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Activision Blizzard é processada por discriminação, assédio sexual e moral

A Activision Blizzard é processada pelo “Departamento de Justo Emprego e Habitação da Califórnia” (livre tradução) por mantér uma cultura de “garotos de fraternidade” em que as funcionárias são submetidas a constante assédio sexual, remuneração desigual e retaliação (assédio moral).

Fraternidade é uma espécie república de faculdade, mas, ao contrário das repúblicas no Brasil que servem essencialmente de morada, as fraternidades estadunidenses contam também com uma cultura de identidade de grupo. Isso envolve cumplicidade, comportamento comum e rivalidade em relação a outras. Fraternidades normalmente promovem festas e outros tipos de evento, também de cunho acadêmico. Contudo, é de conhecimento público que muitas focam em rivalidade, festas, contrabando, brigas etc. Em muitos casos, fraternidades desenvolvem culturas tóxicas que reproduzem diversos comportamentos problemáticos e, muitas vezes, criminosos. Historicamente, muitos casos de assédio sexual, discriminação e bullying etc. em faculdades dos EUA partiram de membros de fraternidades.

Entenda o caso

Uma investigação de dois anos feita pela agência estadual em questão concluiu que a empresa discriminava as funcionárias em termos e condições de emprego. A questão contempla remuneração, designação, promoção e demissão. De acordo com a agência, a liderança da empresa falhou sistematicamente em tomar medidas para prevenir a discriminação, assédio e retaliação.

De acordo com o processo, apresentado na terça-feira no Tribunal Superior de Los Angeles, as funcionárias representam cerca de 20% da força de trabalho da Activision e estão sujeitas a uma “cultura generalizada de trabalho de rapazes de fraternidade”.

Alguns exemplos de assédio na Blizzard

Um exemplo da reprodução de fraternidade na Blizzard é a “maratona dos cubos”, em que funcionários do sexo masculino “bebem grandes quantidades de álcool enquanto passeiam pelas estações de trabalho no escritório e frequentemente se comportam de forma inadequada em relação às funcionárias”.

A agência alega que funcionários do sexo masculino jogam videogame durante a jornada de trabalho enquanto delegam responsabilidades às funcionárias. Além disso, eles também fazem brincadeiras sexuais e brincam abertamente sobre estupro, entre outras denúncias.

As funcionárias alegam que não participaram de promoções por questões de gênero como a possibilidade de engravidar. Também afirmam que foram criticadas por terem buscado filhos na creche e foram expulsas da sala de lactação para que colegas de trabalho do sexo masculino pudessem usar a sala para reuniões.

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As funcionárias que trabalhavam para a equipe de World of Warcraft afirmaram que os funcionários e supervisores do sexo masculino ficavam em cima. Entre outras, alegam que faziam comentários depreciativos sobre estupro e se envolviam em comportamentos degradantes.

O processo também aponta para uma funcionária da Activision que tirou a própria vida durante uma viagem da empresa com seu supervisor. A funcionária havia sido submetida a intenso assédio sexual período antes de sua morte, incluindo fotos pessoais nuas distribuídas em uma festa de feriado da empresa, diz a denúncia.

Acusação x Defesa

A agência busca uma liminar forçando o cumprimento das proteções do local de trabalho, bem como salários não pagos. Isso inclui ajustes salariais, salários atrasados, salários perdidos e benefícios para funcionárias.

“Valorizamos a diversidade e nos esforçamos para promover um local de trabalho que oferece inclusão para todos. Não há lugar em nossa empresa ou setor, ou em qualquer setor, para má conduta sexual ou assédio de qualquer tipo”, disse um porta-voz da Activision Blizzard em um comunicado. “Levamos todas as alegações a sério e investigamos todas as reclamações. Em casos relacionados a má conduta, foram tomadas medidas para resolver o problema. ”

[A agência] “inclui descrições distorcidas e, em muitos casos, falsas do passado da Blizzard. Temos sido extremamente cooperativos com o DFEH ao longo de sua investigação, incluindo o fornecimento de dados extensos e ampla documentação, mas eles se recusaram a nos informar quais problemas perceberam”, continuou o comunicado.

“O quadro que a agência pinta não é o local de trabalho da Blizzard de hoje”, disse a empresa.

Fonte: Bloomberg

Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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