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Análise: Bravely Default Flying Fairy HD Remaster

Uma jornada pelos cristais, agora em HD.

Em seu lançamento original para o Nintendo 3DS, Bravely Default conquistou os fãs de JRPG ao combinar uma história envolvente e personagens cativantes a um sistema de batalha que resgatava um dos elementos mais aclamados de Final Fantasy: as classes (jobs).

Treze anos depois, o título retorna como Bravely Default Flying Fairy HD Remaster, uma edição atualizada para o Nintendo Switch 2 que promete gráficos aprimorados e melhorias significativas. Analisamos se esta é, de fato, a versão definitiva deste primoroso RPG

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Visão geral

Antes de detalharmos as novidades desta versão, é fundamental contextualizar os elementos que consagraram Bravely Default para quem não o conhece. A trama se desenrola em Luxendarc, um mundo cujo equilíbrio depende de quatro cristais elementais: vento, água, fogo e terra. Quando forças sombrias corrompem esses artefatos, o Cristal do Vento se estilhaça, e um cataclismo abre um abismo que engole a vila de Norende. O único sobrevivente, um jovem chamado Tiz, encontra Agnès Oblige, a vestal do vento, e juntos iniciam uma jornada para restaurar a ordem. Ao longo do caminho, a dupla ganha a companhia do misterioso e mulherengo Ringabel e da determinada Edea Lee.

Essa base narrativa serve de palco para um sistema de jogo profundo, cujo primeiro pilar é a versatilidade das classes (jobs), um conceito popularizado pela franquia Final Fantasy. Conforme a história avança, o jogador desbloqueia novas profissões, como White Mage, Black Mage e Knight. O grande diferencial de Bravely Default é a possibilidade de equipar um conjunto de habilidades de um job secundário, permitindo combinações estratégicas criativas, como um mago ofensivo que também pode usar feitiços de cura ou um ladrão com acesso aos ataques poderosos de um monge.

Contudo, é no combate que reside a mecânica mais icônica do jogo: o sistema Brave e Default. A cada rodada, o personagem ganha um Ponto de Bravura (PB) para realizar uma ação. Ao usar o comando Default, o personagem adota uma postura defensiva, reduzindo o dano sofrido e acumulando um PB extra para turnos futuros. Em contrapartida, o comando Brave permite gastar PBs acumulados — ou mesmo adiantar pontos de turnos futuros — para executar múltiplas ações em uma única rodada. Essa mecânica cria uma camada de risco e recompensa, pois usar Brave sem pontos guardados deixa o personagem com um saldo negativo, tornando-o incapaz de agir e totalmente vulnerável. Por exemplo, ao usar quatro ações sem PBs, o personagem ficará imóvel pelas quatro rodadas seguintes.

O que esperar da versão de Switch 2?

Com os fundamentos do jogo estabelecidos, voltamos nossa atenção para as novidades exclusivas desta remasterização. A primeira e mais evidente melhoria está no visual. Os gráficos em alta definição eliminam o serrilhado presente na versão de 3DS, conferindo uma nitidez notável à icônica direção de arte do jogo, que mescla personagens 3D com cenários 2D desenhados à mão. O tratamento sonoro acompanha essa evolução, com uma trilha sonora e efeitos de áudio remasterizados que, aliados à qualidade do hardware, tornam a experiência especialmente imersiva no modo portátil.

A transição do 3DS para um console de tela única exigiu uma reformulação completa da interface. Os menus foram redesenhados para se adaptarem de forma inteligente ao novo formato, garantindo uma navegação mais limpa e funcional. Além disso, a remasterização expande as melhorias de qualidade de vida: a velocidade das batalhas agora pode ser acelerada em até quatro vezes (antes eram três), e as cenas de diálogo ganharam uma opção de avanço rápido de duas vezes.

No que diz respeito ao conteúdo, a Square Enix optou por uma troca. A expansão “For the Sequel”, que servia de ponte para a continuação Bravely Second, foi removida. Em seu lugar, foram adicionados dois minigames inéditos que utilizam os sensores de movimento dos Joy-Cons: Luxencheer Rhythm Catch, um desafio musical, e Ringabel’s Panic Cruise, um minijogo de tiro. Completá-los recompensa o jogador com trajes exclusivos para os personagens.

Conclusão da análise de Bravely Default Flying Fairy HD Remaster

Bravely Default Flying Fairy HD Remaster chega ao Nintendo Switch 2 como uma modernização competente, que refina os aspectos técnicos do clássico com visuais em alta definição, áudio remasterizado e uma interface funcional. As melhorias de qualidade de vida e os minigames inéditos são adições bem-vindas, mas a remoção da expansão “For the Sequel” é uma falha notável, que impede esta de ser a versão definitiva do jogo e pode decepcionar os veteranos que aguardavam o pacote completo.Apesar dessa ressalva importante, a essência que tornou Bravely Default um RPG memorável permanece intacta. Esta remasterização é, sem dúvida, uma excelente porta de entrada para novos aventureiros e uma ótima oportunidade para os fãs de longa data revisitarem o brilhante mundo de Luxendarc.

análise Bravely Default Flying Fairy HD Remaster

Essa análise de Bravely Default Flying Fairy HD Remaster segue nossas diretrizes internas. Confira aqui nosso processo de avaliação.

A versão definitiva desse RPG que marcou o 3DS

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 8
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 10

9.6

Maravilhoso

Com melhorias gráficas, ajustes de interface e novidades pontuais, Bravely Default HD no Switch 2 é uma versão aprimorada, embora com a ausência sentida da expansão For the Sequel.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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