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Análise: Dicefolk

Vamos ser um mestre de quimeras!

Já virou um costume o lançamento de jogos roguelite e roguelike que utilizam a mecânica de deck builders, mas se eu te contar que agora existe um jogo roguelite baseado em rolagem de dados? Nossa análise será sobre Dicefolk.

Aqui temos um game que mistura estratégias de RPG de mesa, coleção de monstros, batalhas por turno e, claro, mecânicas de roguelite para deixar tudo ainda mais desafiador. Porém, será que essas misturas deram um bom resultado? Continue lendo para descobrir.

Essa análise de Dicefolk foi feita graças a um código de PC via Steam cedido pela distribuidora. O game se encontra com legendas em pt-br.

Desbrave uma aventura junto de inúmeras quimeras

Dicefolk possui um background narrativo bastante interessante. Nele, temos eventos que ocorreram há vários anos atrás, onde quimeras surgiram e quase dizimaram a raça humana, porém, alguns humanos tomaram a frente do combate e conseguiram dominar algumas dessas criaturas para confrontar outras de sua espécie e, consequentemente, defender a humanidade.

Você encarnará uma garota que está viajando numa jornada para se tornar uma mestre em domar quimeras. Porém, essa aventura a levará para diferentes cenários, enquanto coloca vários inimigos em seu caminho, mas ao mesmo tempo será possível conquistar inúmeros bichinhos para serem seus aliados.

Análise Dicefolk

Você está num jogo de tabuleiro

A aventura é mostrada por meio de um tabuleiro onde você define para qual casa andará. Há ícones em cada localização indicando o que te espera como um confronto contra inimigos normais, os mais poderosos, chefão daquele tabuleiro, loja, viajante misterioso e etc.

Logo de começo, você terá três quimeras básicas ao seu dispor, mas essas poderão ser substituídas por novas à medida que você se movimenta pelo tabuleiro e se posiciona em casas que permitam a invocação de uma nova quimera.

Toda vez que você consegue um monstrinho inédito, terá que abrir mão de algum atual. Perdendo não apenas ele, mas também todo o equipamento que este carregava. Sendo assim, o jogo te coloca em decisões difíceis onde uma quimera nova pode não ser tão boa quanto aquelas que você já possui em sua equipe.

Falando em equipamentos, essa é uma das únicas formas de fortalecer os seus monstrinhos. Pois diferente de outros jogos, aqui não temos nível. Os equipamentos ditam aumento nos status, dano e também efeitos adicionais que podem combar com a habilidade de alguma das suas quimeras.

Você tem total controle do jogo

O ponto mais forte do jogo é, sem dúvidas, o seu sistema de combate que é completamente baseado em rolagem de dados. O mais intrigante é o simples fato de que você tem controle até mesmo sobre as ações do seu oponente.

No combate, a batalha ocorre ao mesmo tempo entre as suas três quimeras contra até três quimeras inimigas. Aquela que estiver no meio é considerada líder e será a única que executará ações durante o turno, apesar das outras serem capazes de dar suporte desde que sua habilidade ou equipamento permita.

Quando a batalha começa, você rola seis dados. Três são seus e três são do seu oponente. Dito isso, será você que vai selecionar a ordem das ações que podem ser executadas naquele turno. Entre as ações temos opções como ataques, defesas e até mesmo mudar o líder do time.

Com isso, você poderá ver a melhor forma de cumprir todas as ações do turno que saíram na rolagem. Por exemplo… Acionar um dado de defesa antes de acionar um ataque do inimigo ou rotacionar o líder inimigo para que o atacante seja uma quimera mais fraca.

Apesar de você ter notavelmente uma vantagem, é necessário levar em conta todos os efeitos que serão ativados por meio das quimeras ou equipamentos, pois os inimigos estão muito bem preparados. Principalmente quando a batalha for contra um chefão, pois ele terá um dado fixo que sempre será executado por este inimigo mais poderoso independente do líder atual da equipe dele.

Análise Dicefolk

Um roguelite que toma boa parte do seu tempo

Cada cenário é composto por três tabuleiros, sendo assim você tem como objetivo primário passar pelos três tabuleiros sem morrer para que possa chegar no próximo cenário de sua aventura. Caso seja derrotado, você retornará do começo com as quimeras padrões.

Apesar disso, no momento da sua derrota o jogo vai calcular todas as suas façanhas e, logo depois, desbloqueará quimeras mais poderosas para que você possa recrutar durante a nova run da sua jornada.

Gráficos e áudio

Não tenho muito o que me aprofundar em relação aos gráficos do jogo, uma vez que o próprio possui um estilo bastante simplório e simpático, onde as quimeras tomam maior destaque em desenho 2D do qual ficam se movimentando em combate, enquanto aguardam os comandos e depois executam eles por meio de uma animação.

O áudio do jogo também segue uma linha bastante simples, trazendo uma trilha sonora agradável que consegue combinar muito bem com o que estamos vendo em tela. Ela cumpre sua função sem merecer grande destaque.

Conclusão da análise de Dicefolk

Chegando ao fim desta análise de Dicefolk, aqui temos um jogo bastante simpático e que é capaz de agradar os fãs de desafios. Eles não se mostra ambicioso e esse aspecto traz o maior charme do game que entrega uma história agradável juntamente de combates muito bem estruturados que podem se mostrar consideravelmente complexos de acordo com os equipamentos que você utilize em suas quimeras. É um jogo que possui inúmeras inspirações e conseguiu brilhantemente casar todas elas.

Dicefolk merece ser jogado principalmente pelos amantes de jogos de tabuleiro e RPG de mesa.

Análise Dicefolk

Essa análise de Dicefolk segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Análise - Dicefolk

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 9
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 7
Narrativa - 7

8

Ótimo

Dicefolk é um jogo que simplesmente promete pouco e entrega muito. Não buscou ser ambicioso, mas trouxe um sistema de combate que possa ser bastante complexo e combina isso com inimigos desafiadores.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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