto cômica, mas se encaixa muito bem na proposta. Parece que os ambientes e personagens foram feitos a mão como se fosse uma pintura. E, por fim, a música de fundo sendo tocada em piano dá vida às cenas e situações.

Basicamente Card Shark é aquele jogo que você não sabia que precisava, mas fico feliz de existir.

Comandos esquisitos

Bem, eu iniciei essa análise elogiando diversos aspectos de Card Shark. E isso quer dizer que ele é maravilhoso então? Bem, a resposta é que sim, o jogo acerta em diversos pontos e entrega uma experiência incrivelmente interessante, porém, ele tem um calcanhar de Aquiles.

Seu gameplay simplesmente não é funcional. Como eu falei, com o avançar do jogo novas localidades e oportunidades são abertas e com isso novas trapaças são ensinadas. De forma bem inteligente, esses novos truques são ensinados durante a viagem para o novo objetivo. E além de ensinar, o jogo sempre possibilita poder repetir os ensinamentos.

E até aí está tudo perfeito, mas eu tive diversas situações onde os comandos nem sempre faziam sentido. Ou então, por um erro no mapeamento dos comandos, eu fazia algo correto, mas ele não reconhecia.

Eu entendo que exista uma complexidade na trapaça e tudo é bem feito se parar para pensar na proposta do jogo, mas em muitos momentos os comandos eram super complicados ou então confusos e em outros, simplesmente o que eu tentava fazer não funcionava.

Aliado a comandos únicos que veremos em cada desafio, existe uma barra de desconfiança que seus adversários terão. Caso demore demais para dar as cartas ou algo similar, eles ficarão mais atentos e sairão mais rápido da partida. E claro, se eles perderem muito dinheiro eles também sairão da partida, o que lhe dará a vitória.

Inclusive, uma pequena nota. Card Shark me forçou a fazer algo que não acontecia há anos, usar papel e caneta para anotar os comandos para não errar os movimentos.

Conclusão da análise de Card Shark

Card Shark entra na lista de jogos que me encantei em jogá-lo. Sua ambientação é ótima, sua ideia é fantástica e até os personagens são interessantes se analisar todo o contexto de jogo de época que o game traz. Nesse ponto eu ouso dizer que é impecável.

Infelizmente, ele dá uma grande deslizada quando falamos em sua jogabilidade, onde muitas vezes a proposta é complicada além do necessário ou ela não funciona por comandos complexos e confusos.

Esta análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Um jogo com muita personalidade

Visual, ambientação e gráficos - 8.5
Jogabilidade - 5.5
Diversão - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 8.5

7.5

Bom

Card Shark é um bom jogo que entrega uma aventura inesperada que é muito satisfatória em diversos pontos. Se não fosse por sua jogabilidade confusa e estranha, ele seria um excelente jogo.

User Rating: Be the first one !

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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