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Análise: Marvel’s Midnight Suns tem sistema de combate viciante

Apesar disso, o game tem ressalvas sobre o seu desempenho

Os jogos da Marvel estão em alta! E em nossa análise vamos falar do totalmente novo e totalmente diferente Marvel’s Midnight Suns que foi lançado para todos os consoles atuais e PC. Sendo uma nítida referência a equipe mais sombria dos quadrinhos da Marvel, os filhos da meia noite (midnight sons), aqui temos uma releitura desta equipe que engloba outros personagens que originalmente não possuem ligação com a formação apresentada nos quadrinhos. Além disso, a presença dos Vingadores também marca esse jogo. Quer saber mais sobre esse game da Marvel? Continue lendo a nossa análise até o final.

Essa análise de Marvel’s Midnight Suns foi feita graças a um código de Playstation 5 cedido pela produtora. O jogo conta com legendas em pt-br.

Lilith chegou e você é a última esperança

Algo que não podemos discordar é como MCU é grandioso e acaba servindo muitas vezes de referência para as produções de outras mídias. Podemos ver isso em Marvel’s Avengers onde o jogo teve uma notável influência dos vingadores do MCU em seu desenvolvimento, mesmo trazendo algumas referências aos quadrinhos. Porém, Midnight Suns é o total contrário! O que acaba sendo um ponto extremamente positivo, pois não se prende a amarras. Ele utiliza diversas referências da Marvel e cria o seu próprio universo, sendo mais puxado ao que conhecemos nas histórias publicadas pela editora.

A trama de Marvel’s Midnight Suns começa quando a HYDRA está fazendo uma pesquisa em busca de mais poder, tendo como mandante o enigmático Dr Faustus. Em meio de suas buscas, eles acabam despertando uma entidade demoníaca chamada Lilith que de imediato toma conta da organização criminosa.

Unindo os poderes do ocultismo das trevas com a tecnologia da HYDRA, Lilith tornou-se a maior ameaça que a Terra já viu, fazendo com que Tony Stark e Doutor Estranho precisem sair em busca de mais aliados para esse confronto inevitável. Após um combate contra as forças de Lilith, os dois juntamente da poderosa Capitã Marvel acabam parando num lugar misterioso chamado de Abadia, onde conhecem uma equipe juvenil chamada de Midnight Suns que é composta por Blade, Magia, Motorista Fantasma, Nico e a Zeladora, essa última sendo a matriarca do local.

Análise Midnight Suns

Mesmo a junção dos heróis mais poderosos da Terra com essa equipe, os heróis ainda estavam em notável desvantagem contra Lilith. Sendo assim, a Zeladora precisou despertar a maior arma contra essa vilã que é ninguém menos que Hunter, o filho ou filha de Lilith. Essa adição é a última esperança do mundo.

Marvel’s Midnight Suns traz a adição de novos personagens que não existem em nenhuma outra mídia como a Zeladora, Lilith e, claro, Hunter que é um personagem que o jogador monta podendo escolher o gênero, tipo de corpo e aparência. Essas adições são bem vindas, mesmo que em certos pontos aparenta ser um pouco forçado a forma que Hunter é colocado como líder de maneira tão imediata, porém, é bastante interessante vermos os personagens interagindo com ele(a).

A história do jogo é bastante intrigante, tendo sempre pontos altos. Ela é repleta de referências a diversas sagas e aos poucos nos apresenta mais sobre esse mundo da Marvel onde temos alguns detalhes intrigantes como a batalha contra Thanos ainda não ter ocorrido neste universo.

Apesar de sua história ser boa, ela é contada de maneira bastante arrastada, pois é necessário fazer as missões principais para poder ver o desenrolar desse enredo. E infelizmente não é de imediato que podemos ir fazendo essas missões, já que o jogo te obriga a seguir um ciclo. Falando nisso, esse ciclo envolve desenvolver todos os personagens que estão na Abadia, então cada um deles possui suas próprias tramas que acabam sendo trabalhadas como o trauma da Magia em ter sido levada para o Limbo quando era criança.

