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Análise: Blackwind carrega boas ideias, mas se perde na repetitividade

Robôs gigantes poderia dariam dar errado? Vamos descobrir.

Nossa análise será sobre Blackwind, o jogo de sci-fi de ação com mechas repletos de armamento para detonar seus inimigos. Desenvolvido pela Drakkar Dev e distribuído pela Blowfish Studios junto da Gamera Game, o jogo promete trazer boa história e jogabilidade viciante para os amantes de robôs gigantes. Quer descobrir mais sobre esse game inusitado? Continue lendo a nossa análise.

Essa análise foi feita graças a um código de Playstation 5 cedido pela distribuidora. Blackwind está disponível para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series, PC e Nintendo Switch.

Perdido num ambiente hostil tendo como única salvação uma arma militar

Blackwind começa contando a história de James Hawkins que se encontrava na espaçonave Pandora. O adolescente estava junto de seu pai, porém, eles são atacados pelo temível exército de Raknos que faz com que a nave caia num planeta extremamente hostil e repleto desses inimigos. A única salvação para o garoto é o protótipo de um mecha militar conhecido por Battle Flame. Sem outras opções, ele terá que se tornar o melhor dos pilotos e sobreviver nessa situação desesperada, enquanto busca o seu pai desaparecido.

A história lembra muito de animes clássicos de mecha como Gundam, não trazendo tanta novidade para quem já tem costume com histórias desse estilo. Contudo, os personagens tem seu carisma, principalmente James. A maior interferência em aproveitar a narrativa está estreitamente ligada ao fato do jogo ter um desenvolvimento bastante espaçado.

Blackwind

Jogabilidade dinâmica, porém se perde na repetitividade

Blackwind é um jogo de ação em que a câmera pega o cenário por cima, dessa forma podemos conferir tudo que está à nossa volta e se posicionar de modo que consigamos desviar dos tiros e ter uma melhor estratégia contra os inimigos. A jogabilidade é bem pensada, onde temos a opção de utilizar dash, salto, tiros, ataques a curta distância e torrencial de mísseis para eliminar inimigos mais complicados. Utilizar essas armas de forma inteligente é a chave para derrotar os vários inimigos que estarão no seu caminho.

Além disso, o game conta um drone de combate que você controla individualmente para poder combater inimigos mais rápidos e também fazer uma limpa sorrateira nos cenários antes de utilizar o seu Battle Flame. Inclusive, essa mecânica é o que traz maior dinamismo ao jogo. O drone não é apenas uma arma utilizável do jogador, mas também abre a possibilidade de fazer co-op local, onde o player 2 estará unicamente controlando o drone e ajudando o player 1 no combate em tempo real. Infelizmente Blackwind não apresenta multiplayer online.

A jogabilidade acaba sendo ofuscada com os cenários demasiadamente longos entre um evento da história e outro. Sem contar que os inimigos são extremamente repetitivos, demorando para que tragam um desafio novo e tornando o desenrolar da campanha algo cansativo por passar uma impressão de “estou fazendo a mesma coisa por horas”.

Falando em ser repetitivo, o jogo conta apenas com a opção de auto-save, fazendo com que você não tenha um controle ou segurança real do seu progresso. E, infelizmente, o auto-save ainda não é dos melhores, fazendo com que você tenha que refazer uma parte considerável do que já tinha feito antes de desligar o jogo na jogatina anterior.

Upgrades e puzzles

Temos um mini mapa para nos guiar na maior parte do jogo, entretanto, em algumas áreas esse guia simplesmente desaparece fazendo com que a nossa noção de direção não seja das melhores. Há uma justificativa, onde o mapa só estará presente em cenários mais fechados como bases subterrâneas e afins, todavia isso não se torna funcional quando no solo não temos uma navegação real apesar do caminho ser consideravelmente linear.

Falando em cenário e mapa, temos câmaras que proporcionam upgrades para o Battle Flame. Eles são comprados com o “dinheiro” dropado pelos inimigos abatidos. Normalmente são baseados em ampliar dano, número de disparos, vida, resistência e etc. É algo bem útil, pois deixará o jogo equilibrado para quando os inimigos mais fortes aparecem.

Também há puzzles no decorrer da campanha, fazendo com que o game não seja totalmente baseado apenas na destruição dos inimigos. Normalmente são desafios com tempo ou ter que encontrar algum item para abrir passagens.

Gráficos e áudio

Falando nos gráficos, temos um jogo com construção muito bem feita. Principalmente se levarmos em conta que ele não foi desenvolvido por um estúdio grande. Inclusive, os cenários são bonitos apesar de que suas áreas de um mesmo bioma são bastante similares entre si. Falando nisso, os efeitos especiais também estão de parabéns, deixando os combates além de dinâmico algo visualmente bonito.

Por outro lado, a trilha sonora do jogo não consegue se destacar e obviamente traz nada memorável. Ela existe, está lá e, infelizmente, não fará diferença alguma. Felizmente a dublagem é competente e ajuda a trazer mais empatia aos personagens, principalmente ao protagonista.

Conclusão da análise de Blackwind

Para finalizarmos, eu queria dizer que como um amante de mechas acabei tendo sensações mistas com esse jogo. Uma parte de mim tentou passar pano para alguns aspectos, enquanto outra parte estava fortemente criticando e até mesmo sentindo um pouco de desânimo com o jogo. Ele não é um jogo ruim, porém, está longe de ser um suprassumo do gênero. Os defeitos citados no decorrer dessa análise fazem com que as qualidades de Blackwind fiquem ofuscadas, o que é uma verdadeira infelicidade. A decisão final se vai embarcar nessa aventura especial está em suas mãos.

Essa análise de Blackwind segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Blackwind é um jogo que tinha muito potencial, mas que não souberam aproveitar

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 7
Diversão - 5
Áudio e trilha-sonora - 6
Narrativa - 7

6.6

Mediano

Apesar de ter boas ideias e uma construção bem trabalhada, Blackwind se perde numa mesmice logo nos primeiros minutos de gameplay fazendo com que o jogador vivencie pontos altos e tediosamente baixos em sua aventura. A escolha entre jogar ou não, é totalmente sua.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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