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Preview: The Iron Oath, um RPG diferenciado e interessante

E bastante divertido.

Desenvolvido pela Curious Panda Games e publicado pela Humble Games, The Iron Oath é um RPG tático de turnos com uma proposta bastante interessante. Será que ela vai conseguir cativar? Venha conferir o que achamos em nosso preview de The Iron Oath.

O game estará disponível apenas para PC (via Steam) e, até o momento dessa preview, não possui legendas em PT-BR.

Uma história de fantasia, doença e dragão

A história de The Iron Oath se passa em Caelum, uma terra fantasiosa onde os Deuses já viveram entre os humanos. Porém um cataclismo desconhecido mergulhou a terra em uma era de escuridão e os Deuses sumiram e foram esquecidos. Nesse meio tempo, a cada década ocorre um evento chamado de Scourge. Nele, um dragão surge trazendo morte e doença para a terra. Os afetados por essa doença perdem o corpo e a sanidade, se transformando logo depois em abominações e sendo exilados da sociedade e sendo chamados de Blighted.

Apesar de todos os esforços de derrotar o dragão, nenhuma vitória foi atingida e a humanidade passou a aceitar o evento como parte da vida. Nesse ínterim, nossa companhia de mercenário procura fazer a vida com contratos que vão de recuperar suprimentos até matar feras e demônios. Tudo com o intuito de sobreviver nesse mundo caótico, e é aqui que nossa aventura começa.

Visual pixelizado, bonito e bem animado

The Iron Oath é um game pixelizado com visual retrô, contudo sua simplicidade não impacta sua qualidade. O game possui animações e efeitos que se atentam a mínimos detalhes. Por exemplo, alguns inimigos ao serem finalizados explodem, jorrando sangue, com isso, todos os personagens próximos ficam sujos de sangue por alguns segundos. Esse tipo de detalhe em jogos que possuem esse estilo gráfico é, na minha opinião, o que faz toda a diferença.

Além disso, as animações de movimentação e ataque estão muito bem fluidas, principalmente os ataques. O pugilista, por exemplo, utiliza chutes e socos que convencem devido a qualidade de suas animações. Isso além do fato dele parecer um personagem do Dragon Ball, contando com habilidades de que parecem os ataques e as explosões de ki do anime.

No geral, o visual de The Iron Oath está muito agradável. Porém, provavelmente por estar em early acess, o game está um pouco limitado de ambientações e inimigos. Mas os próprios devs já divulgaram um roadmap onde é possível ver sairão melhorias visuais, novas ambientações, inimigos etc.

The Iron Oath traz bastante conteúdo – Preview

Embora The Iron Oath possa parecer complexo a principio, essa impressão inicial cai por água rapidamente. Isso porque o game se mostrou muito fácil de aprender e se adaptar além de um tutorial que explica as mecânicas sem rodeios. Vamos conferir algumas dessas mecânicas a seguir:

Mapa Geral

No mapa geral, podemos viajar entre pontos, e algumas coisas aqui merecem bastante destaque. Primeiramente, toda movimentação que fazemos reflete em dias. Ou seja, para viajarmos precisamos considerar o tempo que levará para chegar. Isso vai ser um impacto maior com relação as missões, pois algumas possuem prazos e pode ser necessário repousar alguns dias entre elas. E em segundo lugar, com essa passagem dos dias o mundo “gira” e isso altera vários eventos que acontecem nas cidades, como animais selvagens, doenças, invasões dos Blights etc. Isso impacta nos tipos de contratos que estarão disponíveis e, principalmente, na política. Pois uma casa pode dominar a cidade de outra, o que nos afetará diretamente, pois pode entrar uma no poder que tenhamos uma relação ruim ou até mesmo hostil.

Cidades

Dentro delas podemos, fixamente, tomar 4 ações: Ir para a taverna, onde será possível recrutar novos mercenários, descansar ou pagar uma bebida para nosso grupo. A enfermaria, onde poderemos tratar nossos feridos. No mercado é possível comprar equipamentos e mantimentos. E, por último, podemos sair da cidade.

Evolução

Cada classe possui 6 habilidades distintas que são liberadas até o nível 10. No entanto, somente 4 dessas podem permanecer ativa. Ao avançarmos, ganhamos pontos de atributos e pontos de habilidades. O primeiro, serve para aprimorarmos o dando, defesa, hit rate, evasão entre outros. Já o segundo é utilizado para aprimorar nossas habilidades. Cada uma conta com uma árvore evolutiva própria que pode aumentar dano, efeito, distância, quantidade de usos etc.

E claro, assim como em qualquer RPG temos nossos equipamentos, mas esse foi um dos pontos menos empolgantes do game. Primeiro porque a variação e os efeitos são bem limitados, sendo praticamente os mesmos para cada tipo de equipamento e raridade, ou seja, se comprarmos/conseguirmos duas espadas raras, as duas terão exatamente os mesmos atributos. Segundo que os equipamentos podem quebrar se sua durabilidade chegar a 0, porém não existe a opção de reparar. Logo, é bom não se apegar aquela lança raríssima que comprou pois ela terá prazo de validade.

Exploração de Masmorras

Aqui, para quem conhece, vai encontrar uma certa semelhança com o game Darkest Dungeon. Os calabouços do game são divididos em blocos é preciso escolher o caminho que seguiremos. Existe um “timer” que ao atingir seu limite – baseado na dificuldade escolhida – gera um evento que pode ser, em sua maioria, negativo.

Da mesma forma que Darkest Dungeon, temos dungeons curtas e longas, nas segundas temos a opção de acampar. Ao fazê-lo, podemos gastar pontos de incensos, dando benefícios como cura, aumento de danos, de moral, entre outros que podemos desbloquear ao avançarmos com nossa companhia.

Combate

Como já mencionei, o combate de The Iron Oath é em turnos. Começamos escolhendo a posição dos 4 mercenários que estamos utilizando – exceto no caso de sofrermos uma emboscada. Cada personagem possui atributos de precisão, esquiva, movimentação e esquiva próprios. Isso define a chance de acerto, redução de danos entre outras coisas. O cenário também é interativo, por exemplo, temos habilidades que empurram o adversário, e podemos utilizar estratégias como empurrar um inimigo no outro, jogá-los em buracos etc.

Áudio que não surpreende, mas que também não falha

A trilha sonora de The Iron Oath consegue ser agradável, mas não chega a impressionar. Ela consegue entrar bem no tema do game e muda de forma assertiva de acordo com a situação. Entregando algo mais melancólico, ao explorarmos o mapa, e parte para algo mais agitado e animado ao entrarmos em ação. Seus efeitos sonoros se encaixam no mesmo cenário. Em suma, a experiência auditiva do game consegue ser boa e agradável e entrega bem seu papel sem trazer grandes destaques. O que não chega a ser problema algum dentro da proposta do game.

Conclusão do preview de The Iron Oath

The Iron Oath é o tipo de game que já pode cativar de cara. Os elementos apresentados somados a uma história intrigante e um visual agradável faz com que o jogador possa se perder horas sem nem perceber – meu caso. Ao mesmo tempo é bom lembrar que o game está em Early Access é já possui um planejamento bem definido do que e de quando vão adicionar novos conteúdos ao game. Confesso ter me tornado fã e mal posso esperar para ver o que o futuro o reserva.

Guilherme Segal

Apaixonado por games desde o Atari. Curte tanto PC que possui quase 800 jogos na Steam. Mas ainda acha que os games de hoje em dia não possuem o mesmo charme dos antigos, motivo pelo qual ainda joga Heroes of Might and Magic 2 até hoje.

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