Análise Midnight Suns

Gameplay dividido em duas temáticas distintas

Quando Marvel’s Midnight Suns foi anunciado todos diziam que era o XCOM da Marvel. E, de fato, não estão errados. Afinal aqui temos um jogo estratégico que foi feito aos moldes de XCOM, mas com a inclusão de cartas para definir quais serão as suas ações durante o combate. Porém, não é somente um jogo de estratégia, uma vez que temos a maior parte do gameplay na Abadia onde teremos que administrar o esconderijo e também fortificar a afinidade de Hunter com os heróis da Marvel. Dito isso, há uma nítida divisão entre o gameplay e iremos falar melhor de cada uma dessas partes e como elas influenciam positivamente ou negativamente.

Primeiramente o combate é em turnos, onde você terá uma quantidade limitada de ações. Se utilizar nenhum tipo de buff ou efeito, você terá 3 jogadas para fazer num turno. As jogadas são ações executadas por meio de suas cartas, então num turno você consequentemente poderá usar três cartas. Há algumas exceções que são cartas que tem “grátis” descrito em seu efeito, fazendo com que ela não consuma jogadas. Além disso, cartas com efeito de “ágil” faz com que você ganhe uma nova jogada ao eliminar um inimigo com ela.

Análise Midnight Suns

Além das jogadas, você tem “movimento” que seria a possibilidade de locomover um personagem pelo campo de batalha. Ele pode somente andar ou realizar um empurrão contra um inimigo. Os empurrões são fundamentais, uma vez que servem para chocar um inimigo contra o outro e causar dano em campos, empurrar na direção de um dos heróis e também causar dano neste inimigo e, claro, empurrar em objetos do cenário para obviamente causar dano.

Além disso, você também pode usar algumas coisas do cenário para suas ofensivas como jogar objetos nos inimigos. Contudo, há algo chamado “pontos de heroísmo” que vai limitar suas ações. Há cartas que dão esses pontos, porém, outras que consomem eles e, da mesma forma, utilizar o cenário também consome. Consequentemente os baralhos dos seus personagens tem que ser estruturados entre cartas que dão pontos de heroísmo e que consomem esses pontos para causar danos extremos nos agentes da HYDRA ou em qualquer outro oponente.

Devo dizer que esse sistema de combate é realmente viciante! Porque funciona muito bem e dá pra realizar diversas estratégias e combinações, o que deixa ainda mais rico. E provavelmente esse é o ponto alto do jogo.

Abadia é o seu novo lar

Como dito antes, o jogo também consiste numa parte de administrar a Abadia e ampliar a afinidade com os heróis. A Abadia traz o cenário de uma casa consideravelmente grande com uma floresta e diversos locais para explorar. Nessa parte temos uma visão diferente do RTS que vemos no combate, pois podemos andar livremente como se fosse um RPG de mundo aberto (apesar de bastante limitado nessa liberdade).

Apesar da ideia da Abadia ser muito boa, a execução deixa a desejar, pois nos obriga a seguir um ciclo que se repete diariamente dentro do game:

  • Hunter acorda
  • Tem que ir até a forja que é onde o Ironman produz as cartas novas dos personagens e também é onde podemos fazer “pesquisas” que é a forma de conseguir evoluir a Abadia
  • Vamos para o quintal onde treina com algum personagem para fortificar ele juntamente da afinidade com Hunter, também é onde fortalece as cartas
  • Passa um tempo interagindo com os personagens para desenvolver suas histórias individuais e também evoluir a amizade com o protagonista
  • Sala de missões para enviar algum herói numa missão solo
  • Seleciona uma missão para você se aventurar com sua equipe
  • Retornou da missão, faz algum evento junto de um personagem e depois dorme.

Esse ciclo se repete incansavelmente, às vezes tendo alguma pequena variação por conta da ordem que você for nos locais ou algum evento inesperado. Entretanto, é sempre a mesma base do dia a dia dentro do jogo. Inclusive, você simplesmente não consegue fazer mais de uma missão por dia, o que limita bastante a sua liberdade.

