
Já tivemos acesso antecipado a Ratatan, o aguardado sucessor espiritual do clássico de PSP, Patapon. Para quem não conhece, ambos os jogos têm em comum o mesmo criador: Hiroyuki Kotani, responsável por dar vida ao estilo único de estratégia em ritmo que marcou época.
Quase duas décadas depois, Kotani retorna com um projeto que mantém a essência de Patapon, mas atualiza a fórmula para um novo público. Em Ratatan, vemos um jogo que respeita suas origens e, ao mesmo tempo, se diferencia bastante ao trazer sistemas modernos, novas ideias e uma estrutura que conversa com o estilo roguelite.

Visual e ambientação
Ratatan faz exatamente o que os fãs de Patapon pediam: moderniza a experiência sem perder sua identidade. Vale lembrar que, nos últimos anos, tivemos os remasters de Patapon 1 e 2, que apesar de nostálgicos, não conseguiram esconder o peso de uma fórmula pensada para o portátil PSP.
Aqui, o salto é claro. Ratatan apresenta gráficos muito mais ricos e coloridos, com efeitos de iluminação, cenários dinâmicos e animações mais fluidas. Em uma fase você pode enfrentar uma tempestade de areia em pleno deserto, enquanto em outra atravessa uma floresta densa, com ataques mágicos iluminando a tela. O jogo não tenta ser realista, mas sim estilizado e vibrante, o que combina muito bem com sua proposta.
E como estamos falando de um jogo de ritmo, a trilha sonora é parte essencial da experiência. Assim como em Patapon, os comandos são executados a partir de combinações musicais. No PSP era o “pata” e o “pon”; em Ratatan, os botões seguem uma lógica semelhante, mas agora com novas variações (“rata”, “tan”, entre outros). Cada fase é acompanhada por músicas temáticas que reforçam a ambientação: por exemplo, na segunda fase, com clima de faroeste, a trilha traz instrumentos que remetem diretamente ao gênero. É um detalhe que deixa cada run mais única.




Estrutura do gameplay e progressão
É no gameplay que Ratatan mais se afasta de Patapon. Enquanto o título original era um RPG com fases fixas e progressão linear, Ratatan aposta em uma estrutura roguelite, onde o jogador repete runs para fortalecer seus personagens, desbloquear armas e encontrar novas combinações.
Logo no início é preciso escolher um dos oito heróis disponíveis (número do acesso antecipado), cada um com características próprias de velocidade, resistência, habilidades especiais e também pelo tipo de soldados que comanda. Cada herói libera dois tipos de seguidores — como lanceiros, arqueiros, guerreiros com escudo ou usuários de martelo. Isso gera combinações bem diferentes de exércitos, já que cada escolha muda a estratégia e o estilo de combate.





Na vila central, entre as runs, é possível forjar armas, desmontar equipamentos para criar versões melhores, investir em melhorias passivas e até negociar com vendedores para conseguir itens únicos. Armas possuem raridades (comuns, raras, épicas e lendárias) e podem alterar drasticamente o desempenho do seu exército. É nesse ponto que o aspecto roguelite se consolida: morrer significa recomeçar, mas sempre com novas possibilidades de evolução.

Hora do Ratatan
Depois de montar sua equipe e ajustar os equipamentos, chega a hora de ir para as batalhas. A diferença em relação a Patapon é imediata: agora é possível controlar diretamente o herói principal, inclusive com saltos, enquanto os seguidores respondem aos comandos rítmicos. Isso dá muito mais liberdade e dinamismo às batalhas.
Além dos comandos básicos de seguir, atacar ou defender, existe uma barra de mana para golpes especiais. Esses ataques mais poderosos consomem energia, que pode ser recuperada mantendo o ritmo corretamente, defendendo ou avançando de forma estratégica. Isso cria um ciclo de risco e recompensa bem interessante, exigindo atenção ao tempo musical e ao posicionamento em tela.


As fases são divididas em segmentos com inimigos variados e mini-chefes. Ao final de cada trecho, o jogador escolhe recompensas como novas habilidades, vida extra, dinheiro, vendedores ou mais seguidores. Isso faz com que cada run seja diferente, reforçando o caráter procedural.
Outro ponto importante são as cartas de habilidades. Elas podem adicionar efeitos elementais (fogo, água, veneno, etc.), aumentar atributos ou liberar poderes únicos. Algumas se tornam passivas, enquanto outras são equipadas como ataques básicos ou especiais. A variedade é grande, e escolher a combinação certa é essencial para enfrentar os chefes, que são batalhas longas e desafiadoras.

Conclusão
Ratatan mostra, mesmo em acesso antecipado, que consegue atualizar com competência a fórmula de Patapon. Visual moderno, trilha sonora envolvente e um sistema de gameplay mais profundo, que mistura ritmo com elementos de roguelite, dão ao jogo uma identidade própria.
Ainda há espaço para ver como essa estrutura vai evoluir até o lançamento final, especialmente a questão da repetição, que pode dividir opiniões. Mas o saldo inicial é muito positivo: depois de quase 20 anos, fãs de Patapon (como eu) finalmente têm uma continuação espiritual à altura, que respeita o legado mas não tem medo de ousar.
Se você gosta de jogos de ritmo, estratégia em tempo real e progressão roguelite, Ratatan merece atenção já no acesso antecipado.
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