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Preview: Winter Ember será um novo Thief isométrico?

Uma proposta com potencial, mas que precisa de polimento.

Desenvolvido pela Skymachine Studios e distribuido pela Blowfish Studios e Gamera Game, chega no 2º trimestre de 2022 Winter Ember, um indie game de ação furtiva com câmera isométrica. Tivemos a oportunidade de jogar sua demonstração e vamos mostrar aqui o que achamos em nosso preview de Winter Ember.

A demo do game está disponível gratuitamente para PC via Steam e será lançado para Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S. Ele possui legendas e interface em PT-BR.

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Arthur possui um passado triste e intrigante

Em Winter Ember jogamos com Arthur Artorias, um garoto esnobe descendente de uma família nobre. Em uma visita ao seu pai, Arthur chega à mansão acompanhado de duas mulheres e é bem recebido pelo seu educado mordomo Maynard. Não é explicado, inicialmente, o porquê, mas o relacionamento de Arthur com sua família é complicado, isso fica nítido logo nos diálogos iniciais.

Após uma conversa estranha com seu pai, Arthur se retira para seus aposentos com suas duas acompanhantes. Enquanto deitados, uma delas, chamada Vesna, se despede, sai do quarto e acaba presenciando um grupo de invasores assassinando o mordomo. Ela se esconde enquanto os invasores vasculham a mansão, matando todos até chegar em nossos aposentos, assassinam nossa outra acompanhante e tentam nos matar. Porém, Arthur sobrevive e acaba sendo salvo por Vesna.

Anos depois, graças aos cuidados de Vesna, Arthur se recupera, agora trazendo o peso dos acontecimentos na própria pele, ele utilizou esses anos para aprender e desenvolver novas habilidades e criar coragem para voltar e encarar seu passado.

Com essa premissa interessante, começamos o game com Arthur chegando de barco em sua cidade natal, armado de um arco, uma adaga e vestido de capuz e capa no melhor estilo de um ladrão.

Um visual agradável com animações… nem tanto

A começar falando de sua introdução, temos em Winter Ember um vídeo introdutório em formato anime muito bem-feito para um game Indie. A animação e caracterização dos personagens é bem interessante e alguns detalhes chamam atenção, como o brilho nos olhos dos personagens e o efeito da luz em seus rostos.

Já seus gráficos, eles são simples, agradáveis e se preocupam com alguns detalhes interessantes. Como exemplo, a respiração do personagem que solta fumaça em ambientes muito frios, a visibilidade dele que é limitada não apenas ao seu personagem mas também a sua visibilidade e aos obstáculos do mapa. Ou seja, embora você consiga ver que existem obstáculos atrás de uma parede ou caixa, essa região fica num tom mais apagado, apenas sendo realmente revelado seu conteúdo ao olharmos por cima deles ou dermos a volta.

A ambientação também está bem agradável, trazendo um clima muito bom de uma cidade medieval com pontos de escuridão que um ladrão precisa. Esses detalhes me agradaram bastante.

Porém, nem tudo são flores. O game conta com animações, no momento desse preview, muito duras ou apagadas. Algumas chegam a ser falhas, como quando sacamos a espada e ela flutua até nossa mão, numa movimentação quase psíquica. Felizmente, esses detalhes são mais estéticos e, por ser tratar de um game em desenvolvimento, tem grandes chances de serem solucionados em sua versão final.

Jogando Thief com câmera isométrica – Preview de Winter Ember

Como mencionado no título desse preview, a sensação que tive era de estar jogando um Thief com visão isométrica – e isso foi muito bom. O game possui quase todas as características da referencia, possuindo um combate mais difícil e focando no silêncio e no assassinato. Andar pelas sombras pode ser um desafio, pois existem lanternas e soldados de plantão por todos os cantos, então utilizar de equipamentos e artimanhas será muito necessário. Para isso temos nosso querido arco, capaz de atrais os soldados, ferí-los a distancia, criar caminhos utilizando cordas e até mesmo apagar tochas e lanternas a distância.

Além disso, uma característica muito interessante do game é seu esquema de ferimentos. Em Winter Ember, ao atingirmos um nível de ferimento, nosso boneco fica ferido, visualmente e começamos a sangrar. Esse sangramento não chega a ser fatal, mas gera um dificuldade – ou até mesmo uma ajuda – muito interessante. Nesse estado, geramos um rastro de sangue no chão que pode – e será – utilizado pelos guardas para nos localizar, porém também podemos usar isso como uma isca, atraindo elas para uma cilada e pegando-os por trás.

O combate do game é simples, mas pode ser bem difícil, principalmente contra mais de um inimigo. Podemos realizar ataques, ataques carregados, defender, aparar ataques e rolar. Embora não seja o foco do game – lembrando que a temática é furtividade – o combate ainda está muito duro e esquisito, o efeito dos ataques quase não possuem impacto e as animações precisam de uma polida, mas ele não deixa de entregar uma certa diversão.

Nosso personagem também possui habilidades de craft, podendo criar flechas especiais com os materiais encontrados pelo mapa e uma arvore de habilidade que se dividem entre combate, furtividade e utilidade. Elas auxiliam o jogador a trilhar seu estilo de jogo, quer queira se manter mais furtivo, quer queira ser mais combatente.

Porque não se deve ficar falando ao fazer uma patrulha

Winter Ember possui uma trilha sonora peculiar. Digo isso porque ela flerta com a temática de um game de furtividade e o melancólico. Não sei se isso foi intencional, mas admito que eu, particularmente, gostei. Inevitavelmente, ela não me deixou esquecer do passado do personagem, o peso e o motivo de sua missão. Outro ponto interessante está em sua dublagem, todos os personagens são dublados e até os comentários dos guardas estão presentes. Fazendo comentários aleatórios como “eu poderia tomar uma bebida” ou “está frio aqui fora”, eles acabam se autosabotando ao nos ajudar a determinar sua localização antes de encontrá-los.

Conclusão do preview de Winter Ember

Fazer esse Preview de Winter Ember foi, de um modo geral, bem agradável. O game possui uma proposta bem interessante e divertida que nos remete ao clássico, mas com algumas novidades. Com uma história interessante, nós ficamos curiosos com o que o futuro do protagonista espera. Seu visual bonito e simples está agrada, porém suas animações precisam de uma atenção para entregar algo mais fluido. Embora sua jogabilidade não entregue nenhuma novidade, sendo bem parecida com Thief, encarar isso com um ângulo de câmera diferente foi algo que me prendeu ao jogo. Esses pontos somados a uma boa dublagem e trilha sonora, me faz arriscar a dizer que o game pode entregar algo bem interessante em seu lançamento final.

Guilherme Segal

Apaixonado por games desde o Atari. Curte tanto PC que possui quase 800 jogos na Steam. Mas ainda acha que os games de hoje em dia não possuem o mesmo charme dos antigos, motivo pelo qual ainda joga Heroes of Might and Magic 2 até hoje.

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