Apesar da minha crítica, os momentos da Abadia são divertidos por conta das interações dos heróis e ver eles falando mais sobre os seus backgrounds e referências. Mas infelizmente em alguns momentos isso se torna cansativo, ainda mais que quanto mais heróis você recrutar, mais diálogos teremos até a próxima missão.

Algo que o jogo acerta é no sistema de afinidade, onde não acontece apenas de evoluir. Dependendo de suas respostas e ações, você poderá conseguir pontos negativos que vão fazer a amizade de vocês retroceder. Então é importante ter cuidado, pois realmente fizeram respostas espertas que vão muito de acordo com a personalidade de cada um deles.

Análise Midnight Suns

Gráficos e áudio

Falar sobre os gráficos é algo delicado, uma vez que ele apresenta camadas similares ao que citei na análise de Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion, pois em Midnight Suns as cutscenes temos gráficos muito bem feitos, no momento do combate também, porém, os modelos na Abadia se mostram com menor qualidade.

O ponto mais destoante está em Peter Parker sem o traje de Homem-Aranha, uma vez que seus olhos estão bastante desfocados e sua estrutura se mostra com menos detalhes do que dos outros. Esse problema dos olhos não está apenas no cabeça de teia, pois outros personagens também aparecem em algum momento com os olhos tendo essa qualidade inferior do que o restante do corpo.

A direção de arte fez um trabalho positivo ao escolher o visual dos personagens, remetendo mais ao que conhecemos pelos quadrinhos e animações, fugindo de uma estrutura realista. Porém, faltou polimento na execução disso.

Falando em áudio, o jogo funciona muito bem em trazer efeitos sonoros extremamente funcionais, vozes que casam perfeitamente com os inúmeros personagens do game e trilha sonora que é empolgante nos momentos certos.

Problemas de desempenho

Além do problema de ritmo e gráficos, infelizmente Marvel’s Midnight Suns também conta com problemas de desempenho. Joguei o jogo no Playstation 5, onde enfrentei quedas de FPS em diversos momentos que simplesmente não fazia sentido, pois não havia inimigos e tampouco muitas coisas acontecendo, além de ser um cenário que eu já estava inserido. Inclusive, há diversos relatos de problemas envolvendo o desempenho no PC.

Fora isso, também enfrentei um bug minimamente peculiar que fazia Hunter ficar preso(a) numa cena e não conseguir sair dela. Era possível acessar o fast travel, mas que simplesmente não o transportava. Resultando apenas a opção de carregar o save mais próximo para sair dessa situação bugada.

Certamente o jogo está precisando de uma atualização de correção, mas antes mesmo disso ele deveria ter recebido um polimento melhor antes do seu lançamento. Apesar das criticas, eu gostei do game na medida do possível a ponto de ficar viciado nos primeiros dias.

Conclusão da análise de Marvel’s Midnight Suns

Depois dessa análise quilométrica de Marvel’s Midnight Suns finalmente chegamos ao final. A produtora acertou em diversos aspectos para agradar os fãs, incluindo na missão de trazer uma boa história dos heróis da Marvel e também implementar um sistema de combate bastante viciante e funcional. Contudo, pecou em algumas escolhas como o ciclo de dias da Abadia e também em não trazer um melhor polimento antes do lançamento.

Marvel’s Midnight Suns é, apesar de tudo, um bom jogo. Porém, por conta de fatores negativos que citei durante a análise não é possível classificá-lo como um ótimo game, onde essa culpa cai devido aos problemas de desempenho e também ao ritmo que em alguns momentos fica tedioso. Se a 2K vai ou não implementar melhorias no decorrer da vida útil do game, é algo que iremos descobrir apenas no futuro.

Análise Midnight Suns

A análise de Marvel’s Midnight Suns segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Marvel's Midnight Suns é um jogo com potencial que poderia ter recebido mais polimento

Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 8
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 8
Narrativa - 7

7.4

Bom

Apesar de minhas criticas durante a análise, Marvel's Midnight Suns é um bom jogo e ideal para passar o tempo. Em jogatinas longas pode chegar a ser tedioso, ainda mais quando tem muitos eventos para conferir. Porém, o seu sistema de batalha é realmente onde o game brilha.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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