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Análise: 30XX é um Mega Roguelite Zero

Eu acho que entendi a referência...

Depois de dois previews que escrevemos (aonde você pode ler aqui e aqui), 30XX saiu de Acesso Antecipado e recebeu sua versão 1.0. Ou seja, finalmente lançado. Então vem comigo começarmos nossa rodada, digo, análise.

Esta análise só foi possível graças a uma cópia digital de 30XXgentilmente cedida pela produtora, para a versão de PC, via Steam.

Sobre 30XX

30XX é um jogo roguelite de ação e aventura com plataformas, em câmera lateral 2D. A sua jogabilidade é baseada na série Megaman X/Zero e que falarei mais no seu devido tópico.

A princípio, o jogo não tem nenhuma história. Pode parecer estranho mas é isso mesmo: você escolhe a opção jogar, e já aparece os modos que 30XX proporciona (no vídeo de gameplay mais abaixo mostro isso). Contudo, 30XX tem uma breve história. Não é um grande plot, mas tem, e para acompanhá-la, você tem que jogar o Tutorial, ou ler o breve resumo que farei:

Mil anos se passaram após a aventura de Nina e Ace. Durante esse período de hibernação, o mundo foi alterado de uma maneira praticamente irreversível, sendo corrompido pela Mente Sintética e por humanos que perdem a vontade e ambição de evoluírem. Contudo, uma nova ameaça se levanta e Ace parte em direção ao local de hibernação de Nina para que, mais uma vez juntos, eles combatam as forças do mal. Ao encontrar a cápsula em que Nina estava hibernando, Ace é emboscado, sofrendo uma derrota instantânea e não conseguindo libertar Nina. Porém, antes de dar o golpe final e aniquilar Nina, a vilã da saga dá um sermão digno de vilão invencível e a desperta, esperando que Nina traga-lhe um grande desafio. Será que Nina e Ace conseguirão parar os malignos planos dessa vilã desconhecida?

Por fim, venho parabenizar aos desenvolvedores da Batterystaple Games, por incluírem uma legenda em PT-BR excelente, incluindo as piadinhas que aparecem no jogo. Apesar das piadas, em vários momentos, fossem sem graça parecendo comigo, gostei do que fizeram com as mesmas, sem parecer que é apenas um mero Google Translator ou inseridas de qualquer forma.

Atire, pule, tente e morra

Conforme já adiante, 30XX tem a sua jogabilidade bem inspirada na série Megaman X/Zero. Mas se você nunca jogou algum jogo das franquias citadas, não perca tempo e jogue visite o Tutorial que você entenderá muito bem como o jogo funciona.

Além da mecânica citada acima, o jogador terá apenas uma vida e terá que fazer a sua rodada completa, sem morrer, até vencer o desafio final. E, para lhe ajudar, o jogador coletará vários power ups, que vão ajudando a sua rodada. Caso não consiga, o jogador retorna a base e e poderá comprar upgrades que o ajudará na próxima rodada.

Essas rodadas podem ser feitas usando qualquer um dos protagonistas: Ace e Nina. Nina é uma especialista em tiros, enquanto Ace utiliza de um sabre como arma principal. Analogamente, Nina joga semelhante ao X e o Ace assemelha-se ao Zero, ambos da saga Megaman X. Dica rápida: até aprender melhor como funciona o jogo, escolha a Nina, por ela ter ataques de longo alcance.

Escrevendo dessa maneira, parece que o 30XX não tem nada de diferente ao seu antecessor, certo? E de certa forma é isso mesmo: ainda temos 8 fases, 8 chefes, 1 fase final bem desafiadora… Contudo, em 30XX temos vários modos de jogar, no qual cobrimos a maioria no nosso preview. Para não estender essa análise mais do que deve, recomendo que leia nosso preview. Só que, além dos modos citados no nosso preview, temos mais modos, que os citarei abaixo:

Mega

Diferente do modo padrão, aqui o jogador pode jogar tranquilamente, sem temer a morte definitiva. Recomendo demais para iniciantes, para quem deseja masterizar tudo ou quem não goste da idéia de reiniciar tudo, caso morra.

Comunidade

Ao melhor estilo Mario Maker, os jogadores tem a liberdade para jogarem as fases que a comunidade faz, trazendo novos desafios ao jogo. Se você deseja jogar esse modo, vá com o coração leve e a mente aberta, pois você encontrará todos os tipos de desafios, desde mais simples até extremamente complexos e desafiadores.

Caso o jogador queira, ele pode criar as suas próprias fases, através do editor que existe no próprio jogo. Basta acessar o menu Criador 30XX, na tela principal. O interessante é que o editor é bem simples e fácil de usar, permitindo usar vários elementos (desde inimigos e plataformas até as mecânicas da fase) diferentes para montar a sua própria fase.

Eu joguei algumas fases e gostei do modo. Uma em especial, chamou mais a minha atenção e se chama Green Hill Zone. Depois pesquise por essa fase e veja por si mesmo.

