Hogwarts Legacy é um dos títulos de destaque no lançamento do Nintendo Switch 2, chegando com a promessa de oferecer um salto significativo em relação à versão anterior lançada para o primeiro Switch.
Desenvolvido pela Avalanche Software e publicado pela Warner Bros. Games, o título já foi amplamente testado nas plataformas da geração atual, mas agora ganha uma nova edição que busca equilibrar fidelidade visual e performance dentro do ecossistema híbrido da Nintendo. Nesta análise, vamos avaliar de forma objetiva como Hogwarts Legacy se comporta no Switch 2 e quais melhorias ele entrega frente às versões anteriores.
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Um resumo da experiência de Hogwarts Legacy
Hogwarts Legacy já é um título conhecido pelo público desde o seu lançamento original, quando chamou atenção pela ambientação detalhada e pela liberdade oferecida dentro do universo mágico criado por J.K. Rowling. A trama se passa muitos anos antes dos eventos da saga Harry Potter e coloca o jogador na pele de um estudante do quinto ano de Hogwarts, envolvido em um mistério que vai além das aulas e da rotina escolar.
Na época do lançamento, Hogwarts Legacy foi amplamente elogiado pela sua fidelidade visual, riqueza de conteúdo e ambientação envolvente, como já destacamos em nossa análise completa publicada anteriormente aqui no site.
No entanto, a adaptação para o Nintendo Switch original foi bastante limitada. Para que o jogo pudesse rodar no hardware do modelo anterior, foi necessário aplicar uma série de downgrades significativos. O resultado foi uma experiência muito inferior àquela disponível em outras plataformas, com gráficos bastante comprometidos, performance irregular e uma qualidade geral que levantou questionamentos sobre os limites de adaptações para plataformas mais modestas.
Agora, com a chegada do Nintendo Switch 2, a expectativa era que esses problemas fossem resolvidos. E, de fato, o que temos é uma versão que entrega um resultado muito mais satisfatório. Hogwarts Legacy agora se posiciona visualmente em um patamar entre o PlayStation 4 e o Xbox Series S, trazendo uma experiência finalmente consistente para os jogadores da nova plataforma da Nintendo.
Hogwarts Legacy no Nintendo Switch 2
A chegada de Hogwarts Legacy ao Nintendo Switch 2 trouxe uma oportunidade de testar o título em diferentes modos de uso do console híbrido — doccado, portátil e com suporte ao modo “mouse” via Joy-Con. A experiência varia bastante entre cada formato, com melhorias evidentes em relação à versão anterior, mas também com ressalvas técnicas importantes.
Modo TV (dockado)
No modo dockado, Hogwarts Legacy roda com resolução alvo de 1440p, entregando gráficos visivelmente superiores ao visto na versão do Switch original. Em termos de fidelidade visual, o jogo se aproxima de algo entre o PlayStation 4 e o Xbox Series S, com texturas mais definidas, iluminação aprimorada e ambientes bem detalhados.
O maior destaque vai para a fluidez da performance. Durante a jogatina, não foram notadas quedas significativas de frame rate. O jogo está rodando a 30 quadros por segundo, de forma estável e sem engasgos o que traz uma excelente consistência. Isso garante uma navegação suave tanto nas áreas abertas quanto nos combates e interações dentro de Hogwarts.
Entretanto, a parte visual apresenta problemas quando a reconstrução de imagem via DLSS customizado entra em ação. Personagens, cabelos, sombras e detalhes faciais em cenas mais estáticas ou movimentadas sofrem com artefatos visuais e baixa qualidade de reconstrução, o que prejudica a imersão. Esse padrão de inconsistência lembra o que já havia sido observado em outros jogos na plataforma, como Fast Fusion, apontando para possíveis limitações na forma como o DLSS está sendo implementado.
Apesar disso, o carregamento de áreas é extremamente rápido (com transições de 2 a 3 segundos em momentos pontuais) e a performance geral é sólida, sem prejudicar a experiência em momentos mais exigentes, como batalhas ou sequências narrativas.
