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Análise: Two Point Museum – Nintendo Switch 2

O retorno da gestão de museus chega ao Nintendo Switch 2

Nesta análise, vamos falar de Two Point Museum, agora em sua versão dedicada ao Nintendo Switch 2. O jogo, que originalmente chegou em fevereiro de 2025, ganhou uma série de expansões e melhorias desde o seu lançamento, e esta nova edição promete oferecer uma experiência otimizada para o novo console híbrido da Nintendo.

Além de avaliarmos o desempenho técnico e as novidades trazidas por essa versão, também vamos explorar como o jogo se adapta ao uso do controle, já que até então só havíamos testados Two Point Museum com foco em teclado e mouse no PC. A ideia é entender até que ponto o port mantém a essência da gestão e do humor característico da franquia Two Point, agora em um formato portátil.

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O que é Two Point Museum

Como sempre fazemos nas nossas análises, não vamos nos aprofundar aqui em cada mecânica de Two Point Museum, até porque já temos uma análise completa do jogo base e também da sua primeira expansão, Conheça a Fantasia, publicadas aqui no site. Ambas as experiências e conteúdos estão totalmente presentes nesta nova versão para o Nintendo Switch 2, então o foco agora será entender o comportamento do jogo nesse novo hardware.

Para quem ainda não conhece, Two Point Museum é o terceiro título da franquia de gestão da Two Point Studios, mesma desenvolvedora de Two Point Hospital e Two Point Campus. Como o nome sugere, a proposta aqui é administrar e expandir seus próprios museus, passando por diferentes temas e desafios em cada mapa.

Você começa com um museu de pré-história, onde precisa lidar com fósseis e exposições antigas, e depois avança para novas áreas, como botânica, museus subaquáticos e até um museu paranormal, repleto de objetos amaldiçoados e fenômenos sobrenaturais. Cada ambiente tem suas regras e sistemas únicos. No caso do museu fantasmagórico, por exemplo, é preciso treinar funcionários para lidar com entidades espirituais, enquanto nos ambientes aquáticos o foco está no controle do pH e da temperatura da água.

Além da montagem das exposições, o jogo exige gestão completa da operação: contratar e treinar funcionários, manter a segurança, cuidar da bilheteria, recolher doações, atender visitantes e até impedir pequenos furtos. Tudo isso dentro de um ritmo descontraído e com muito humor, o que é a marca registrada da série.

A trilha sonora mantém o tom leve e agradável, acompanhada por uma narradora carismática que mistura piadas com dicas úteis sobre a administração do museu. O estilo visual segue o mesmo padrão da franquia: personagens caricatos, cores vibrantes e cenários cheios de detalhes, o que torna a experiência acessível e divertida para quem gosta desse tipo de jogo de simulação e gestão.

Jogando Two Point Museum no console

Jogar Two Point Museum na TV é, antes de tudo, uma experiência bastante agradável. Poder sentar no sofá e gerenciar o museu com calma traz um conforto que combina muito bem com o ritmo do jogo. E, para minha surpresa, a adaptação do controle foi muito bem executada, especialmente considerando que esse tipo de simulador de gestão costuma nascer no PC, com foco no uso de teclado e mouse.

Os comandos se adaptam de forma natural ao controle: os dois analógicos são responsáveis pelo movimento da câmera, enquanto os gatilhos aproximam e afastam o zoom, algo essencial para visualizar melhor os espaços e visitantes. Já os botões principais (A/B ou X/Círculo) cumprem funções de seleção, movimentação de itens e interação com objetos ou funcionários, o que torna o fluxo de navegação fluido e intuitivo.

Além disso, o jogo oferece atalhos práticos (hotkeys) que facilitam bastante a gestão. É possível, por exemplo, pausar o tempo, acelerar ou diminuir a velocidade do jogo rapidamente, além de acessar menus importantes como o de funcionários, finanças e satisfação do público. Esses atalhos também permitem alternar entre diferentes modos de visualização como felicidade dos visitantes, demanda de serviços, ou até o desempenho das exposições, com poucos cliques.

O resultado é uma experiência de controle consistente e acessível, que não exige grandes adaptações de quem está acostumado com o estilo no PC. Mesmo comparando com outros simuladores que migraram bem para os consoles, como F1 Manager, Two Point Museum se destaca pela sua praticidade.

Experiência no Nintendo Switch 2

A chegada de Two Point Museum ao Nintendo Switch 2 deveria ser um dos momentos mais interessantes para quem gosta de jogos de simulação e gestão. No entanto, a experiência no novo console híbrido da Nintendo deixa a desejar em diversos aspectos, principalmente quando se leva em conta o histórico positivo de outros portes recentes.

Nos últimos meses, o Switch 2 recebeu versões surpreendentemente boas de jogos grandes e exigentes, como Cyberpunk 2077, Cronos: The New Dawn, Hogwarts Legacy e até Star Wars Outlaws. Todos esses títulos, mesmo com limitações naturais de hardware, conseguiram entregar uma performance sólida a 30 FPS, com uso inteligente de tecnologias como DLSS e até Ray Tracing. Já Two Point Museum, infelizmente, não segue o mesmo caminho.