Co-op local e online

Apesar de não ser novidade, pois em 20XX já havia essa possibilidade, o modo co-op está presente. Assim como a versão anterior, o jogador poderá escolher jogar em co-op local ou online, escolhendo uma “sala” para jogar ou hospedar uma partida. Infelizmente, durante a análise, minha esposa não quis jogar comigo e até o momento que escrevo a análise, não achei nenhuma partida para entrar. Nem mesmo hospedando uma partida.

Ainda existem outros modos que estão espalhados pela base. Contudo, não os citarei pois eles são similares aos que já citamos ou são segredos que não posso revelar sem entregar grandes spoilers.

Para finalizar essa parte da análise, veja uma rodada que gravei. Só adianto que essa rodada teve mais de 1 hora de duração e por sorte dos power ups escolhidos, finalizei essa rodada. Já preparem a pipoca e vamos lá!

Mil anos se passaram, porém regressou graficamente

A princípio, não gostei da parte gráfica de 30XX. Não é que esteja ruim mas comparando a 20XX, o novo estilo gráfico não me agradou. Para adiantar aos jogadores que conhecem a franquia Megaman, é como se 20XX fosse a saga Megaman X e 30XX a saga Megaman Zero.

A escolha do estilo de arte para 30XX e as cores saturadas poluem a tela, trazendo vários incômodos de forma exagerada. E a situação piora nos momentos em que a cena fica frenética e ocorre uma invasão gigante de objetos como tiros, inimigos, parafusos, plataformas.

Os outros cenários apresentados não fogem ao citado acima. Para ser mais direto, a base. Como a base foi extremamente expandida e a mesma parece que está em um tipo de ilha voadora, explorá-la é praticamente obrigatória. Contudo, o layout da base não me agradou.

Por fim, cito que ao menos as telas de menu do jogo continuam boas. Bem simples e limpas, com as informações devidamente destacadas e fácil de ler. Pena que não pensaram desta maneira no restante do jogo.

O tempo passa, o tempo voa, mas a sonoplastia…

Sinceramente, não tenho muito o que falar. E o motivo é bem simples: esta parte do jogo está no nível suficiente e agradável. As músicas são ao estilo 8/16 bits e nenhuma delas são memoráveis (apesar de serem bem ambientadas) e os efeitos sonoros em 8/16 bits são bons, lembrando muito a saga Megaman X/Zero.

Contudo, 30XX tem um problema que Megaman X/Zero não possui: roguelite, mais especificamente na repetição de fases. Deixe-me explicar melhor:

Na saga Megaman X/Zero, após passar uma fase, não há necessidade de retornar a fase, a menos que queira coletar algum segredo deixado de coletar (parte de armadura, sub tank ou coração). Contando tudo o que é possível, o máximo que um jogador precisará retornar a uma fase seria 5 vezes (usei esse número de exemplo pois é a quantidade de vezes que precisa retornar para coletar o HADOUKEN em Megaman X) e depois fim de jogo. Mesmo se morrer, a fase tem checkpoints que ajudam em um retorno e só teria que jogar tudo novamente em um possível GAME OVER, aonde não salvou o jogo ou pegou o password.

Contudo, em 30XX, se você morrer, terá que retornar em TODAS as fases novamente. E retornará de novo, e de novo, e de novo… A princípio, as músicas e os efeitos sonoros não perturbam mas após morrer, digamos, umas 10 vezes, as músicas e efeitos sonoros começam a ficar repetitivos e cansativos. Mesmo que a ordem que as fases aparecem são aleatórias, inevitavelmente, haverão repetições demasiadas das fases e, com isso, as mesmas músicas, os mesmos efeitos sonoros…

RESUMINDO: a sonoplastia permanece muito boa, porém a constante repetição cansa a longo prazo.

Considerações finais de 30XX

30XX é um ótimo jogo roguelite e a mistura nostálgica da jogabilidade de Megaman X faz com que 30XX seja único. Infelizmente essa aventura veio com alguns problemas que incomodam bastante e, com a sua jogatina frenética, podem cansar o jogador. Contudo esse “cansaço” pode ser vencido se conseguir jogar com um amigo localmente ou online.

Essa análise de 30XX segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

30XX

Visual, ambientação e gráficos - 6
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 8.5
Áudio e trilha-sonora - 7

7.5

Bom

30XX é uma ótima sequencia para a franquia. A jogabilidade, os desafios, as fases, os power ups e os upgrades foram expandidos e melhorados, contudo nem tudo são flores. Particularmente, os gráficos não estão legais quanto a aventura passada e a repetição exagerada das músicas e efeitos sonoros cansa a longo prazo. Ou seja, não recomendo jogar 30XX se o seu propósito é apenas jogar para relaxar. A menos que você relaxe com muitas mortes, músicas repetitivas e cenários saturados.

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Eder DZR13

Um rapaz descontraído, engraçado, esperto e dinâmico. Esse cara não sou eu, mas eu amo jogar e viver no mundo gamer. Ainda procurando os dias de glórias porque de tanta luta, eu acho que serei a próxima DLC de Street Fighter. Detentor da 5ª Esmeralda do Caos e 3 vezes campeão da liga de Brawlhalla do condomínio. E ontem eu acertei a tela branca do Akuma.

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