Dez anos se passaram desde que Yakuza 0 chegou ao PlayStation 3 e 4, apresentando a história de origem de Kazuma Kiryu e Goro Majima, dois dos personagens mais icônicos da série. Agora, uma nova edição intitulada Yakuza 0 Director’s Cut promete revigorar este clássico com 26 minutos de cenas adicionais, um modo cooperativo e, pela primeira vez, dublagem em inglês para um dos títulos mais queridos pelos fãs.
Se você possui um Nintendo Switch 2 e é fã da saga Yakuza (ou Like a Dragon), provavelmente está se perguntando: vale a pena investir nesta versão? Continue lendo nossa análise para descobrir.
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História adicional
(Nota: Esta análise foca exclusivamente nas novidades da versão Director’s Cut. Para uma avaliação completa do jogo base, consulte nossa análise original de 2017.)
O principal atrativo para os fãs veteranos são os 26 minutos de cenas adicionais. A especulação era grande: seria uma expansão do final ou apenas momentos aleatórios? A resposta é mais sutil. O conteúdo inédito oferece um encerramento digno para personagens coadjuvantes que, na versão original, desapareciam abruptamente da narrativa principal.
De forma semelhante ao que se vê em versões estendidas de filmes como O Senhor dos Anéis, as novas cenas criam pequenos arcos de redenção e conexões mais suaves entre os acontecimentos. Para os fãs da franquia, esses momentos são um acréscimo gratificante que enriquece o elenco. No entanto, para jogadores casuais ou pouco investidos na trama, o impacto desse conteúdo pode ser mínimo.


Melhorias técnicas
Como um título de transição entre gerações (PS3 e PS4), Yakuza 0 não utiliza a Dragon Engine, motor gráfico de jogos mais recentes da série. Portanto, a Director’s Cut não apresenta uma revolução visual, mas oferece melhorias bem-vindas, como um notável aumento na resolução. Um ponto negativo, contudo, é a leve queda de qualidade em algumas das novas cutscenes, com cenários que por vezes parecem borrados.
A maior evolução técnica está no áudio, que foi retrabalhado para ser mais limpo e imersivo. Agora é possível distinguir com clareza as camadas sonoras, desde conversas de pedestres em Kamurocho e Sotenbori até a música ambiente dos estabelecimentos. A experiência é potencializada pelo áudio 3D no modo portátil do Nintendo Switch 2.
Outra novidade importante é a inclusão da dublagem em inglês, uma alternativa à original japonesa. Infelizmente, a ausência de legendas em português brasileiro é uma falha, considerando o esforço recente da SEGA em localizar outros títulos da franquia.
A melhoria mais impactante, no entanto, é o desempenho estável a 60 FPS. Essa mudança torna a jogabilidade muito mais fluida e ágil, corrigindo a sensação de rigidez do original e tornando os combates mais divertidos. O desempenho se mantém sólido, inclusive no modo portátil.
Red Light Night Mode
A grande novidade desta edição é o Red Light Night Mode, um modo multiplayer online cooperativo para até quatro jogadores — algo inédito na série. A proposta é simples e direta: escolher um personagem e enfrentar hordas de inimigos em diversas fases, culminando em uma batalha contra um chefe.
Essa abordagem garante diversão imediata, mas a falta de profundidade pode levar à repetitividade após algumas partidas. O modo também apresenta limitações, como a ausência dos icônicos heat actions, que simplifica o combate. Além disso, cada estilo de luta de Kiryu e Majima funciona como um personagem distinto, o que restringe a troca dinâmica de posturas durante a ação.
Como ponto positivo, o dinheiro ganho nas partidas pode ser usado para evoluir os personagens, criando um ciclo de progressão funcional que incentiva o retorno ao modo.
Conclusão de Yakuza 0 Director’s Cut
Yakuza 0 Director’s Cut é uma edição que aprimora a experiência original com acréscimos pontuais, direcionados especialmente aos fãs mais dedicados. As novas cenas enriquecem o universo do jogo, mas seu apelo é maior para quem já possui uma conexão com a história e seus personagens.
Do ponto de vista técnico, as melhorias são bem-vindas. A resolução aprimorada, o áudio imersivo e, principalmente, o desempenho estável a 60 FPS modernizam a jogabilidade de forma significativa. No entanto, pequenas inconsistências visuais e a ausência de legendas em português são falhas notáveis.
O modo cooperativo Red Light Night Mode funciona como um bônus divertido e acessível, ideal para sessões curtas. Sua simplicidade, porém, limita sua profundidade e o torna um extra casual, em vez de um pilar central da experiência.
No fim, esta Director‘s Cut entrega um pacote honesto que complementa a obra original sem reinventá-la. É uma edição altamente recomendada para entusiastas que desejam revisitar o clássico com novos aprimoramentos e um excelente ponto de partida para novatos, desde que a barreira do idioma não seja um obstáculo.
Essa análise de Yakuza 0 Director’s Cut segue nossas diretrizes internas. Confira aqui nosso processo de avaliação.
A melhor versão do jogo mais aclamado de Yakuza
Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 9
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 9
Narrativa - 9
9
Excelente
Yakuza 0 Director’s Cut complementa bem o jogo original com melhorias pontuais e um modo multiplayer inédito, mas seu conteúdo extra é mais significativo para fãs da franquia do que para novos jogadores.