Modo portátil
No modo portátil, a resolução alvo cai para 1080p (Full HD), e isso já ajuda a suavizar parte dos problemas visuais enfrentados no modo docado. Os defeitos de reconstrução de imagem ficam menos evidentes na tela menor, o que melhora consideravelmente a apresentação visual, especialmente durante diálogos e momentos mais calmos. Itens como cabelo e sombras deixam de ser incômodos, e Hogwarts Legacy se mostra mais coeso.
O desempenho continua estável, sem travamentos ou interrupções perceptíveis. Ainda assim, em cenários mais densos ou com muitos elementos em movimento, é possível notar ghosting ao redor de personagens e objetos, o que impacta negativamente a qualidade da imagem em certos momentos.
Apesar de mais suave visualmente e confortável para se jogar, o modo portátil ainda sofre com os efeitos colaterais do DLSS, embora de forma menos agressiva do que no modo TV.
Modo “mouse” com Joy-Con
Um diferencial interessante no Switch 2 é a possibilidade de usar os Joy-Cons como uma espécie de mouse em determinadas interações. Ao ativar esse modo e ajustar a sensibilidade (que, por padrão, é bastante baixa) é possível obter uma experiência surpreendentemente responsiva. A câmera responde bem, e o controle mais preciso pode ser útil para interações específicas, como investigar áreas ou capturar objetos.
Porém, a ergonomia dos Joy-Cons limita bastante o uso contínuo. Botões como o X e o botão + são de difícil acesso nesse modo, e a posição geral do controle não favorece um uso confortável. Apesar de funcional, o recurso é mais uma curiosidade do que um modo de controle recomendado para longas sessões.
Um estranho som metálico
Um ponto importante a ser mencionado é um bug sonoro recorrente detectado durante os testes. Após certo tempo de jogo, a voz do protagonista passa a soar de forma distorcida, com um tom robótico que quebra a imersão nas cenas. Trata-se, ao que tudo indica, de uma falha pontual e isolada, mas que precisa ser corrigida via atualização.
Conclusão
A diferença entre as versões de Hogwarts Legacy no Nintendo Switch original e no Switch 2 é simplesmente abismal. A evolução é tão significativa que levanta novamente o debate sobre os limites técnicos aceitáveis para portar um jogo a plataformas menos potentes. No caso do primeiro Switch, talvez o lançamento sequer devesse ter ocorrido, dado o número de concessões visuais e técnicas que comprometiam a experiência.
Já no Nintendo Switch 2, temos um jogo com performance sólida, visual mais refinado e, principalmente, com frame rate estável, que garante uma jogabilidade fluida do início ao fim. Embora a qualidade gráfica ainda sofra com falhas na reconstrução de imagem via DLSS, o conjunto geral é mais do que satisfatório, e em diversos momentos, impressiona.
É possível que futuras atualizações melhorem a nitidez e corrijam os bugs pontuais, como o problema sonoro na voz do protagonista. Mas mesmo no estado atual, a versão do Switch 2 entrega uma experiência digna, otimizada e que respeita o jogo original.
Diferente de outros relançamentos recentes, como Sonic x Shadow Generations, aqui não faria sentido exigir um upgrade gratuito ou então um pacote de atualização. O trabalho de adaptação para o novo console da Nintendo foi claramente profundo, exigindo reformulação de diversos aspectos técnicos. O resultado é, essencialmente, um novo port feito sob medida para o Switch 2. De certa forma, temos aqui uma nova versão de Hogwarts Legacy.
Para quem deseja revisitar Hogwarts em qualquer lugar e com qualidade técnica respeitável, esta é uma versão que vale a pena ser jogada.
Essa análise de Hogwarts Legacy segue nossas diretrizes internas. Confira aqui nosso processo de avaliação.
Uma evolução palpável
Visual, ambientação e gráficos - 8.5
Jogabilidade - 9
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 8.5
8.8
Ótimo
Temos um jogo com performance sólida, visual mais refinado e, principalmente, com frame rate estável, que garante uma jogabilidade fluida do início ao fim. Embora a qualidade gráfica ainda sofra com falhas na reconstrução de imagem via DLSS, o conjunto geral é mais do que satisfatório, e em diversos momentos, impressiona.