Entrevista: Last Flag, o jogo de estreia da Night Street Games fundada pelos Irmãos Reynolds (Imagine Dragons!)
Conheça tudo sobre o novo jogo
Durante a agitada gamescom latam 2025, tivemos a chance de conversar com a equipe da Night Street Games, um estúdio que, apesar de novo no radar do público, já reúne veteranos da indústria e uma paixão contagiante por games. Batemos um papo com Yara “Jay” Jane, Game Producer (e brasileira!), e Jonathan Jelinek, General Manager com passagens por gigantes como Blizzard, NCsoft e Nexon. Eles nos apresentaram seu primeiro projeto: Last Flag, um jogo multiplayer 5v5 que promete reinventar a clássica brincadeira de “Capture a Bandeira” com um toque único e muita estratégia.
Uma origem surpreendente: Dos palcos aos games
Uma das revelações mais interessantes foi sobre a fundação do estúdio. A Night Street Games nasceu da paixão por videogames de Mac Reynolds, gerente da banda Imagine Dragons, e seu irmão Dan Reynolds, o vocalista. Jonathan Jelinek compartilhou que os irmãos sempre amaram games, com Dan sendo um programador habilidoso e Mac sonhando em ter um estúdio desde criança.
A inspiração para Last Flag veio das noites jogando Capture a Bandeira na floresta durante a época de escoteiros. Eles prototiparam a ideia inicial e, buscando concretizar o sonho, trouxeram veteranos como Matthew Berger (ex-Blizzard) como Game Director e montaram uma equipe global com talentos de jogos como Rainbow Six Siege, Apex Legends e Fortnite. E o mais impressionante? Fizeram tudo isso em segredo, com cerca de 50 pessoas trabalhando no projeto sem que o mundo soubesse – até agora!
Mergulhando em Last Flag
Yara Jane nos guiou pelo conceito de Last Flag. O jogo se passa dentro de um programa de TV fictício dos anos 70, apresentado pelo misterioso magnata da mídia Victor Fax, onde os jogadores são “participantes” competindo pela fama e pelo prêmio. A jogabilidade busca ser a experiência definitiva de Capture a Bandeira.
Tudo começa com uma fase tensa de Esconder, na qual sua equipe escolhe um local estratégico em seu território para ocultar a bandeira, uma decisão crucial que garante a rejogabilidade, pois cada partida se torna única. Enquanto alguns escondem, outros podem farmar “Cash Bots” para acumular dinheiro para o time. Em seguida, vem a fase de Caçar: invadir o território inimigo, localizar a bandeira adversária e trazê-la de volta, usando o dinheiro para aprimorar habilidades. Elementos estratégicos como as Torres de Radar entram em jogo, ajudando a eliminar áreas onde a bandeira inimiga não está, servindo como pontos de cura e permitindo teleporte rápido pelo mapa – vital, pois morrer te envia para a “Green Room” na base.
Finalmente, ao trazer a bandeira inimiga para sua base, inicia-se a emocionante fase de Capturar e Defender: uma defesa desesperada de 60 segundos, descrita por Yara como sua favorita, onde vale tudo para segurar a vitória.
Personagens, mapas e estratégia
O elenco inicial de Last Flag contará com 10 personagens, os Contestantes, cada um trazendo personalidade única e representando diferentes partes do mundo. Yara deu destaque especial a Camilla, uma engenheira de armas brasileira que terá falas gravadas pela própria Yara, incluindo o marcante grito “Rajada de Tornado!”, que será mantido em português em todas as localizações do jogo.
Uma característica importante é a flexibilidade: não existem classes rígidas. Os jogadores podem trocar de personagem na “Green Room” após morrerem e são encorajados a encontrar seus próprios estilos de jogo. Mesmo quem não tem a melhor mira pode ser vital para a equipe usando habilidades de suporte, cura, controle ou focando na estratégia, como exemplificado pela arqueira Masako. Isso permite que as equipes adaptem suas táticas dinamicamente, seja focando no combate, no farm de recursos ou em abordagens furtivas.
Para ambientar a ação, Last Flag será lançado com 3 a 4 mapas distintos. Embora seus layouts sejam fixos, a presença das Torres de Radar e a variação no posicionamento das bandeiras prometem manter as partidas sempre frescas. Além disso, power-ups encontrados pelo cenário podem virar o jogo, como um item de invisibilidade que, em uma história divertida contada por Yara, permitiu a um jogador capturar a bandeira sem ser detectado, gerando um momento memorável.
Modelo de negócios e plataformas
Jonathan Jelinek foi claro sobre o modelo: Last Flag será um jogo pago, com um preço único e acessível. A ideia é focar em criar um jogo divertido e completo, sem as barreiras comuns de jogos free-to-play. O lançamento inicial será para PC, com planos para chegar aos consoles logo depois, almejando cross-play entre plataformas.
Uma conexão especial com o Brasil
A equipe fez questão de ressaltar a forte relação dos fundadores e da banda Imagine Dragons com o Brasil, considerado por eles quase como uma “segunda casa”. O pai dos irmãos Reynolds morou no Brasil e fala português. Trazer Last Flag para cá e interagir com a apaixonada comunidade de jogadores brasileiros é muito importante para a Night Street Games.
Last Flag surge como uma proposta empolgante: um 5v5 tático com uma roupagem divertida e retrô, mecânicas que incentivam diferentes estilos de jogo e uma base sólida vinda de desenvolvedores experientes e fundadores apaixonados. A combinação de estratégia na hora de esconder e buscar a bandeira, o caos controlado da defesa final e a flexibilidade dos personagens promete partidas dinâmicas e cheias de momentos memoráveis.