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Análise: Granblue Fantasy: Relink

Entrem na nave, aéreoviajante!

Desde o seu lançamento em 2014, Granblue Fantasy se destaca continuamente como um dos RPGs mobile mais jogados. Um dos principais motivos desta conquista é a sua fanbase sólida e numerosa que vem apoiando o jogo desde o começo.

Apesar de ser um game nichado, ele já conquistou animação de duas temporadas que se encontra na Netflix e também no canal oficial da Cygames. Outra conquista foi Granblue Fantasy Versus que é um jogo de luta repleto de personagens da franquia e que também recebeu uma segunda versão com o subtítulo de Rising.

Eu poderia dizer que já era hora da franquia receber um jogo mais robusto para consoles, porém, o termo certo a ser dito é “já passou da hora”. Uma vez que Granblue Fantasy: Relink, o RPG para consoles, foi anunciado em 2018 com parceria da Cygames com a consagrada Platinum Games.

Mas infelizmente houve várias questões, como a saída da Platinum Games de sua produção e uma remodelagem visual completa no jogo. Tudo isso resultou num adiamento de 5 anos para que o lançamento ocorresse. E agora, no último dia de janeiro de 2024, estamos trazendo a análise de Granblue Fantasy: Relink e também trazendo o veredito se a espera valeu a pena.

Essa análise de Granblue Fantasy: Relink foi feita graças a um código de Playstation 5 cedido pela Nuvem/Cygames. O jogo se encontra com legendas em pt-br.

Uma nova história para os aéreosviajantes

Como todo arco do jogo mobile, em Granblue Fantasy: Relink temos Gran (ou Djeeta, se você escolher a personagem feminina), Lyria e o restante da tripulação de aéreosviajantes chegando a mais uma ilha no céu e que, supostamente, os deixam mais próximos do seu objetivo final. Durante uma conversa nostálgica sobre as aventuras que tiveram, o navio voador do grupo sofreu um ataque de dragões e também resultou na própria invocação deles, o Bahamut, perdendo o controle.

Após chegarem na ilha em segurança, eles conhecem Rolan que é um “faz-tudo” que está precisando de ajuda numa missão. Sem pensar duas vezes, Gran e seus tripulantes resolvem ajudar o novo amigo, mas eles são atacados por uma esquadrão desconhecido que possuía um espadachim que derrotou a todos facilmente. Além do peso da derrota, Lyria também é levada como refém. Agora Gran e os outros precisarão derrotar esse novo inimigo e também resgatar a sua amiga.

A história de Granblue Fantasy: Relink é bastante agradável e cheia de momentos emocionantes que trazem um peso ainda maior quando a excepcional trilha sonora toca nos momentos certos. Os novos personagens como Rolan e o espadachim citados também agregam maior valor na narrativa do jogo, fazendo com que tenhamos um arco muito bem estruturado na história de Gran.

Análise Granblue Fantasy: Relink

RPG repleto de ação

Granblue Fantasy: Relink é um RPG de ação onde utilizamos um personagem jogável e somos acompanhados de até três companheiros. O jogo, em suma, se divide praticamente em jogar a campanha principal ou fazer missões que estão no “quadro de missões”. Vou comentar um pouco mais sobre cada uma.

Primeiramente em relação a campanha, aqui temos a história que citei anteriormente. Ela é jogada de forma mais linear e há pontos que permite você retornar a cidade para fazer missões secundárias para ficar mais forte ou otimizar o seu equipamento. Durante a narrativa temos diversos momentos que não se resumem a apenas derrotar hordas de inimigos, pois o gameplay vai variando constantemente.

O jogo possui diversos chefes com tamanhos e estratégias variadas, fazendo com que você precise se adaptar para derrotá-los. Um bom exemplo está em um inimigo que é extremamente grande a ponto da batalha lembrar vagamente Shadow of the Colossus, pois é necessário derrubá-lo para subir até o núcleo. Apesar do conceito ser familiar, durante essa batalha, você utiliza armamento como canhões para atingir pontos fracos e ainda tem que enfrentar o sistema de segurança que existe próximo do núcleo deste inimigo.

As missões secundárias são algo mais “direto ao ponto”. Há missões de sobrevivência que você precisa apenas se manter vivo até o tempo acabar, missões de defesa do qual terá que impedir dos inimigos destruírem algo, outras que farão você percorrer o mapa até um objetivo e, por fim, batalhas contra chefes. Esse último tipo lembra vagamente Monster Hunter.

Além de você poder jogar essas missões junto dos NPCs, também é possível usufruir do modo cooperativo onde até três amigos poderão te ajudar.

Sistema de combate dinâmico e repleto de opções

Inicialmente desenvolvido pela Platinum Games, o sistema de combate de Granblue Fantasy: Relink é muito bem estruturado. Aqui utilizamos quadrado para dar os golpes básicos, enquanto triângulo é responsável por golpes especiais que servem para concluir um combo.

Quando seguramos R1, temos a possibilidade de usar quatro habilidades especiais que estão mapeadas no quadrado, X, triângulo e círculo. O mais legal é que no decorrer da evolução dos personagens temos mais habilidades que são liberadas e deste modo é possível escolher aquelas que fazem mais sentido para você, como ataques a curta ou longa distância e até mesmo buffs, debuffs e regeneração de vida.

