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Análise: Like a Dragon: Ishin mescla investigação feudal com batalhas épicas

Sakamoto Ryoma está pronto para jogar bicicletas em samurais

Sendo o primeiro jogo da série Yakuza que traz o novo nome da franquia, Like a Dragon: Ishin é o remake do, até então inédito fora do Japão, Yakuza Ishin (Ryu Ga Gotoku Ishin) que além de gráficos melhorados também carrega consigo diversas novidades. Veja agora mesmo a nossa análise e veja se Like a Dragon: Ishin chegou no momento certo para o ocidente.

Essa análise foi feita graças a um código de Playstation 5 cedido pela Sega por meio da Agência Masamune. Like a Dragon: Ishin possui áudio em japonês e legendas em inglês.

Sakamoto Ryoma e a sua missão

Like a Dragon: Ishin traz a história de Sakamoto Ryoma em sua busca incansável para desvendar o mistério da morte do seu pai de consideração que foi assassinado na sua frente por um homem mascarado. Como se não bastasse, a culpa acabou caindo sobre os braços de Ryoma, fazendo com que ele fosse caçado e forçado a assumir outra identidade. Sua única pista é o estilo de luta que o assassino era mestre, fazendo com que Ryoma tivesse até mesmo que entrar na famigerada Shinsengumi que é a força militar responsável em manter a segurança do xogunato.

Repleto de mistérios, personagens cativantes e momentos épicos, Like a Dragon: Ishin traz consigo uma história surpreendente que remete de maneira nostalgia aos clássicos filmes de samurai que vão muito além da simples troca de golpes de espada. A cada capítulo que passa, a história vai se aprofundando, fazendo com que o jogador fique mais imerso. Além disso, Ishin conta com diversas histórias laterais, trazendo um alívio cômico a tanta densidade como é o caso da história envolvendo um menino viciado em vegetais.

Algo extremamente positivo de Like a Dragon: Ishin é a forma que trouxeram os personagens de Yakuza para interpretar os papéis de personagens históricos importantes para a trama deste jogo. Sendo assim, temos alguns exemplos como Kiryu Kazuma sendo Sakamoto Ryoma e Majima Goro interpretando Okita Shoji. Falando nisso, uma diferença notável do jogo lançado originalmente para o PS3/PS4 em comparação ao remake é a adição de personagens de Yakuza: Like a Dragon atuando no lugar de outros personagens extremamente secundários que participaram de Yakuza: Shin.

Análise Like a Dragon Ishin

Combate refinado com quatro estilos distintos

Para os amantes da série Yakuza, o seu combate é algo bastante tradicional trazendo consigo lutas numa área limitada em que temos golpe fraco, golpe forte, esquiva e algumas outras ações que estão ao nosso dispor. Com Like a Dragon: Ishin não seria diferente, uma vez que ele traz consigo o melhor da franquia somado a mecânica de estilos, porém, desta vez temos quatro ao nosso dispor que são baseadas em lutar com os punhos, katana, revólver e, por fim, o estilo “dançarino” que permite Ryoma usar tanto a katana quanto o revólver ao mesmo tempo.

Além de serem extremamente distintos, cada estilo de combate ganha vantagem em certas situações. Como utilizar o revólver para abater inimigos lentos e que não recebem impacto de espadas, dançarino para enfrentar hordas numerosas ou quando necessita de esquivas fluídas e assim por diante. Os estilos podem ficar ainda mais poderosos graças as árvores de evolução que cada um deles possuí, liberando novos golpes, aumentando do dano e, claro, ampliando a vida de Ryoma.

Algo que prejudica um pouco é a falta do foco/target, fazendo com que alguns ataques sejam direcionados para o nada e, consequentemente, deixando você exposto para ser punido pela falha. Como de praxe, a série Yakuza não é referência em target, mas ao menos tínhamos um botão que ao ser mantido pressionado fazia com que o personagem focasse na direção de um inimigo. Pela falta deste botão, acaba sendo necessário nos acostumarmos com a movimentação mais livre.

