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Análise: Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Case aponta algumas falhas mas diverte

Vamos juntos a Poirot resolver mais alguns crimes.

Antes de começarmos a análise, quero agradecer pela oportunidade. Já tive a honra de analisar Agatha Christie – Hercule Poirot : The First Cases e agora analisarei Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Case. Então vem comigo começarmos nosso palácio mental.

Esta análise só foi possível graças a uma cópia digital de Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Casegentilmente cedida pela produtora, para a versão de PC, via Steam.

Sobre Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Case

Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Case é um jogo investigativo, com uma jogabilidade mista entre Point and Click e Ação e Aventura. Ficou estranho falar desta maneira, mas é porque podemos jogar usando somente o mouse ou usando o teclado, para movimentar o Hercule Poirot. Logo voltaremos nesse tópico.

Falando em Hercule Poirot, que é o grande protagonista da nossa aventura. Aqui, Poirot encontrará seu companheiro Arthur Hastings, que o seguirá nas próximas aventuras. Juntos, eles devem garantir o transporte, a proteção e a venda de uma valiosa pintura de Mary Magdalene. No entanto, as coisas tomam um rumo inesperado quando a pintura é roubada e agora temos que usar as habilidades de Hercule Poirot para desvendar esse mistério.

Por fim, venho parabenizar aos desenvolvedores por trazerem uma legenda em PT-BR excelente. Ao longo da análise, não encontrei nenhum erro durante os diálogos, mostrando que a equipe empenhou nessa parte.

Gráficos

Antes de mais nada, Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Case não tem grandes inovações gráficas. Comparadas a sua aventura anterior previamente analisada por nós, o jogo continua com a sua câmera isométrica. Porém, tem uma grande novidade: agora é possível rotacionar a câmera do ambiente, mostrando mais detalhes do ambiente e ajudando na investigação:

Contudo, alguns elementos não ficaram legais: durante as cutscenes, em vários momentos, tive a sensação de que os personagens tinham os olhos “esbugalhados” e parecendo que olham para lugar nenhum, movimentos de braços esquisitos, sincronização labial não condizente com a dublagem… Enfim, detalhes que não atrapalham na jogabilidade, mas incomodam bastante.

Por fim, os gráficos são satisfatórios: nem são tão excelentes a ponto de encher os olhos e nem são tão feios a ponto de condenar o jogo. A forma que as cores foram utilizadas nos cenários melhoraram, removendo alguns exageros e climatizando melhor o ambiente. Veja uma comparação de imagens de Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Case com Agatha Christie – Hercule Poirot : The First Cases:

Jogabilidade

Analogamente, nesse jogo temos uma jogabilidade extremamente semelhante as suas aventuras anteriores. Controlando Poirot, você ainda buscará pistas, interrogará as pessoas, criará mapas mentais e fará as conclusões corretas.

O mapa mental continua excelente. A ligação lógica entre as pistas é bem amigável e não precisa nem ter medo de errar, pois se a ligação das pistas não estiver correta, o próprio Poirot corrige o jogador. Caso o jogador erre na ligação das pistas, não precisa se preocupar em decorar o que já tentou, pois o próprio mapa mental já o avisa, com uma marca em vermelho, que as pistas não se conectam. E quando acerta, de forma “bem humilde”, Poirot se elogia, contente com o seu sucesso.

Como citei acima, o jogador possui duas formas de jogar: usando somente o teclado ou somente o mouse, sendo possível uma mescla entre os dois. Ainda temos suporte para o uso de controle, porém eu não recomendo usar: no jogo, o uso do controle está mais para uma “simulação” de uso de teclado. Contudo, os comandos dos botões não aparecem na tela, confundindo demais na hora de jogar. E, para piorar, não tem como remapear os botões.

Teclado x Mouse

Particularmente, eu nunca vi algo desse tipo. Geralmente, teclado e mouse sempre se “complementam”, como se fossem um só. Já vi casos que só o teclado é usado, como nos jogos de luta moderno ou em esports (como Brawlhalla), mas uma possibilidade de dois controles diferente é a primeira vez.

