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Análise: Returnal para PC é o port mais que perfeito

Todas melhorias possíveis e um pouco mais

Returnal foi lançado em 2021 e ele foi o primeiro exclusivo original lançado no PS5, o que vinha com a grande expectativa de ser um jogo de “nova geração”. Desde então, Returnal recebeu muitas melhorias, atualizações e até sua desenvolvedora foi comprada pela Sony, e agora trazemos a análise de sua versão definitiva que chega ao PC.

É importante dizer que para esta análise de Returnal sendo específica para o PC, nós utilizamos o nosso notebook gamer Rog Strix G15 Advantage Edition que conta com uma GPU Radeon RX 6800M com 12GB GDDR6, CPU AMD Ryzen 9 5980HX e com 16 GB de RAM DDR4 3200 MHz.

Essa análise de Returnal foi feita graças a um código de PC cedido pela Sony. O game já está disponível para PS5 e PC via Steam e Epic Games e conta com legendas e dublagem em PT-BR.

A história e ambientação de Returnal

Em Returnal, nós controlamos Selene, uma exploradora espacial da Astra que acaba caindo em Atropos, um planeta desconhecido, após perder o controle da sua nave. Assim que iniciamos a nossa jornada, percebemos que Selene está completamente sozinha em um mundo cheio de criaturas e ambientes hostis. Após perder contato com o comando, somos obrigados a explorar e descobrir uma forma de sair desse planeta. 

E é aí onde Returnal fica interessante, desafiador e também herda seu nome. Você ao controlar Selene deverá descobrir mais sobre esse mundo que está repleto de mistérios, ambientes hostis e de várias versões suas, porém, todas mortas.

Por ser um jogo no estilo Roguelike, ao morrer você voltará até o lugar onde iniciou sua aventura e tentará tudo novamente, mas terá alguma melhoria seja em seu conhecimento do ambiente, inimigos, uma nova palavra alienígena ou até um upgrade definitivo como a espada que serve para derrotar inimigos ou abrir um novo caminho.

E aliado essa mecânica de retorno (que é da onde o jogo tira seu nome), nós temos a ambientação que é um destaque a parte e compõe o storytelling do planeta Atropos, que tem seu nome inspirado em uma das moiras da mitologia grega que significava destino. Aqui nesse planeta alienígena, Selene irá se deparar com diversas estátuas gigantescas, mensagens deixadas para trás, tecnologia desconhecida e muito mais.

Essas combinações fazem com que o mundo de Returnal seja muito instigante de conhecer cada centímetro dele.

Gameplay Bullet Hell

Eu já mencionei nesta análise que Returnal segue o estilo Roguelike onde irá retornar ao início caso morra e claro, teremos novos ambientes feitos de forma procedural. Porém, ele fica muito mais desafiador ao ter um estilo de jogo de Bullet Hell, ou seja, sua tela ficará repleta de projéteis de inimigos e dos chefões sempre sendo um grande desafio escapar vivo de cada luta.

Para conseguir desafiar Atropos e seus inimigos, Selene contará com uma série de armas onde elas evoluirão à medida que joga. É importante salientar que você poderá segurar apenas uma arma por vez e será uma escolha sua optar entre uma arma de longo alcance como uma metralhadora ou então uma escopeta para maior dano mais próximos aos inimigos.

Ao utilizar cada vez mais uma arma, você ganhará mais proficiência com ela melhorando seus status. Adicionalmente, será possível contar com um item equipado que serve para atacar ou recuperar vida, com o tempo contará com novos itens como a já mencionada espada, um tiro alternativo ou então a possibilidade de ser revivido.

E além do tiroteio frenético, Returnal tem uma boa dose de exploração que servirá para conseguir abrir baús com tesouros escondidos, poderá comprar upgrades para sua run, ou achará uma área secreta com algum tipo de melhoria ou desafio. Quanto mais explorar, maior a chance de deixar Selene mais forte para o chefão, além de montar a melhor build para você.

Returnal será referência no Benchmark

E após ter dado uma noção geral do que é Returnal e porque é um título tão aclamado, chegou a hora de trazer a esta análise as especificidades sobre sua versão de PC.

Antes de mais nada WOW! Eu fiquei impressionado com o que vi no menu de Returnal. Aqui temos algo que vai muito além das opções tradicionais em um jogo de PC, incluindo os ports mais robustos como, Spider Man Remastered e Miles Morales.

Na parte da jogabilidade você tem controle da assistência da mira, mostrar ou não o dano dos inimigos, opções de como irá abordar pontos de interesse e mais.

Agora na parte da HUD, temos um show de opções que são tantas que até pode ser um pouco confuso mexer em tanta coisa. Além do clássico modo de daltonismo que merece sempre destaque nos jogos da Sony Playstation, temos a possibilidade de alterar o tamanho da letra, o tamanho do mini mapa ou até desligá-lo, deixar a barra de vida sua e dos inimigos ligada ou não e por aí vai. Basicamente você terá controle total sob cada aspecto do que aparece na sua tela.

E além dessa parte que já deixa impressões positivas temos as opções visuais de desempenho. E o que é isso? Bem, muitos já devem ter visto tanto em nossas análises como de outros canais uns números sobrepostos ao jogos mostrando os frames, utilização de RAM, frequência, temperatura e mais. Bem, Returnal traz uma opção nativa desse set de opções te dando mais controle e informações sobre cada peça de seu equipamento.

Além disso, já na parte de gráficos, temos duas opções a serem exploradas. A primeira, logicamente, são as configurações para otimizar o jogo para sua máquina (ou de jogar tudo no máximo caso ela aguente). Certamente ela conta com os ajustes pré definidos como épico, alto, normal e mínimo.

