
Chegou a hora de dançar novamente, e nesta análise vamos falar sobre Just Dance 2026, o mais novo título da clássica franquia musical da Ubisoft. Sendo bem sincero, analisar jogos anuais nunca é tarefa fácil, especialmente aqueles que, como Just Dance, dependem mais de curadoria e refinamento do que de mudanças drásticas. Assim como acontece com franquias esportivas ou de tiro, o intervalo de um ano é curto demais para grandes revoluções.
No caso de Just Dance, o desafio é ainda maior. Afinal, até onde é possível inovar em um jogo de dança e música sem perder sua essência? Nesta análise, vamos justamente tentar responder à pergunta que surge todo ano: vale a pena comprar Just Dance 2026 ou é melhor continuar com as versões anteriores?
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Just Dance 2026 – O mesmo ritmo, com alguns novos passos
Logo ao ligar Just Dance 2026, a primeira impressão é familiar. O jogo mantém o mesmo formato visual e intuitivo que a Ubisoft vem refinando há anos. Assim que inicia, ele até sugere um pequeno aquecimento antes de liberar o menu principal, algo simples, mas que já prepara o jogador para o clima da experiência.
No nosso caso, testamos a versão que inclui um ano do passe-prêmio de Just Dance+, que dá acesso a centenas de músicas e coreografias acumuladas ao longo da franquia — um catálogo vasto que reforça o valor do serviço. O menu inicial segue a linha de uma plataforma de streaming, como se fosse um “Netflix da dança”. Ele destaca as músicas mais recentes e as novidades de Just Dance 2026, mas também organiza playlists por temas: malhação, festas, coreografias em dupla, exercícios aeróbicos, faixas infantis e muito mais.
O sistema ainda marca as músicas que você mais jogou e agrupa conteúdos por edições anteriores, tornando fácil revisitar coreografias antigas ou descobrir faixas que você perdeu em lançamentos passados. A busca e os filtros também são bem completos, permitindo selecionar músicas por década, estilo, dificuldade ou tipo de coreografia.
Além disso, o jogador pode personalizar o próprio avatar, cartão e fundo, além de cumprir pequenas metas internas que concedem títulos e recompensas cosméticas. Isso não é nada realmente novo. É algo que já existe em outras versões da franquia, mas ajuda a manter algum senso de progressão entre as sessões de dança.
Quem vem dos últimos Just Dance vai se sentir totalmente em casa aqui. A estrutura do menu, o ritmo das partidas e até a navegação seguem praticamente o mesmo padrão. Há pequenas melhorias de interface, mas nada que transforme a experiência.


Novidades e músicas de Just Dance 2026
Entrando no que realmente importa, Just Dance 2026 traz duas grandes novidades: novas músicas e um modo inédito chamado Party Mode (modo festa).
A seleção musical, como sempre, é um dos pontos mais fortes. São mais de 40 novas músicas, que misturam clássicos e hits recentes, com coreografias criativas e bem produzidas. Entre os destaques, estão:
- Hung Up — Madonna
- Houdini — Dua Lipa
- Girls Just Want To Have Fun — Cyndi Lauper
- Born To Be Alive — Patrick Hernandez
- Appetite — Rose & Bruno Mars
- All Star — Smash Mouth
- Abracadabra — Lady Gaga
E há também espaço para o público infantil, com faixas em parceria com o desenho Bluey, o que reforça o apelo familiar da franquia.
As coreografias continuam bem variadas: há versões fitness, mais intensas, e outras focadas em performance e estilo, o que amplia o leque de públicos e preferências. O jogo também mantém o modo de queima de calorias, sugerindo novas músicas de forma dinâmica conforme o ritmo da dança, algo que incentiva o jogador a continuar se movimentando (e perdendo peso).
A novidade mais relevante, no entanto, é o Party Mode. Nesse modo, o jogo escolhe músicas automaticamente e adiciona desafios aleatórios durante as coreografias como alcançar uma pontuação mínima, parar de se mover em certos momentos ou lidar com efeitos visuais que atrapalham a visão. É uma espécie de “modo caótico”, lembrando o estilo imprevisível de Mario Kart, mas adaptado à dança. O resultado é divertido, especialmente em grupos, já que o improviso e os erros geram boas risadas.

Problemas de conexão e ausência de versão nativa no Switch 2
Durante o período de testes, Just Dance 2026 apresentou alguns problemas de desconexão em momentos pontuais, com falhas de comunicação com os servidores da Ubisoft. Foram poucas ocorrências, mas é algo que deve ser ajustado após o lançamento uma vez que o jogo foi lançado em uma espécie de acesso antecipado.
Outro ponto que chama atenção é a falta de uma versão nativa para o Nintendo Switch 2. O jogo roda normalmente, sem engasgos, mas não aproveita os novos recursos do console, em especial a câmera. É um detalhe que pesa, considerando que a franquia já teve sua identidade fortemente ligada a sensores de movimento, como o Kinect e o PlayStation Eye. Ter uma câmera no console e não poder utilizá-la em Just Dance é algo que soa contraprodutivo, e que a Ubisoft deveria rever com uma certa urgência.

Um bom jogo, mas preso ao seu próprio ritmo
Falar sobre Just Dance 2026 é quase como revisitar qualquer uma das análises anteriores da franquia e isso não é necessariamente algo ruim. A verdade é que Just Dance continua sendo um dos jogos mais divertidos que existem. Ele funciona, diverte, e cumpre exatamente o que promete.
A questão é: vale a pena comprar o novo jogo? Se você já tem o Just Dance do ano passado ou assina o Just Dance+, a resposta tende mais para um “não” do que para um “sim”. Isso porque o serviço já oferece praticamente todo o acervo musical das versões anteriores, e o que realmente diferencia Just Dance 2026 são as novas músicas e o modo Party, que embora divertido, não chega a ser uma revolução dentro da fórmula.
Sendo bem realista, dentro do que o formato do jogo permite, Just Dance 2026 entrega o que dá para entregar. É um produto bem-feito, divertido, mas previsível. A decisão de compra acaba sendo mais pessoal: se você joga com frequência, gosta de reunir amigos e quer sempre as músicas mais recentes, a nova edição vai te atender bem. Mas se o seu Just Dance 2025 ainda cumpre esse papel, talvez valha a pena esperar uma promoção ou pular um ano.
Para quem vem de versões mais antigas, aí sim o salto faz sentido. O jogo está mais polido, as coreografias mais variadas e o conteúdo é muito mais extenso, especialmente para quem ativa o Just Dance+.
Um ponto que ainda deixa a desejar é a ausência de uma versão nativa para o Switch 2 e o não aproveitamento da câmera do console, algo que sempre foi parte da identidade da série. É possível jogar usando o celular, como sempre, mas seria natural ver a Ubisoft explorar o hardware do novo console, principalmente considerando o histórico da franquia com sensores de movimento.
No fim, Just Dance 2026 é um bom jogo. Ele não surpreende, mas continua sendo uma das experiências mais acessíveis e animadas para jogar com amigos ou família. A franquia segue firme, ainda que dançando no mesmo compasso.
Essa análise de Just Dance 2026 segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
Mesmo dançando no automático, Just Dance 2026 ainda sabe divertir
Visual, ambientação e gráficos - 8.1
Jogabilidade - 8
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 8
8
Ótimo
A nova edição de Just Dance é tão divertida quanto previsível. Com o modo Party como principal novidade e uma boa seleção de músicas, o jogo entrega entretenimento garantido — mas talvez não o suficiente para justificar o upgrade anual.