Usando o teclado, Poirot se movimentará com a famosa combinação de teclas WASD, e fará as ações com as teclas E e Q. Existe a possibilidade trocar o padrão QWERTY para AZERTY, porém muda pouca coisa: a tecla de ação para a ser A, enquanto o movimento agora é feito por ASDZ.

Usando o mouse, o jogo se torna um Point and Click, ou seja, você clica em algum lugar do cenário e o personagem se movimenta até lá. Quando precisar entrar em algum menu, basta clicar com o botão direito no menu e para sair, clique com o botão esquerdo do mouse.

De certa forma, o uso de mouse é bem simples e direto. Contudo, encontrei alguns problemas ao usar somente o mouse. E os citarei agora.

Problemas ao apontar e clicar

Diferente da movimentação com o teclado, em vários momentos ao clicar, senti que havia um ímã na barriga do Poirot, que o puxava para o local apontado. Isso deixa a movimentação dele muito anormal, como se ele tivesse que jogar a barriga para frente, para poder andar. Se você é fã de anime e conhece a cena de fusão em Dragon Ball Z, aonde Goku e Vegeta usam os brincos, terá bem a noção do que eu quero dizer.

Outro problema que encontrei é quando clica em algum objeto no cenário que exige interação. Em vários momentos, tive que esperar o Poirot se posicionar em um local para prosseguir com a ação. E enquanto ele não se posicionava, ele continuava andando até encontrar o local de interação. Inclusive houveram momentos em que um objeto o impedia de prosseguir, andando infinitamente para o local apontado. Para piorar, não tem como cancelar o comando de interação com o mouse, exigindo o uso das teclas WASD para desbloquear.

Por fim, o último grande problema que encontrei ao usar o mouse é que em alguns lugares, ao clicar, Poirot não andava diretamente para o local desejado, fazendo-o dar voltas desnecessárias. E se houvesse um objeto no caminho, voltávamos para o problema que citei acima.

Considerações finais de Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Case

Agatha Christie – Hercule Poirot: The London Case é um bom jogo de investigação, seguindo bem a linha dos jogos anteriores. Contudo, os problemas nos controles, principalmente ao usar o mouse, me frustraram em vários momentos. O desenrolar desse jogo é bem mais rápido, impedindo que o jogador perca o interesse em solucionar o caso e mantendo a atenção do mesmo, exceto pelos problemas do mouse…

Também temos o problema das cutscenes. Contudo, se relevar a movimentação estranha dos personagens nesses momentos, não tem com o que se preocupar. Ao menos a dublagem ficou boa para as cenas.

Por fim, não criei um tópico específico para sons e efeitos sonoros. O motivo é bem simples: esta parte do jogo está satisfatória. Ele não possui músicas que sejam memoráveis e os efeitos sonoros são bons. Nada além disso. E a dublagem também está impecável, incluindo inglês, francês e alemão.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Agatha Christie - Hercule Poirot: The London Case

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 7
Diversão - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 8.5

7.8

Bom

Agatha Christie - Hercule Poirot: The London Case é um bom jogo de investigação, com alguns problemas ao usar o mouse. Sinceramente eu acredito que possam arrumar esse problema em futuros updates, porém o que foi apresentado tem problemas que incomodam bastante. A aventura em si é bem satisfatória e segue com excelência um roteiro extremamente fiel ao material original de Agatha Christie. Se você gosta da saga de Hercule Poirot, esse jogo é para você.

User Rating: Be the first one !

Eder DZR13

Um rapaz descontraído, engraçado, esperto e dinâmico. Esse cara não sou eu, mas eu amo jogar e viver no mundo gamer. Ainda procurando os dias de glórias porque de tanta luta, eu acho que serei a próxima DLC de Street Fighter. Detentor da 5ª Esmeralda do Caos e 3 vezes campeão da liga de Brawlhalla do condomínio. E ontem eu acertei a tela branca do Akuma.

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