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Análise: Wolfenstein 2: The New Colossus para Switch evolui o que foi feito em DOOM

A Bethesda abraçou com muita vontade o Nintendo Switch e a cada vez mais vemos ports de seus grandes jogos para o híbrido da Nintendo. Agora o seu mais novo triple A portado para o Switch é o maravilhoso Wolfenstein 2: The New Colossus que já havia sido lançado em 2017. Nele vemos o mesmo jogo que todos amamos sendo otimizado pela competente Panic Button.

Um Estados Unidos Nazista

Por mais que Wolfenstein 2: The New Colossus já tenha sido lançado (você pode conferir nosso review original aqui), é possível que esteja o vendo pela primeira vez, então farei uma breve introdução a ele. Sua ideia é que ele é uma sequencia ao primeiro Wolfenstein, porém, caso não o tenha jogado, não tem problemas. Um pequeno e rápido resumo irá te situar sobre os fatos mais importantes.

uma velha inimiga está de volta
Uma velha inimiga está de volta

Mais uma vez você estará controlando o William J. Blazkowicz ou então como é chamado pelos nazistas, Terror Billy e irá se opor ao regime nazista que foi imposto nos Estados Unidos iniciando uma revolução. Diferente do último jogo, neste já temos a Alemanha e o nazismo como os vencedores da Segunda Guerra. Com isso o estilo americano de vida foi mudado e muita coisa outrora considerada errada é tratada como naturalidade. Como, por exemplo, a KKK controlando cidades. Ou então o idioma inglês sendo substituído pelo alemão.

Se unindo a resistência, Blazkowicz irá mais uma vez enfrentar a temida Frau Engel, uma general de alta patente que controla as operações nos EUA, assim como irá frequentar diversos ambientes como um submarino atômico, cidades destruídas pela radiação, bases fora da terra e muito mais.

Chorando pela vitória do Nazismo
Chorando pela vitória do Nazismo

Reflexão contra o extremismo e muita morte

Wolfenstein sempre se passou em uma realidade paralela onde o nazismo saiu como um grande vitorioso ou então está prestes a vencer a guerra. E isso acaba levantando um ponto interessante que é a reflexão do extremismo de uma ideia. Podemos aplicar algumas dessas ideias a alguns grupos que infelizmente estão tendo muita visibilidade nos dias de hoje. Como mencionei acima, em certo momento será possível ver a KKK controlando toda uma cidade e seu controle é dado através do medo e preconceito. Podemos ver um grande controle militar dos EUA que acaba sendo a solução para os grupos terroristas. Inclusive é possível ver a inversão de valores onde os americanos que querem liberdade são tratados como terroristas pelo sistema autoritário. Para mais sobre este assunto, confiram essa matéria onde abordamos com mais detalhe essas explanações.

E com tanta opressão, Wolfenstein 2: The New Colossus nos brinda com um jogo completamente agressivo que de certa forma acaba justificando as mortes em nome da liberdade. Ao longo de sua campanha veremos uma ação frenética, seguida de uma trilha sonora maravilhosa e muitos, mas muitos tiros. Será possível não só segurar diversas armas ao mesmo tempo (um clássico que está voltando aos dias de hoje), mas será possível utilizar a maravilhosa dual wield, ou seja, a possibilidade de usar e atirar duas armas ao mesmo tempo. Em certos momentos você irá querer optar somente por uma por causa da precisão, mas em outros momentos, você vai preferir gastar todas suas balas em tempo recorde atirando para todos os lados.

Carne moída de nazista
Carne moída de nazista

Jogando no Switch

Assim como fiz no review de DOOM para Switch (confira aqui), eu vou dedicar uma parte específica a como o jogo roda no Switch.

Pontos Fortes

Uma reclamação que tive em DOOM, mas não tive em Wolfenstein 2: The New Colossus é que eu não tive problemas em utilizar os Joy-Con ao longo do jogo. Obviamente um controle Pro melhora a experiência, ainda mais por ser um jogo de tiro FPS, mas não senti a mesma necessidade que senti em DOOM em somente usar o controle Pro. Além disso, palmas para a Panic Button que conseguiu manter super estável os FPS’s do jogo travado em 30.  Em certos momentos de DOOM, o jogo ficava muito lento e era visível que o Switch estava chorando. Agora em Wolfenstein 2: The New Colossus, temos estáveis 30 FPS ao longo da jogatina sem nenhum problema.

Por fim, eu certamente o joguei tanto no modo portátil como no modo TV. Mais uma vez não vi os problemas que havia visto em DOOM. Em ambos os modos o jogo corre liso e sem problemas. Obviamente, o modo TV da uma melhora nos aspectos visuais do jogo assim como um pouco em sua performance.

Ponto BEM Fraco

Como diria o ditado “Não existe almoço grátis”. Depois de tantas melhoras e de uma performance extremamente estável, algo teve que ser sacrificado, certo? Infelizmente quem levou o maior downgrade foi o aspecto visual do jogo. Quem pode jogar no PS4/Xbox One/PC sabe que ele é lindo e tem muitas partículas e detalhes. Porém, ao jogar sua versão de Switch parecia que eu estava com mais de 5 graus em miopia. O Draw Distance que normalmente alcança muitos metros a sua frente, parecia que tinha sido reduzido a poucos centímetros. Os personagens estão bem mais simplificados. Muitas texturas foram removidas. Vale pontuar que as cutscenes pré renderizadas continuam as mesmas.

Em suma, por mais que Wolfenstein 2: The New Colossus esteja rodando de forma quase perfeita no Switch (a 30 fps e 720p), sua parte visual sofreu muito para que isso pudesse acontecer.

Indo dormir jogando Switch na cama
Indo dormir jogando Switch na cama

Conclusão

Wolfenstein 2: The New Colossus é um jogo maravilhoso que tem que ser jogado por todos os gamers. Ele traz muita ação a um mundo distópico onde os nazistas são o grande inimigo. Além de trazer discussões muito interessantes contra temas que infelizmente ainda estão em pauta, ele traz um jogo que tem uma parte técnica praticamente impecável.

A versão de Switch consegue consegue lidar muito bem com o jogo e roda impressionantemente bem, inclusive acredito que a Panic Button aprendeu muito com DOOM e entregou uma versão muito mais estável. Infelizmente, o jogo acaba sofrendo muito com o downgrade sofrido em seus gráficos e deixa a desejar na parte visual.

{{

game = [Wolfenstein 2: The New Colossus]

info = [Lançamento: 29/06/2018]

info = [Produtora: Panic Button]

info = [Distribuidora: Bethesda]

plataformas = [Nintendo Switch]

nota = [5/5]

decisão = [Obrigatório para fãs e hardcore gamers]

texto = [Uma excelente versão para o Switch]

texto = [que infelizmente sofre com os gráficos]

positivo = [Performance no Switch]

positivo = [Jogabilidade Stealth/Ação]

positivo = [Trilha sonora]

positivo = [Ritmo e evolução]

negativo = [Downgrade nos gráficos]

}}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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