Algo que faz com que o combate de Ishin brilhe é na utilização de efeitos e golpes especiais com base no seu esquadrão da Shinsengumi. Em cada estilo, você pode equipar 4 membros do esquadrão que estarão lhe dando suporte como habilidade generativas, buff de ataque ou golpes especiais destruidores.

Inúmeros mini-games feudais

É inegável que o maior destaque de Yakuza está em seus mini-games que estão presentes no decorrer do gameplay, trazendo sempre um novo respiro durante a sua jornada. Like a Dragon: Ishin também traz consigo esses passatempos, fazendo com que você tenha muito mais o que fazer além de ficar trocando golpes de espada.

Há mini-game de realizar entregas de correspondência, jogo rítmico de dançar numa apresentação de bar, pescaria e muitos outros. Além disso, quando Ryoma vira capitão da Shinsengumi é liberado uma opção de administrar o seu esquadrão, permitindo que você selecione aqueles que vão te “acompanhar”, evolua eles ou descarte.

Para deixar tudo ainda mais completo, ainda existe a opção de se aventurar em dungeons como missões da Shinsengumi. É a melhor forma de “upar” Ryoma juntamente do seu esquadrão e conseguir recursos de maneira promissora.

Também temos a administração da casa de Ryoma, onde podemos cuidar do plantio de verduras e na produção de refeições que serão utilizadas posteriormente como forma de você recuperar a sua vida em combate. Em resumo, nesta parte, temos um “simulador de colheita feliz”.

Gráficos e áudio

Like a Dragon: Ishin não utilize a famigerada dragon engine que está presente nos jogos mais atuais da série, pois invés disso está fazendo uso da Unreal Engine 4.27. Não há um motivo confirmado sobre essa mudança, mas provavelmente é por conta da recriação do jogo não ter sido possível na Dragon Engine. Porém, apesar disso, vemos uma evolução notável em comparação ao original, mas ainda assim fica um pouco abaixo do que já estamos acostumados por conta dos últimos três jogos da série e de Lost Judgement. Consequentemente, pela utilização da Unreal Engine 4, vemos em diversos momentos os gráficos ficando inconsistentes de modo que certas cenas tem uma qualidade extremamente notável, enquanto outras estão num nível abaixo do esperado.

A qualidade de áudio está esplêndida e se faz digna da geração atual. Os sons ambientes, a dublagem e a trilha sonora estão incríveis, trazendo uma imersão enorme ao Japão feudal. Terem renovado o áudio de sua versão original para que se encaixe melhor na inclusão dos novos personagens foi uma ótima escolha, ampliando ainda mais a qualidade da dublagem como um todo.

Conclusão da análise de Like a Dragon: Ishin

Like a Dragon: Ishin é o primeiro jogo que marca o começo de Yakuza com o nome de Like a Dragon e terem escolhido justamente um spinoff tão aguardado pelos fãs foi, sem dúvidas, uma escolha mais do que certa. Então concluo essa análise dizendo que Like a Dragon: Ishin é um ótimo jogo feito tanto para fãs quanto para aqueles que estão conhecendo a franquia pela primeira vez, afinal é um jogo que não depende dos outros 8 anteriores.

Apesar de seu gráfico não fazer jus a primorosa dragon engine, ainda assim não é de todo ruim apesar de alguns momentos a qualidade ficar abaixo da média, enquanto em outros temos uma beleza gráfica muito notável. Sua jogabilidade, por outro lado, é algo que consegue manter um nível alto de qualidade o tempo todo, seja pelo combate desafiador ou pelos inúmeros mini-games espalhados em Kyoto.

Like a Dragon: Ishin é um remake muito bem desenvolvido e que podemos ver o cuidado de seus desenvolvedores na construção dele.

Análise Like a Dragon Ishin

A análise de Like a Dragon: Ishin segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Like a Dragon: Ishin é uma obra necessária para todos os fãs

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 9
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 10

9.4

Excelente

Like a Dragon: Ishin se destaca por sua narrativa, mas também consegue satisfazer os jogadores pela seu combate intuito juntamente dos inúmeros mini-games que estão disponíveis. Apesar de sua inconsistência gráfica, o jogo não perde o seu brilho.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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