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Análise: XEL é uma aventura para os fãs de Zelda

Explore esse mundo desconhecido

XEL é o mais novo jogo indie da área e ele bebe muito da fórmula do famoso The Legend of Zelda. Confiram aqui em nossa análise como XEL se sai com as fórmula do famoso jogo da Nintendo e se ele consegue adicionar o DNA próprio dando personalidade a essa aventura.

A análise de XEL foi possível graças a um código cedido pela produtora. XEL já está disponível para Nintendo Switch e PC e conta com legendas em PT-BR.

Quem sou eu e o que é XEL?

XEL é uma aventura espacial onde temos uma protagonista que cai em um mundo estranho e não sabe nem onde está nem quem é. Com total falta de conhecimento de sua situação nesse novo ambiente, ela é recepcionada por um simpático robô que vira automaticamente seu companheiro.

E logo em seguida ela conhece Desmond, um dos sobreviventes desse mundo que explica o que está acontecendo e dá a ela, além de um nome, um propósito para ajudar os sobreviventes e para ela descobrir sua história.

Aqui nós temos uma colônia espacial que após guerras entre seu povo e entre as máquinas, está no limiar entre a vida e a morte. Agora cabe a você ser a guerreira deste povo para conseguir estabilizar os sistemas e como consequência entender sua história assim como sua relação com essa grande colônia espacial chamada XEL.

Bela ambientação e limitações

Algo que me chamou muito a atenção durante a análise de XEL, foi sua ambientação. O mundo mescla muito bem um cenário pós apocalíptico com uma estrutura metálica espacial. Ao se aventurar nos muitos lugares de XEL, é possível ver a dualidade de imagens, assim como os diversos biomas que a colônia apresentava antes das guerras.

No geral o jogo conta com gráficos bem agradáveis e detalhados que dão um ar de imensidão seja nas áreas mais verdes como nas áreas completamente robóticas. Aliado a isso, o jogo apresenta uma excelente dublagem onde a protagonista dá um show a parte com suas respostas e muitas vezes deboche sobre as situações. E para fechar essa parte, a trilha sonora é extremamente competente e se encaixa muito bem no mundo de XEL seja nos momentos de tensão como de exploração.

Mas nem tudo são flores e tenho que apontar alguns muitos problemas desse jogo. Primeiramente, eu achei a decisão de modelagem e animação dos personagens um tanto questionável. Eles funcionam muito bem quando a câmera está afastada, mas quando ela chega perto para as cutscenes, me lembra de jogos da década de 90. É bem sem emoção as cenas de conversa, por mais que a dublagem seja excelente.

E por falar em câmera, eu vi um erro um tanto grosseiro durante minha jogatina. Muitas vezes eu simplesmente não conseguia ver o que estava acontecendo na tela, pois tinha uma árvore na frente ou qualquer outro item do ambiente. Faltou colocar uma transparência no cenário nesses momentos para ver o que está acontecendo.

E o jogo ainda conta com um mar de bugs. No geral eles são limitados a animação dos personagens, como movimentação muito estranha, podendo esbarrar em partes do cenário ou texturas que magicamente aparecem ou desaparecem. É importante pontuar aqui que a equipe de desenvolvimento já está ciente desses problemas e está trabalhando para corrigi-los.

Gameplay básico e competente

Agora chegando na análise do gameplay de XEL, no geral eu fiquei muito satisfeito com ele. Aqui não temos nenhuma grande surpresa, mas fiquei bem satisfeito com a adaptação dos puzzles, armas e inimigos com a temática espacial e pós apocalíptica do jogo.

Você terá uma arma para ataque básico, poderá usar o escudo para se defender, tem a opção de rolar que consome estamina, pode cozinhar itens e pode equipar equipamentos que irão facilitar sua jornada. Tudo aqui está presente nos jogos de The Legend of Zelda que são inspiração para XEL.

Adicionalmente contamos com puzzles que podem ser resolvidos com uma inundação ou então provendo energia a dispositivos e portas assim como é necessário pegar chaves para abrir portas específicas. Como diferencial, em determinados momentos você poderá usar uma habilidade específica que altera o ambiente em uma zona pré determinada expandindo as possibilidades de puzzle.

E claro, XEL conta com inimigos ao longo do caminho que deixarão itens para poder cozinhar comida ou então melhorar seus equipamentos como possui lutas contra os grandes chefes do jogo. Aqui eu faço um destaque para os chefões que são interessantes e muitas vezes desafiadores.

Infelizmente, sobre os inimigos normais, eu achei eles um tanto repetitivos. Faltou uma maior diversidade como faltou trabalhar melhor na Inteligência Artificial deles. Era estranho ser atacado algumas vezes e outras eles ficavam pensando “na morte da bezerra” morrendo com extrema facilidade.

E aliado a este comportamento, algumas vezes eu ficava preso no cenário mostrando que faltou algo no game design. Como é possível literalmente cair de qualquer meio fio ou altitude, algumas vezes você pode cair em lugares que não deve e tem que reiniciar o jogo.

Conclusão da análise de XEL

Chegando ao fim da análise de XEL, eu me pergunto: XEL conseguiu entregar uma experiência divertida e que lembra sua fonte inspiradora?

E minha resposta é infelizmente um mix de sentimentos. De um lado temos uma ambientação muito rica e um mundo interessante com uma protagonista que me apaixonei nos primeiros minutos. Tanto o gameplay como os puzzles não tem um grande destaque, mas cumprem muito bem sua função no jogo.

Porém, de outro lado, temos muitos erros e problemas. E por mais que tenha nos dito que alguns problemas voltados à animação, bugs (alguns até sendo engraçados) e mais estão no radar deles, existem outros problemas de IA e game design que acabam atrapalhando a experiência.

Sendo sincero, eu adorei XEL e seu mundo assim como sua ambientação, mas o jogo simplesmente parece que ainda não foi finalizado e precisa de um polimento final. 

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

XEL possui muito potencial

Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 7
Diversão - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 8
Polimento e otimização - 5

6.9

Mediano

XEL traz um mundo e uma protagnosita muito interessante assim como uma experiência sólida baseada na franquia The Legend of Zelda. Infelizmente o sentimento de falta de polimento acaba minando a experiência final do jogo.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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