O Sindicato dos Atletas de São Paulo entrou com uma ação coletiva em que cobra indenização da produtora EA Sports no valor de R$ 50 milhões. O motivo alegado é para ressarcir jogadores que tiveram, na visão da entidade, suas imagens utilizadas sem autorização nos games. A notícia, dada pelo GloboEsporte.com, diz ainda que o processo cobra o pagamento relativo a 20 versões dos jogos, lançadas entre 2004 e 2017. São relatadas mais de 4 mil aparições de atletas – alguns deles repetidos por constarem em diferentes edições dos games.
Ações como essa fizeram com que, por exemplo, todos os jogadores brasileiros não estivessem mais em FIFA 18. O que temos no jogo são apenas os símbolos e camisas de alguns clubes brasileiros. Todos os jogadores tem nomes e aspectos físicos genéricos. Recentemente tivemos um caso emblemático no jogo Pro Evolution Soccer (PES) 2018, no qual os jogadores de Vasco, São Paulo, Fluminense e Chapecoense “desapareceram” do jogo, dando lugar a personagens genéricos justamente por ações de direito de imagem.
Diferente de times da Europa, por exemplo, os jogadores brasileiros negociam um a um seus direitos de imagens com as produtoras. Já na Europa os direitos de imagens dos jogadores estão atrelados, juridicamente, às ligas locais. Portanto, ao negociar com uma liga (seja ela a espanhola, inglesa, alemã etc.) as produtoras dos jogos automaticamente garantem o uso das imagens dos jogadores.
A novidade, agora, é a entrada dos sindicatos nos processos entre jogadores e produtoras.
