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Preview: Dead Island 2 nos surpreendeu muito

Confira abaixo o nosso vídeo com as nossas primeiras impressões de Dead Island 2:

Introdução

Dead Island 2 foi anunciado pela primeira vez na E3 2014 e teve um período de desenvolvimento bastante conturbado. Para quem não sabe, o jogo já passou pela Yager Development e pela Sumo Digital até chegar às mãos da Dambuster Studios, que assumiu de vez a responsabilidade de dar sequência à franquia. Mesmo com toda essa confusão, eu continuei animado acompanhando rumores e especulações sobre o jogo. Desde que a Dambuster começou a publicar maiores informações sobre o título, que será lançado daqui a pouco mais de um mês, eu fui percebendo que a empresa acrescentou tudo que os fãs mais queriam e o hype foi lá para as alturas. Nesse meio tempo, a gente recebeu uma build não finalizada do jogo para testar tudo que a gente quisesse, com exceção dos modos multiplayer, e eu já falo aqui para vocês, Dead Island 2 tem tudo para ser um jogaço.

As inúmeras possibilidades – Primeiras Impressões: Dead Island 2

Como a Dambuster já revelou através dos diversos trailers lançados nas últimas semanas, o título conta com 6 heróis, que têm características, personalidades e, principalmente, gameplays muito diferentes. Enquanto Ryan é sarcástico e possui um gameplay relativamente equilibrado, por exemplo, Dani é rápida, rebelde e afinada no humor ácido. Cada um deles possui habilidades especiais diferentes, que podem ser ativadas a qualquer momento durante o jogo e têm um pequeno cooldown para serem usadas novamente. Inicialmente, eu esperava que a jogabilidade de cada personagem fosse levemente diferente, para justificar as múltiplas opções disponíveis no jogo, mas eu fui surpreendido pela variedade entre cada personagem. Eu geralmente gosto de jogar com personagens mais brutos, que servem como Tanks para o time, então eu acabei jogando mais dessa forma conforme eu avancei pela história do jogo por 6h. Quando decidi testar um pouco outros personagens eu percebi que as possibilidades são imensas, e jogadores com estilos diferentes poderão explorar abordagens variadas.

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Um enredo bem elaborado

Eu não vou estragar a história do jogo aqui para vocês e vou deixar para comentar mais sobre ela na nossa análise final do jogo, que vai ser lançada em Abril, mas eu já deixo registrado aqui que tanto o roteiro quanto os personagens são muito interessantes. Eu confesso que não esperava tanto assim desse quesito em Dead Island 2, mas eu fui surpreendido positivamente. Todos os personagens são intrigantes, e os diálogos contribuem bastante para criar uma conexão entre o jogador e cada novo integrante do grupo que vai se formando em Hell A. Para dar um contexto geral, assim que começamos o jogo, nos deparamos com um grupo de sobreviventes na mansão de uma atriz famosa de Hollywood, e é a partir daí que a história se desenvolve. 

As missões obrigatórias da história nos levam a partes diferentes da cidade, com zumbis e personagens novos. Cada ponto novo de Hell A serve como um pequeno hub que pode ser explorado livremente pelo jogador. Há portões de saída e entrada em cada uma dessas pequenas regiões, então é possível afirmar sim que o jogo é de mundo aberto, mas a forma como o jogador avança na história é bastante dirigida. Eu acho importante pontuar essa questão, porque muitos fãs esperavam uma cidade completamente explorável, como acontece em Dying Light, por exemplo. Entretanto, não pense também que isso é um ponto negativo. Esse tipo de controle sobre as pequenas áreas diferentes do mapa deu à Dambuster a possibilidade de focar e detalhar cada pedaço do jogo, que por consequência, é um dos mais bonitos e variados do gênero. Cada mansão, quarto e viela é diferente e instiga o jogador a explorar o máximo possível não somente para buscar itens e armas, mas também para apreciar o excelente trabalho artístico da desenvolvedora. Esses ambientes estáticos, inclusive, permitiram que a luz fosse trabalhada de uma forma quase sem precedentes, tanto em ambientes fechados quanto abertos. Sem brincadeira, Dead Island 2 é um dos jogos mais bonitos que eu já vi, pelo menos no PC, e eu acho que muita gente vai se surpreender com os gráficos do jogo.

