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Análise: No More Heroes 2: Desperate Struggle é rápido e prático

Travis está de volta em busca de sua coroa

No More Heroes 2: Desperate Struggle é sequência de No More Heroes que foi lançado originalmente para Nintendo Wii e que fizemos recentemente uma analise envolvendo a versão de PC. Temos a sequência direta das aventuras de Travis Touchdown que passou uma temporada longe da famigerada Santa Destroy, mas ao retornar descobriu que muita coisa mudou em sua ausência.

Essa análise foi produzida graças a um código de Steam cedido pela distribuidora.

Mais assassinos, mais sacanagem, mais Travis

Após 3 anos que Travis virou o número 1 do ranking de assassinos de Santa Destroy, ele retornou para cidade. Porém, foi surpreendido por um homem em busca de vingança. Após derrotá-lo, o protagonista é envolvido numa nova competição de assassinato, já que aquele homem era o 51º assassino do ranking atual.

Para o incentivar a participar disso, Sylvia faz uma proposta bastante conhecida… Vire o número 1 e ganhe uma noite daquelas. Se deixando levar pela luxuria do momento, Travis acata com a ideia. Porém, ele não estava sério sobre isso até um trágico acontecimento forçá-lo a participar por um motivo mais nobre.

Diferente do primeiro jogo em que tínhamos que superar 10 assassinos, em teoria aqui temos que lidar com 50. Felizmente, Travis não está sozinho nessa jornada e alguns cortes de caminho ocorrem. Além disso, a história é bem melhor e menos superficial igual ao jogo anterior.

Outro ponto forte é que No More Heroes 2 abraça totalmente a bizarrice e falta de sentido, aproveitando para entregar momentos e personagens muito mais inusitados do que antes.

No More Heroes 2 é bem melhor que o antecessor

No review passado sinalizei como o mundo aberto do jogo era dispensável, uma vez que não tinha lá tantas opções e servia mais para gastar tempo. Felizmente No More Heroes 2 deixa de lado essa ideia e faz o mapa tendo seleções para onde ir imediatamente, desse modo o tempo é encurtado.

Além disso, outro ponto negativo do primeiro game eram as fases serem demasiadamente longas e repetitivas, enquanto aqui temos algumas extremamente curtas e outras nem tanto, variando bastante no conteúdo e fazendo com que o jogador tenha um ritmo bastante dinâmico. Junto disso, as batalhas contra os chefes estão dando muito mais criativas e aproveitando brilhantemente as mecânicas do jogo.

As missões de trabalho de meio período também foram reformuladas, pois agora são minigames ao molde de jogos retro fazendo com que você tenha diversas atividades variadas para ganhar dinheiro invés de missões que se baseiam em pegar algo no chão apertando um botão ou coisa do gênero igual o primeiro game.

Muito mais sangue

Travis agora tem a possibilidade de trocar de arma durante as fases ou luta contra chefes, fazendo com que o jogador tenha muito mais liberdade. Além disso, tem alguns momentos específicos que jogamos com Shinobu (que agora considera Travis como seu mentor) e Henri Cooldown, o irmão gêmeo fraterno do protagonista.

A jogabilidade base não muda tanto, mas cada um tem suas particularidades como a Shinobu ser capaz de saltar e Henri ter um dash.

Algumas batalhas contra chefes são bem criativas a ponto de colocar num combate de motos ou fazê-lo pilotar um mecha gigante para combater outro. O jogo realmente foi entregue a loucura.

No More Heroes 2 impressiona em sua construção e duração

O jogo tem gráficos bem melhores que os anteriores, abandonando levemente o lado cartoon e trazendo maiores detalhes aos personagens e cenários, permitindo explorar melhor suas particularidades nos modelos. Junto disso, selecionaram as melhores músicas do antecessor para fazer parte da trilha sonora de Desperate Struggle juntamente com outros temas do mesmo nível.

O gameplay também foi refinado, deixando as batalhas mais rápidas e dinâmicas. Ainda há alguns deslizes que podem incomodar como a esquiva só poder ser usada quando estiver usando target em um inimigo e as vezes a câmera não ajuda em nada. Porém, fora isso, podemos ver uma nítida evolução no jogo.

Por fim, No More Heroes 2 é um jogo consideravelmente curto. Se você não aproveitar os mini-games e nem fizer os desafios secundários, terá um tempo de jogo equivalente a 5 ou 6 horas. É um bom jogo para um domingo tedioso.

No More Heroes 2

Infelizmente ainda é um port preguiçoso

Igual ao primeiro jogo, estamos diante de um port bastante preguiçoso onde os comandos do teclado e mouse funcionam apenas se usar o modo janela. Se for no fullscreen, estranhamente, nada funcionará. Todos os botões apresentados nas telas e que o jogo pede que você aperte são os do Nintendo Switch, podendo confundir os jogadores que estejam nos teclados ou utilizando um controle USB.

Joguei já aguardando que o mesmo que rolou com o primeiro No More Heroes fosse acontecer aqui, contudo, ainda vale criticar esse aspecto.

No More Heroes 2

Conclusão de No More Heroes 2

No More Heroes 2: Desperate Struggle é um ótimo jogo de ação e que corrige diversas falhas do primeiro game. Ainda tem seus defeitos e não está perto de ser um game perfeito. Contudo, agora tem uma personalidade mais forte e, sem dúvidas, esse foi o título que consolidou a franquia. Infelizmente ainda se trata de um port preguiçoso do qual não tiveram cuidado em mudar as cenas de comando para auxiliar na jogabilidade dos jogadores. Se tiver que escolher entre comprar o 1 ou o 2 (pensando na jogabilidade e não na história), sem dúvidas No More Heroes 2 é a melhor opção!

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

No More Heroes 2: Desperate Struggle é um bom jogo, mas um port preguiçoso

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 7
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 8
Narrativa - 7

7.6

Bom

No More Heroes 2: Desperate Struggle é, sem dúvidas, muito melhor do que o seu antecessor, porém, sofre o mesmo que ele na versão PC. Vale o dinheiro investido, apesar de ser um game curto.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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