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Review: Princess Peach Showtime

Uma aventura inesperada

Neste review irei falar de Princess Peach Showtime, o mais novo exclusivo do Nintendo Switch que traz ninguém menos do que a princesa Peach como protagonista.

Aqui temos uma aventura que irá fazer Peach explorar um teatro repleto de mundos, o que lhe dará poderes nunca antes visto. Mas será que isso é o suficiente para agradar aos jogadores? Isso é o que irá descobrir em nosso review de Princess Peach Showtime.

E antes de mais nada, é importante dizer que esse é um dos jogos que está completamente localizado em nossa língua. E diferentemente de outros jogos como o aclamado Super Mario Bros Wonder, aqui a legenda faz uma grande diferença na experiência. Afinal, temos diversos diálogos ao longo das 7 horas da campanha principal.

Aqui é a princesa que salva o dia

Em Princess Peach Showtime, a princesa recebe um convite para ir ao Teatro Esplendor para se divertir e aproveitar as merecidas férias. Contudo, para a surpresa de ninguém, uma nova inimiga aparece do nada tomando conta do teatro.

Agora cabe a Peach derrotar a nova vilã Rubi e liberar o teatro salvando os pequenos Ribaltinos que trabalham no teatro e nas peças.

Para ajudá-la, iremos contar com a ajuda de Estela, uma simpática personagem que se assemelha a uma estrela e te guiará pelos diversos mundos representados como peças.

Como esperado, o ponto forte do game não está em sua história, mas sim em suas mecânicas e em sua ambientação.

Vários jogos em um

A estrutura de Princess Peach Showtime é relativamente simples. O Teatro Esplendor é composto de cinco andares e um subsolo. Cada um dos andares é composto de quatro peças e um chefe. Após finalizar as quatro peças, poderá enfrentar o chefe e seguir para o próximo andar.

O interessante é que cada um desses mundos, onde cada fase dura cerca de até 10 minutos, tem sua mecânica única. Até por isso fica um pouco difícil falar delas, pois temos muitas opções disponíveis.

Ao mesmo tempo que Peach pode ser uma ninja, uma lutadora de Kung fu ou até uma espadachim, ela pode ser também uma sereia, uma chef ou uma habilidosa patinadora. E não apenas isso influencia suas habilidades com o tipo de gameplay.

Por exemplo, quando Peach se transforma em uma ninja, ela pode se camuflar em diversos ambientes e fazer o famoso Wall Jump. Já quando ela vira uma super heroína, ela terá uma força descomunal podendo carregar até um ônibus. Ou então a Peach ladra que lhe dará uma extrema agilidade e um grappling hook.

Essas foram algumas habilidades que gostei muito, contudo tudo varia muito entre elas. E isso se acentua ainda mais nas fases de, por exemplo, a Peach Chef onde você irá literalmente fazer bolos. Ou então a Peach Patinadora onde você irá fazer apresentações como se estivesse no Disney on Ice.

E ao mesmo tempo que eu tenho que aplaudir as muitas variações apresentadas no jogo, fica impossível não notar a limitação na questão de gameplay e dificuldade. Afinal, Peach conta com apenas com dois botões onde um é para o pulo e o outro é para ação. Portanto, existe uma inconsistência em seu ritmo e por óbvio, certos poderes e fases irão agradar mais uns do que outros.

Gráficos agradáveis e performance questionável

E através desses inúmeros estilos em Princess Peach Showtime temos inúmeras ambientações. Aqui as suas fases são mais simplificadas e bem lineares. O que eu achei muito legal é que independentemente do estilo da fase, o fato de você estar dentro de uma peça de teatro é representado de forma impecável.

As camadas das peças mostram a montagem do ambiente. Os inimigos estão sempre com uma linha como se fossem marionetes. Por muitas vezes as cenas mudam, mas o cenário gira apresentando um novo cômodo do outro lado. Nessa parte o jogo acerta em cheio, por mais que os gráficos possam deixar a desejar.

Por estarmos falando de um jogo exclusivo, sempre existe a expectativa de vermos o melhor gráfico possível, mas aqui deixa um pouco a desejar. Fazendo uma comparação justa, eu achei Mario vs Donkey Kong visualmente mais agradável. Aqui temos dois jogos que não são uma franquia principal da Nintendo, mas onde visualmente um supera o outro.

Além de gráficos por algumas vezes simplificados, temos também a performance que deixa bastante a desejar. Praticamente em todas as cenas de animação temos quedas bruscas de frames. Adicionalmente, toda vez que você entra ou sai de um mundo, existe uma longa tela de loading que demora até cerca de 15 segundos para carregar a fase e ela curiosamente também sofre com queda de frames.

De forma geral fica a sensação de que o jogo ainda falta um polimento melhor, seja para melhorar sua performance, como para tornar seus gráficos mais agradáveis dentro de sua proposta.

Conclusão do review de Princess Peach Showtime

De forma geral eu gostei de Princess Peach Showtime. Sendo sincero, eu não sabia muito bem o que esperar do jogo e fui surpreendido por uma ambiciosa proposta. A ideia de termos inúmeros estilos de jogo e ambientações é algo muito legal e ele brilha com a construção meticulosa de cada cenário passando a sensação de estar em uma peça.

Contudo, a falta de polimento e sua simplicidade mostra que o jogo poderia ser mais do que é. Existem diversas oportunidades perdidas assim como um desempenho que deixa a desejar em diversos momentos.

Existe uma boa quantidade de conteúdo disponível para ser aproveitado, mas nem sempre o jogador vai querer tentar novamente uma fase para completar todos os colecionáveis ou então se desafiar no modo desafio para conseguir a melhor pontuação.

Por fim, vale dizer que Princess Peach Showtime é um jogo que claramente mira mais no público infantil. Não temos algo tão grosseiro como o que vimos em Detective Pikachu Returns, mas sua simplicidade não irá agradar a todos. E claro, vale pontuar que existem alguns chefes bem interessantes, mas o desafio de forma geral, é fraco.

Essa análise/review de Princess Peach Showtime segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Ideas com muito potencial, ams que falta polimento

Visual, ambientação e gráficos - 6
Jogabilidade - 7.5
Diversão - 6.5
Áudio e trilha-sonora - 8

7

Bom

Princess Peach Showtime é um jogo que claramente mira mais no público infantil. Não temos algo tão grosseiro como o que vimos em Detective Pikachu Returns, mas sua simplicidade não irá agradar a todos. E claro, vale pontuar que existem alguns chefes bem interessantes, mas o desafio de forma geral, é fraco. Aqui existe uma boa quantidade de conteúdo disponível para ser aproveitado, mas nem sempre o jogador vai querer tentar novamente uma fase para completar todos os colecionáveis ou então se desafiar no modo desafio para conseguir a melhor pontuação.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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