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Análise: Pocky and Rocky Reshrined

O clássico está de volta melhor do que nunca!

Pocky & Rocky Reshrined é um shoot ’em up isométrico baseado em um jogo de Super Nintendo de 1992, que por sua vez foi uma sequência de um jogo de arcade chamado Kiki Kaikai da saudosa Taito. O jogo recebeu o tratamento de remake da Tengo Project, que desenvolveu também os ótimos remakes/remasters: Wild Guns Reloaded  e The Ninja Saviors para consoles. Então experiência e qualidade não faltavam para a Tengo e por isso estávamos ansiosos para a análise de Pocky and Rocky Reshrined.

A análise de Pocky and Rocky Reshrined foi possível graças a um código cedido pela distribuidora, a qual agradecemos a confiança e parceria.

Fiel ao clássico demais?

Situado em oito estágios, aqui você jogará como (adivinha?) Pocky, Rocky e alguns novos personagens que têm configurações de ataque diferentes. No entanto, todos eles compartilham de controles comuns com um ataque à distância, um ataque corpo a corpo que retorna projéteis (e por isso também é uma defesa), um dash e um especial daqueles que limpam os inimigos da tela. 

A movimentação, para o bem e para o mal, segue o estilo dos jogos clássicos. O controle está totalmente linkado ao analógico esquerdo. Até mesmo a mira. Ou seja, você só consegue atirar para onde o personagem está se direcionando. Isso é ótimo para quem procura a experiência clássica mas pode ser complicado para jogadores mais acostumados com os jogos que usam o analógico direito para atirar em varias direções enquanto desvia dos projéteis na tela.

Partindo do princípio que jogos devem ser cada mais inclusivos e customizáveis para o desejo do jogador, acredito que mais opções no comando como: “versão clássica” e “reshrined” seriam interessantes aqui.

A razão principal do controle ser um incomodo é que as vezes você tentará atacar em uma direção diagonal, porém para isso você terá que andar com o personagem naquele sentido. Com isso, não irá demorar muito para você simplesmente aceitar e atacar nas quatro direções principais e adaptar sua estratégia.

Design gráfico refinado e dificuldade que pode ser contornada

O jogo começa de forma tranquila, dando chances para você entender os principais comandos e as mecânicas de repelir projéteis. Algo que você irá perceber é que apesar de lembrar muito os jogos de navinha (ou shmups) aqui a câmera não se move de maneira automática, você deve avançar no seu ritmo. Porém, inimigos nunca vão parar de aparecer e vão continuar reaparecendo. Isso é um pouco diferente dos jogos do estilo no geral mas também traz consigo uma necessidade de tomada de decisão onde você terá que escolher entre pontos, items ou passar para o próximo cenário.

No entanto, depois de um tempo você deve se acostumar com o ritmo do jogo e começar a aproveitar o que ele tem de bom. Dos visuais coloridos e robustos à trilha sonora modernizada, numa pegada acelerada de arcade. Os ambientes e fases mudam com uma boa frequência e os inimigos são introduzidos de maneira orgânica. Você sempre quer ver qual é o próximo desafio (ou relembrar).

Se comparamos com o jogo de super nintendo original, você pode realmente ver o jogo clássico aqui em Reshrined. E pra mim esse é o melhor estilo de remaster remakezado que temos hoje em dia. Algo que senti jogando Alex Kidd e Monster Boy, além dos já citados jogos da própria Tengo.

Quanto ao problema da dificuldade: não se assuste! Se você quer apenas passar pelo jogo, há continues infinitos e a morte só o levará de volta ao último checkpoint. No início você só poderá escolher a dificuldade “Normal”, que já é bem difícil. Porém, você pode ganhar uma opção de modo Fácil pegando um certo número de moedas, o que eu achei interessante. Colocar o jogador para testar o jogo como ele foi idealizado e, caso já esteja frustrado o suficiente para desistir, tentar mais uma vez em uma dificuldade um pouco mais tranquila. De novo, sou sempre a favor de todos conseguirem ter uma boa experiência.

Zerar o jogo também desbloqueia o modo Hard, que é mais do mesmo, mas com mais projéteis na tela. Inclusive inimigos abatidos dão um tiro a mais após morrerem. Não é para qualquer um. Além disso o modo co-op também está bloqueado até que o jogo seja zerado.

Vale a pena jogar?

Pocky and Rocky Reshrined é mais um trabalho excelente da Tengo Project. O jogo traz a essência completa da franquia original, com um pixel art atualizado e que traz uma movimentação a mais para o cenário e inimigos. Isso além de jogarmos em um FPS maior, o que já ajuda bastante.

A trilha-sonora acompanha bem a velocidade do jogo e deixa sempre você com o batimento cardíaco alto com tudo que está acontecendo na tela. Isso ajuda demais para você continuar tentando mesmo com a dificuldade elevada do jogo para os padrões atuais.

Pocky & Rocky Reshrined pode não ser para todos devido aos comandos um pouco ultrapassados para o que temos de opção hoje em dia e sua dificuldade elevada se você não souber onde está se metendo. Para os fãs de shoot ’em ups, e claro, se você gostou do jogo original, temos aqui um jogo obrigatório a ser jogador e para sua coleção. 

A adição do modo coop era mais do que necessária mas a ideia de colocar sua liberação condicionada a jogar muito o jogo antes de maneira solo não fez muito sentido pra mim. Mas a opção está lá – ela existe.

Para terminar nossa análise de Pocky and Rocky Reshrined, indico o jogo para amantes do gênero e para aqueles que são fãs dos jogos originais para Super Nintendo.

A ININ está disponibilizando o jogo de forma física na europa e você pode conferir os detalhes e adquirir seu jogo clicando aqui. Versões de colecionador também estão disponíveis!

Pocky and Rocky Reshrined

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 7
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 8.5

8.4

Ótimo!

Pocky and Rocky Reshrined é mais um trabalho excelente da Tengo Project. O jogo traz a essência completa da franquia original, com um pixel art atualizado e que traz uma movimentação a mais para o cenário e inimigos. Devido a sua dificuldade elevada e comandos clássicos, o jogo é indicado para amantes do gênero e para aqueles que são fãs dos jogos originais para Super Nintendo.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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