Logo ao iniciar o jogo, os problemas aparecem. A versão testada incluía expansões da SEGA (uma com temática de Sonic e outra adicional), mas ao tentar acessá-las, o jogo apresentava mensagens de erro pedindo atualização ou reinstalação, mesmo com tudo corretamente instalado. O único jeito de seguir era “burlando” a tela de aviso, o que impediu o acesso a essas DLCs. Não está claro se o erro vem de uma versão ainda não finalizada ou de algum problema de compatibilidade, mas o resultado é o mesmo: a experiência começa com frustração.

Além disso, o tempo de carregamento é excessivo. Foram mais de 30 segundos para iniciar uma nova partida, e embora a transição entre menus e o carregamento após o jogo já estar aberto sejam mais rápidos, a primeira impressão é lenta e pouco fluida.

Outro ponto negativo é a ausência completa de recursos de controle por movimento ou toque. É curioso, e decepcionante, que um jogo originalmente feito para PC, onde o mouse é essencial, não tenha suporte para o controle de mouse dos Joy-Con como substituto do cursor, algo presente em títulos muito mais pesados. O mesmo vale para o touchscreen, que não é utilizado de forma alguma. Não poder tocar na tela para arrastar a câmera, selecionar objetos ou aplicar o gesto de pinça para zoom torna a jogabilidade mais engessada, especialmente no modo portátil.

Visualmente, o port também faz concessões. As texturas demoram para carregar, alguns objetos aparecem borrados por alguns segundos e há uma queda visível na qualidade das animações e nos detalhes de cenário e personagens. É compreensível que ajustes gráficos sejam necessários para o jogo rodar bem no Switch 2, mas o impacto visual é perceptível. A presença constante de serrilhados reforça essa impressão, possivelmente resultado do uso de DLSS para escalar a imagem para resoluções maiores. No modo portátil, essa limitação é menos perceptível, já que a tela menor disfarça boa parte dessas falhas.

Mas o maior problema está no desempenho. Two Point Museum roda a 30 FPS, mas a taxa de quadros não é estável. O jogo apresenta stutters e engasgos constantes, especialmente ao movimentar a câmera. Isso é algo que temos que fazer o tempo todo, aproximando, afastando e girando o ângulo para gerenciar o museu. Esse comportamento quebra a fluidez e causa uma sensação de travamento intermitente, algo que não acontece em outros ports da plataforma, como Hogwarts Legacy e Star Wars Outlaws, que mantêm os 30 FPS de forma estável e consistente.

No fim, a experiência no Nintendo Switch 2 é funcional, mas abaixo do esperado. A SEGA precisa trabalhar em atualizações que melhorem o desempenho, reduzam o stutter e, idealmente, tragam suporte a touch e controle de mouse. Por enquanto, é um port que fica aquém do potencial do novo console da Nintendo.

Two Point Museum no Nintendo Switch 2 vale a pena?

É inegável que Two Point Museum é um bom jogo. A série continua divertida, com aquele humor característico e visual cartunesco que já são marcas registradas da franquia. Gerenciar seu museu, ver o público reagindo às exposições e cuidar de cada detalhe ainda é uma experiência cativante e, nesse ponto, o jogo cumpre bem o que se propõe.

Porém, no Nintendo Switch 2, o resultado é decepcionante. Mesmo sendo um título leve e com gráficos estilizados, essa versão sofre com uma performance inconsistente, carregamentos demorados e ausência de recursos básicos como suporte a toque e controle por mouse. O curioso é que a própria SEGA tem entregado portes excelentes no console, como Yakuza 0: Director’s Edition e Sonic x Shadow Generations, ambos muito bem otimizados.

Por isso, fica difícil entender como um jogo com uma proposta visualmente mais simples consegue ter o pior desempenho entre os títulos testados até agora no Switch 2. Não é o pior jogo do console, longe disso, mas, dos que testamos, certamente é o que mais precisa de polimento técnico.

Se você tem apenas o Nintendo Switch 2 e quer algo para jogar de forma portátil, Two Point Museum é jogável e ainda pode divertir. Mas no estado atual, a recomendação é esperar um patch de otimização que corrija o stutter e melhore a fluidez geral. O potencial está ali, o jogo é bom, mas essa versão precisa de atenção para realmente brilhar no novo console da Nintendo.

Essa análise de Two Point Museum segue nossas diretrizes internas. Confira aqui nosso processo de avaliação.

Apesar do bom jogo, o port sofre com problemas

Visual, ambientação e gráficos - 7.5
Jogabilidade - 6.5
Diversão - 6.5
Áudio e trilha-sonora - 7.5
Polimento e otimização - 6

6.8

Razoável

Two Point Museum é um jogo divertido e inteligente, fiel ao estilo da franquia. No entanto, sua estreia no Nintendo Switch 2 deixa a desejar em performance e otimização. Para quem busca uma boa experiência de gerenciamento, ainda é melhor jogar no PC ou em consoles mais potentes. No Switch 2, vale esperar um patch que realmente faça jus à qualidade da série.

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Leonardo

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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