Uma direção de arte promissora – Primeiras Impressões: Dead Island 2

Eu mesmo passei mais tempo que o normal só apreciando os diferentes cenários, e eu fiquei simplesmente incrédulo com o que a Dambuster Studios conseguiu fazer com esse jogo. Geralmente jogos de mundo aberto não conseguem ter uma iluminação tão bem feita, já que é inviável trabalhar manualmente as sombras e luzes de cada parte do jogo. Fora isso, ambientes dinâmicos precisam reagir com a luz ao longo do tempo de forma diferente e isso exige muitos recursos. Quando temos ambientes menores e estáticos, como é o caso de Dead Island 2, é muito mais fácil de se lapidar cada ambiente manualmente, e ao que me parece foi exatamente isso que os artistas fizeram, principalmente com a iluminação indireta de ambientes fechados. Em alguns momentos, eu achei que a iluminação global estivesse sendo feita por ray tracing de tão boa que era. O quanto o jogo vai pesar nas máquinas de vocês por conta disso é um assunto que eu só vou poder falar na análise em Abril.

Para fechar com chave ouro a direção de arte do jogo, as animações e a qualidade dos modelos são simplesmente fantásticos. Esse é mais um ponto que me surpreendeu no jogo, já que a minha última experiência com jogos do gênero, no caso Dying Light 2, não chegou nem perto de Dead Island 2. Para ser justo, Dying Light 2 é um jogo muito bonito, mas o que a Dambuster fez aqui é algo de nova geração. As animações faciais e corporais tanto dos personagens principais quanto dos inimigos é de primeira linha, e se alia a efeitos sonoros e dublagem incríveis para criar sensações diferentes no jogador. Todas as missões me trouxeram emoções variadas, e o jogo sabe utilizar esses elementos para fazer o jogador navegar pela história em momentos dramáticos e cômicos. Eu já deixo aqui o meu parabéns à equipe pelo excelente trabalho. 

Um gameplay variado

A parte inicial do jogo consiste basicamente de armas brancas, que são inúmeras e vão de canos que podem ser encontrados pelas ruas à canivetes, facas, bastões e katanas que são encontradas em mansões específicas. Eu fiquei bastante impressionado com a variedade de estilos de armas presentes no jogo, e com o fato de que é possível carregar uma quantidade bem grande delas junto com o personagem. Todas elas quebram e devem ser usadas de forma estratégica, principalmente as armas com alto DPS e baixa durabilidade. Fora o dano de impacto ou de corte que elas dão, é possível melhorá-las em bancadas espalhadas pelo mapa, adicionando dano de fogo, elétrico, água, e por aí vai. É possível interagir com os elementos, e o jogo te incentiva a todo momento a usá-los para acabar com as hordas de zumbis. É até um pouco irreal o fato de que toda esquina possui um barril com gasolina, água, ácido, ou um cabo de energia pronto para encostar numa poça para eletrocutar grupos de inimigos, mas a ideia funciona no gameplay e é isso que importa.

Para completar, o jogo oferece um sistema de cartas que vão sendo descobertas ao longo da história e podem ser usadas como habilidades ativas ou passivas no jogador. A quantidade de skills presentes no jogo é bem grande, e é possível lapidar o gameplay de formas bem variadas. Há habilidades que afetam tanto o jogador quanto as armas em si que podem ser modificadas a todo o momento sem penalidade, e o jogo até incentiva de certa forma que elas sejam trocadas. Na minha experiência por meio das 6h de jogo, é bem difícil se ater um estilo só, então as cartas são bem vindas e ajudam bastante nas diferentes áreas de Hell A, que possuem zumbis com habilidades diversas. 

Há arestas para aparar

Aliás, eu aproveito aqui para fazer uma crítica e um elogio aos zumbis do jogo. A quantidade de zumbis presente em Dead Island 2 é imensa, com dezenas de inimigos com diferentes habilidades a serem enfrentados. Isso faz com que o jogador tenha que trocar de armas a todo momento, inclusive as de fogo mais à frente na história. Agora, o grande problema, é que os modelos desses zumbis se repetem com muita frequência, o que acaba atrapalhando bastante no quesito imersão. É comum, inclusive, se deparar com zumbis fisicamente iguais durante hordas e eu me questiono se não seria possível usar um sistema randômico de criação de inimigos. O lado bom, pelo menos, é que o sistema FLESH criado pela Dambuster faz com que os zumbis sejam desfigurados com pancadas sempre de forma aleatória. Ou seja, ossos nunca serão quebrados da mesma forma, e a carne dos zumbis é cortada de forma única. Aliás, se você é fã de gore, Dead Island 2 é um prato cheio para você, já que não falta sangue, membros e corpos pelo mapa.

Conclusão- Primeiras Impressões: Dead Island 2

Para resumir, as nossas primeiras impressões de Dead Island 2 são excelentes, e esperamos muito que as horas seguintes da história mantenham o mesmo nível do que eu vi nesse preview. O gameplay, os gráficos e os personagens estão incríveis, e eu torço também para que os bugs e problemas de performance, que são comuns em builds do tipo, sejam corrigidos a tempo para o lançamento. Se a Dambuster conseguir resolver essas questões, é bem provável que Dead Island 2 seja um excelente jogo.

Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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