Em seguida podemos mexer em limitações de frames assim como a chamada “otimização de tela” que são as conhecidas tecnologias de upscale. Como utilizo uma GPU AMD, usei o FSR que me dava, em média, 30 frames a mais quando colocava na pré definição de qualidade. Todavia, temos aqui uma infinidade de opções de tecnologias que além das da Nvidia, temos a opção de resolução dinâmica, pré selecionar um escalamento de resolução ou até o mencionado FSR.

Adicionalmente o game conta com as opções clássicas e vasta de customização como mexer em diversos detalhes da iluminação, incluindo sombras e reflexo via Ray tracing, assim como modificar o pós processamento. Antes mesmo de iniciar a jogatina você poderá modificar cerca de 50 detalhes de sua HUD e de otimização de jogo.

Mas ainda tem mais! Returnal traz uma opção interna de benchmark onde dirá não apenas a média de frames nesse teste, algo usual nesse tipo de opção, mas também dirá o que está sendo testado em cada parte e que parte do equipamento está sendo mais utilizado entre CPU e GPU para cada bloco de teste.

Finalmente o Benchmark

E depois de todos os ajustes e testes, finalmente chegamos à conclusão que a maioria estará interessado ao conferir nesta análise: E aí, Returnal está rodando bem no PC?

A resposta é um gigantesco sim. Antes de mais nada, ao fazer o Benchmark via ferramentas do jogo, o conhecido Benchmark sintético, na configuração épica e rodando tudo em 2K eu atingi uma média de 57 frames em épico, 69 frames em alto e 78 frames em médio. Já deixando em Full HD, eu atingi 81 frames em Épico e 93 frames em médio.

Agora utilizando a tecnologia de upscale FSR eu atingi uma melhora significativa. Sempre testando em épico e rodando na resolução 2K, eu consegui uma média de 82 frames colocando o FSR em qualidade, 89 frames colocando o FSR em equilibrado e, por fim, atingindo uma média de 99 frames colocando o FSR em desempenho.

E depois de toda essa sopa de números e dados, a conclusão óbvia é que vale e muito utilizar uma tecnologia de upscale, ou de como é chamado em Returnal, uma tecnologia de otimização de tela.

E acredito que esteja se perguntando sobre o Ray Tracing certo? Bem, a GPU AMD não é feita para o Ray tracing e quando tentei ativar eu tive uma perda de 30 frames ou mais dependendo do nível do Ray tracing. Inclusive quando coloquei o Ray Tracing em Alto ou Épico, simplesmente eu recebia uma mensagem do jogo dizendo que a minha GPU não era própria para essa tecnologia.

De forma resumida, se quiser forçar a barra e colocar o FSR em desempenho assim como baixar a configuração um pouco e colocar as opções de Ray Tracing em médio, é possível sim rodar Returnal em um PC com uma GPU AMD na casa dos 60 frames, porém, estamos falando de um jogo tão frenético que não acho válido sacrificar tanto para melhorar a iluminação no meio de um tiroteio que você mal notará.

Existem problemas?

E antes de chegar ao fim desta análise, eu vou relatar alguns “problemas” (entre muitas aspas) que notei. No caso, seriam mais observações.

O primeiro é que Returnal é um dos primeiros jogos a solicitar 32 GB de RAM como a quantidade ideal para o jogo. Bem, ao fazer o Bench interno, na configuração mais pesada possível, o próprio game disse que não utilizei mais do que 6 GB de RAM, o que é curioso, pois ao usar nossas ferramentas, era normal ter a utilização de 10 a 12 GB de RAM. Ou seja, pode ser que Returnal precise de algum ajuste interno para capturar com perfeição todos os dados.

O mesmo serve para a CPU que mostrava uma utilização média de 10% enquanto em nossas ferramentas flutuava entre 25% até 40%. Isso não é algo que influencie em nada o jogo, porém, essa ferramenta interna precisa de alguns ajustes. No resto, os resultados batem com os que fizemos.

Adicionalmente, eu não percebi nenhuma queda brusca de frames em minha jogatina, com uma exceção. É importante dizer que obviamente quando a ação está muito frenética, é natural o frame cair um pouco, sendo que atinge uma média de 38 frames no 1% mínimo com uma média superior a 80 frames, chegando a quase 90.

Porém em alguns momentos, ao abrir uma porta, onde tem o rápido carregamento de uma nova parte do mapa, existia um rápido congelamento de tela como se fosse um stutter. Felizmente não era algo que acontecia durante a ação e não impactou em nada o jogo.

De resto não vi nenhum grande problema que impactasse o meu desempenho ou minha jogatina.

Conclusão

De forma geral esse port de Returnal para PC nos surpreendeu e muito ao fazer sua análise, pois recebemos o máximo de opções possíveis em um jogo de PC e um pouco mais do que estamos acostumados.

Além dessa versão já vir com todas as melhorias que foram implementadas desde 2021, nós temos uma boa otimização, benchmark interno, vasta opções de ajustes e mais. Adicionalmente, temos também um completo controle tanto da HUD do jogo como de opções de acessibilidade para o daltonismo.

E claro, vale pontuar que Returnal não é apenas um port perfeito para PC, mas ele é um excelente e desafiador jogo com uma história instigante, uma ótima ambientação e um forte fator Roguelike para quem curte o estilo.

A análise de Returnal para PC segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Returnal é o melhor port que já vimos para PC

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 10
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
Melhorias para PC - 10

10

Perfeito

Além dessa versão já vir com todas as melhorias que foram implementadas desde 2021, nós temos uma boa otimização, benchmark interno, vasta opções de ajustes e mais. Adicionalmente, temos também um completo controle tanto da HUD do jogo como de opções de acessibilidade para o daltonismo. Ou seja, a versão de PC de Returnal é a versão definitiva do jogo com diversas melhoras.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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