Inclusive, temos também opções para defesa, como usar o L1 para bloquear e o R2 para esquiva. E caso, faça no momento certo, ganhará um boost de velocidade para contra-atacar o inimigo.

Comparando o gameplay que pude jogar com aqueles mostrados na época da Platinum Games, a maior mudança foi no uso de habilidades que aparentemente o tempo de recarga delas era quase inexistente para deixar a jogabilidade mais intensa. Agora há um tempo de recarga considerável que é reduzido mais rápido por meio de algumas ações específicas.

Como o nome traz o termo “Relink”, há também ações que possuem esse nome. Golpes de conexão acontecem quando um inimigo fica atordoado e aparece na tela o indicador para apertar o círculo, fazendo com que você se direcione automaticamente ao inimigo e aplique um poderoso golpe. Também temos golpes especiais que são ativados com R3 + L3, e quando 2 ou mais membros da party utilizam isso em sequência, eles fazem um ataque combinado que causa ainda mais dano ao inimigo.

Análise Granblue Fantasy: Relink

A evolução é o principal foco em Granblue Fantasy: Relink

Algo que amplia a vida útil do jogo é o sistema de evolução. Além do level up que automaticamente já eleva os status, em Granblue Fantasy: Relink cada personagem tem três árvores de habilidade onde a primeira é para ataque, a segunda é defesa e a última é relacionada às armas. Ou seja, cada arma também tem seu skill tree próprio.

As árvores de habilidade, principalmente as duas primeiras, não são curtas. Elas são extensas e os pontos que são utilizados para liberar as habilidades não é dividido por personagem, fazendo com que você precise pensar bem em qual personagem vai se dedicar naquele momento. Consequentemente, você terá que jogar bastante para deixar todos os personagens maximizados no jogo.

Além das habilidades das armas, é possível você evoluir elas no ferreiro ao consumir materiais. Essa evolução é o que mais dará aumento nos status dos seus equipamentos, fazendo com que você fique ainda mais forte.

Gráficos e áudio

Chegamos ao ponto mais delicado dessa análise que é em relação aos gráficos de Granblue Fantasy: Relink. Se compararmos com a versão apresentada em 2018, podemos ver que houve uma notável mudança no estilo dos gráficos.

Atualmente o jogo trabalha com um estilo que traz lembrança de desenhos coloridos por lápis, por conta dos inúmeros riscos que passam pelas roupas e armaduras, enquanto o rosto tem traços mais sutis na boca, olhos e nariz. Fora esses riscos de pintura, não há texturas.

Isso causa estranheza quando vemos o Vyrn, o dragãozinho que acompanha Gran, pois ele não possui esses traços e é totalmente desprovido de texturas. Esse contraste de dois estilos em tela acaba causando estranheza constante, fazendo parecer que tem algo de errado em tela.

O estilo anterior, por sua vez, não causava tanta estranheza e possuía um refino nas texturas além de trazer armaduras mais brilhantes. A mudança do que era anteriormente e do que é hoje em dia acaba sendo bastante notável, apesar do estilo atual não ser ruim, ainda há essa questão de Vyrn não ter os mesmos riscos que todo o restante do jogo possui.

Falando sobre a parte sonora, o game traz consigo áudio 3D que não depende apenas do 3D Pulse. Desde que você tenha fone de ouvido, ele consegue simular com perfeição. Além disso, a trilha sonora é excepcional e traz consigo maior profundidade e imersão ao game.

Conclusão da Análise de Granblue Fantasy: Relink

Terminando a análise deste surpreendente RPG de ação, devo dizer que Granblue Fantasy: Relink superou minhas estimativas. Tivemos a chance de aproveitá-lo durante a BGS 2023, mas o pouco que jogamos não foi o suficiente para bater o martelo como um dos melhores RPGs do ano.

Contudo, ao jogar a sua campanha principal e desbravar as inúmeras missões secundárias, é impossível não sentir uma conexão com este jogo. Granblue Fantasy: Relink tem um sistema de batalha muito bem estruturado, há bastante conteúdo principalmente em seu pós-game e consegue entreter os jogadores por horas, principalmente quem está em busca de maximizar todos os personagens.

Apesar da crítica referente aos gráficos, Granblue Fantasy: Relink é um jogo completo, pois traz a mescla perfeita de boa história, personagens cativantes, trilha sonora fantástica e sistema de combate viciante. Ele precisa ser jogado tanto por fãs da franquia, quanto por jogadores de primeira viagem.

Essa análise de Granblue Fantasy: Relink segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Análise - Granblue Fantasy: Relink

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 10
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 10

9.6

Maravilhoso

Granblue Fantasy: Relink é um jogo incrível que trará inúmeras horas de diversão para todos os jogadores. Ele consegue se destacar em sua jogabilidade viciante juntamente de uma narrativa envolvente. Há um pequena questão em relação aos gráficos, mas isso é facilmente contornado diante de tantos pontos positivos.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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